Capítulo 18 ✔

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Vou até o quarto e ele não é muito grande é completamente cinza contém uma cama de casal com lençóis brancos e um pequeno armário com algumas roupas. Vou até lá e pego um conjunto de moletom preto.

Resisto ao máximo para não cheira-los.

Caminho para o pequeno banheiro que é bem ao lado do quarto, ele é todo de azulejos marrons e é bem arrumadinho, pego meu celular e mando uma mensagem para Roberta avisando que está tudo bem e que Victor não me fará mal.

Resolvi dar um voto de confiança.

Tiro minhas roupas e tomo um banho rápido, lavo os cabelos bem lavados e sinto meus pequenos cortes arderem quando passo sabonete.

Acabo o banho pego a toalha ao lado da pia e me seco enxugando bem os cabelos. Noto que somente peguei o moletom e que só tenho a calcinha que usava, odeio repetir calcinha e não quero ficar sem, então tenho uma ideia e vou antes que me arrependa.

Me enrolo na toalha e saio do banheiro com o conjunto de moletom na mão.

Victor ainda deve está lá fora.

Entro no quarto a passos lentos e dou de cara com Victor ajoelhado ao lado da cama pegando uma caixa embaixo da mesma.

Meus olhos saltam para fora e eu quase caio dura para trás quando ele levanta o olhar e me observa de cima a baixo.

—Algum problema com o chuveiro? As vezes ele não esquenta bem. — ele fala  normalmente como se eu não estivesse de toalha à sua frente.

—Não, eu gosto de água gelada. — falo como um robô e prendo a toalha mais firme ao corpo.

—Vou sai para você se trocar. — ele se levanta e sai, eu rapidamente fecho a porta.

Vou até o armário e pego uma cueca dele e visto antes que meu bom senso fale mais alto

Ele nem vai dar falta.

Coloco a calça e o casaco, ficam largos, puxo bem o cordão da calça para se ajustar ao meu quadril e logo depois vou para a cozinha pego um biscoito no armário e um copo de suco na geladeira, me sento à mesa e Victor entra com uma bolsa cheia de lenha e um machado na mão esquerda.

Observo seu visual, agora desarrumado com a blusa branca aberta e para fora da calça, seus cabelos desgrenhados, o suor descendo por sua testa, os braços contraídos fazendo força ao segurar a bolsa.

Desvio o olhar antes que olhe outras coisas.

—Vai chover hoje, precisamos acender a lareira para ficarmos quente. — ele caminha até a lareira que até então não tinha reparado e coloca a lenha na mesma.

Eu não sei porque mas toda vez que ele diz um nós, precisamos, vamos, temos... Meu coração se acelera.

Olho para janela e o céu está limpo, nenhum sinal de que vá chover. Noto que já está de noite e penso comigo mesma como não vi o tempo passar tão de pressa.

—Não vai chover. — mordo o biscoito salgado e o olho ainda agachado no chão.

—Oi moça do tempo. — ele diz irônico e eu sorrio de lado.

Certamente eu seria irônica ou até mesmo grossa com outra pessoa mas com ele eu levo tudo na brincadeira e uma coisa dentro de mim diz para eu parar com isso ou vou me dá muito mau, igualmente da última vez.

Terminando de arrumar a lareira ele vai para o quarto pega uma muda e roupa e vai para o banheiro tomar banho.

Termino meu lanche e caminho até a janela, fico olhando para a floresta a minha frente e me pergunto como Victor achou esse lugar. Observo o céu escuro e as poucas estrelas.

Eloah Rivera: A Rainha da Máfia. Onde histórias criam vida. Descubra agora