Um solitário

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Acordei com as risadas de Celeste na sala, me levantei e fui até lá.

-Bom dia. Disse vendo Celeste e Carlos

-Bom dia anjo. Disse Celeste

-Bom dia Brian, eu fiz o café-da-manhã. Diz Carlos

-Obrigado, vocês vão sair? Perguntei

-Estávamos esperando você acordar, não quer ir no parque com a gente? Perguntou Celeste

-Obrigado mas hoje eu quero ficar em casa, podem sair e se divertir. Digo

-Tem certeza?  Perguntou Carlos

-Tenho. Digo

-Esta bem, se cuida. Diz Celeste abrindo a porta

-Vocês também. Eles saem e eu vou pra cozinha

Elisa vai passar o dia organizando a casa com Fernanda e a babá, então vou aproveitar o dia pra pensar, pensar é sempre bom, por mais que algumas vezes minha mente me assusta.

Tomei meu café, logo depois eu lavei a louça, fui para o banheiro, fiz minhas higienes, tomei um banho, me troquei e me deitei.

Peguei meu celular, e pus meus fones de ouvido, queria me perder em pensamentos, quem sabe assim eu fugiria da minha realidade, fugiria de quem eu sou.

Eu sou tão apaixonado pela noite, que me acho parecido com a lua, sempre vou ter um lado obscuro que ninguém vê.

Eu sou um cupido e não posso fugir disso, por mais que eu esteja me apaixonando por Elisa, eu não posso, eu não devo, tem uma outra pessoa que foi destinada a fazê-la feliz e essa pessoa não sou eu.

Eu amo meu trabalho, amo juntar as pessoas, mas odeio as despedidas, odeio ser o único a lembrar, por mais que eu ame ficar sozinho, eu odeio me sentir sozinho.

Sozinho... é assim que eu sempre término, sempre acabo sozinho, e dói só de pensar que vou ter que deixar mais uma vez tudo pra trás, todos os amigos que eu fiz, e Elisa, terei que deixar ela para trás.

Tentei com todas as minhas forças não me apaixonar por Elisa, mas foi inevitável, Elisa é a paz e a bagunça, é o dia e a noite, é a alegria e a tristeza, ela é a luz no meio da escuridão, Elisa é apaixonante, só um idiota não se apaixonaria por ela.

Eu tinha me apaixonando e  isso estava matando por dentro, eu tirei que encontrar o amor verdadeiro dela, terei que apagar sua memória e terei que deixa-lá, tudo isso era inevitável.

Eu me apeguei mais uma vez, mesmo sabendo como tudo isso vai acabar e o pior é fingir que está tudo bem, quando não tem nada bem.

Minha vontade era gritar e chorar, mas tudo ficava preso, não conseguia chorar, não conseguia gritar, na verdade estou gritando socorro por dentro, mas é inútil, ninguém irá ouvir... eu precisava dormi, minha cabeça estava quase pra explodir...

Não sei porque ainda não me acostumei, é sempre a mesma ordem, conhecer, simpatizar, gostar e perder, não sei porque ainda me importo.

Eu nasci cupido não posso mudar essa realidade, mas sinceramente, se eu pudesse mudaria, estou cansada de ser só Um cupido solitário.

Acho que tenho ficado muito tempo com os humanos, esses sentimentos tão intensificados, não consigo entender, minha mente precisava descansar, então acabei dormindo. Acordei com Celeste que pulou em cima de mim.

-Se mudou pra cá e eu não to sabendo? Perguntei brincalhão

-Quem me dera morar com o meu melhor amigo e o Carlos na mesma casa. Disse ela

-Quer dizer que eu sou seu melhor amigo?

-Sim... e acho bom eu ser a sua, porque se não você morre.

-Onde esta o Carlos?

-Ele foi comprar o material pra preparar o almoço.

-Me deu até fome. Disse e suspirei

-Brian?

-Sim?

-Você esta bem?

-Estou sim.

-Se eu não fosse sua melhor amiga até acreditaria, mas eu te conheço, o que aconteceu?

-Só estou com sono.

-Sabe o que você tem?.

-O Que?

-Falta de Elisa.

-O Que?

-Já volto. E ela saiu correndo

Me levanto e vou para a sala , logo a TV, quando Celeste entra se jogando em cima de mim no sofá.

-O que você aprontou?

-Nada, só chamei Elisa para o almoço.

-A é, e eu posso saber o que a senhorita disse?

-Promete que não vai me matar?

-Celeste!

-Eu disse que você estava morrendo de saudades e que estava louco pra vê-la. Disse ela e saiu correndo

-Celeste volta aqui. Digo me levantando

-Você prometeu não me matar. Gritou ela da cozinha

-Eu não posso sair por 15 minutos que já tem ameaças de morte. Diz Carlos entrando

-Eu vou enterrar a sua namorada viva . Digo

-Eu não sou namorada dele. Gritou Celeste

-Ainda. Rebateu Carlos

-Vou vomitar arco-íris. Digo e logo depois sou atingido por uma almofada olho e vejo Celeste rindo, Carlos cai na gargalhada.

-Tá rindo do que? Pergunto atacando uma almofada nele

-Guerra de travesseiros. Grita Celeste atacando outra almofada em Carlos

Eu e Carlos damos um olhar cúmplice e tacamos duas almofadas em Celeste, logo depois fizemos cosquinhas até ela perder o fôlego.

-Bandeira branca eu me rendo. Disse ela recuperando o fôlego, enquanto eu e Carlos riamos da cara dela

Quer saber, não ligo se tenho pouco tempo com eles, não ligo se somente eu vou lembrar, porque eu jamais vou me arrepender de viver momentos como esses, alegres e divertidos, eu posso até não fazer parte da história deles mas eles fazem da minha. E pra mim é isso que importa, e quando se ama você quer ver a pessoa amada bem, mesmo sem você, e eu amo cada um deles.



**Perdão pelo capítulo meio bad, mas espero que tenham gostado, e como vocês acham que vai ser a irmã de Elisa? Será que ela é uma boa pessoa? Não percam o próximo capítulo e não esqueçam de compartilhar com os amigos e deixar seu voto que é muito importante, bjs da Juuh**

A garota do caféOnde histórias criam vida. Descubra agora