Olho os papéis e penso novamente em todas as entrevistas analisando o comportamento de cada um deles.
Vou para a sala em que todos estão aguardando, aos me verem eles levantam das cadeiras e se posicionam um do lado do outro.
Suspiro pesadamente e começo a falar:
—Eu achei bem decepcionante essa entrevista de vocês. De vinte eu queria cinco e só vou ter dois. —eles me olham com expectativa. —Aos que ficaram me cantando saibam que uma mulher detesta essas cantadas toscas e sem sal de vocês.
Vejo eles se entre olharem, alguns abaixaram a cabeça envergonhados, rapidamente olho para Victor e vejo um pequeno sorriso em seus lábios.
—Os dois nomes que disser por favor me sigam. Lucas Taylor e Victor Russell. — dou as costas e vou saindo da sala, sinto eles me seguindo e desço as escadas para a parte de baixo galpão.
—Rapazes essa é a Roberta Morgan comandate de vocês a partir de hoje. — eles acenam com a cabeça e Roberta retribui. —Roberta eles são os únicos que entraram. Faça a ficha deles e tudo o que sempre é feito por aqui. — me viro para os rapazes. —Amanhã as cinco da manhã estejam aqui quero vê como se saem com armas.
Eles acenam com a cabeça e eu saio voltando para casa.
****
Dia seguinte às 05:00Estou saindo de casa quando escuto um barulho atrás de mim, me viro com a arma recém-carregada em punho e vejo Nicolas com as mãos para cima.
—Nicolas. — falo um pouco alto o repreendendo pelo susto.
—Está indo treinar os novos soldados? — concordo com a cabeça guardando minha arma nas costas. —Posso ir com você?
Penso um pouco e resolvo que pode ser uma distração para ele.
—Vamos antes que eu mude de ideia. — falo indo na frente e ele vem logo atrás com um sorriso no rosto.
Chego a sala de tiros e me surpreendo ao ver que Victor e Lucas já estão aqui de pé e despertos. Dou bom dia e eles respondem ao mesmo tempo.
Nicolas se senta em uma cadeira alta perto de onde estou e presta atenção em tudo.
Vejo pelo canto do olho Victor me encarar e encarar Nicolas que parece inerte a observação do outro, ele está concentrado na mesa de ferro cheia de botões e alavancas.
Logo Rodrigo chega.
—Rapazes esse é Rodrigo Morgan, pai da Roberta. Foi ele quem me ensinou a atirar e ele está aqui para avaliar vocês. — digo séria enquanto Rodrigo aperta a mão de todos.
—Você também vai atirar? — pergunta Rodrigo a Nicolas e ele nega com a cabeça.
—Não, Nicolas está sob minha proteção. — pisco para Nicolas que sorri envergonhado.
—Então você esta mais que seguro meu rapaz. — Rodrigo diz sorrindo pra mim que sorrio de volta.
—Vamos começar. Eu e Rodrigo demostraremos o que eu quero que façam ok? — eles concordam e eu e Rodrigo nos afastamos para tomar nossas posições.
—Nicolas querido, aperta esse botão verde para mim por favor. —peço e ele aperta o botão da mesa a sua frente.
Vários bonecos de madeira aparecem e começam a se mexer eu e Rodrigo começamos a atirar.
Cada boneco que é acertado pelo disparo para de se mover, em questão de segundos todos os bonecos estão parados.
Nicolas sorri fascinado e Lucas está de boca aberta, para Victor não fede e nem cheira, porém o meu orgulho queria ver em seu rosto pelo menos um sorriso igual ao de Nicolas.
—Lucas você primeiro. — falo apertando o botão e os bonecos começam a se mexer novamente.
Lucas é um pouco lento ele leva um minuto até acabar com todos os bonecos.
—Você foi bem, mas precisa praticar e fazer isso em menos tempo. — digo em meu tom normal e ele concorda.
—Sua vez Victor. — ele pega a arma e em trinta segundos acaba com todos os bonecos. A sua expressão de sério e concentrado causa em mim coisas que eu pensei nunca mais sentir.
—Parabéns Victor. — digo dando um sorriso.
—Obrigado. —responde sério.
Rodrigo os leva para o outro lado da sala e os mostra armas e explica jeitos simples de usá-las.
—Você gosta dele? — a voz de Nicolas me arranca dos meus devaneios.
—Dele quem? — estreito os olhos encarando seu rosto.
—Victor Russell. — ele indica com a cabeça.
—Não. — nego rápido demais e sei que Nicolas não acreditou em mim, mesmo eu falando a verdade.
—Então porque está encarando ele? —pergunta prendendo o riso.
—Não estou encarando, estou observando. — falo prendendo o riso.
—Você está encarando.
—Observando.
—Encarando.
—Observando.
—En-ca-ran-do.
—Menino você quer levar um tiro? — pergunto indicando minha arma em cima da mesa.
Ele gargalha e nega com a cabeça.
—Então fica quietinho. —tento ficar séria e falho miseravelmente.
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Décimo quinto capítulo com atualizações 🌹
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Eloah Rivera: A Rainha da Máfia.
Storie d'amoreEu apresento a você, A Rainha Da Máfia. Eloah Rivera tem 24 anos e já viu e fez de tudo, desde que assumiu o poder da máfia italiana. A máfia vermelha era comandada pelos pais de Eloah, mas por conta de um acidente trágico os dois morreram, deixan...