Acordei no dia seguinte morrendo de fome, fui até a cozinha, Carlos tinha acabado de acordar, eu decidi tomar café na padaria do seu Luís.
-Carlos vou até a padaria da esquina, quer alguma coisa? Perguntei
-Um capuchinho se não for incomodar. Diz ele
-Ok. Digo saindo de casa
-Bom dia jovem Brian. Diz seu Luís assim que entro no estabelecimento
-Olá senhor Luís, como está? Pergunto
-Estou bem meu jovem, só aquela mesma dor nas costas, mas Jamilly tem me ajudado bastante.
-Fico feliz em ouvir isso.
-E você meu jovem o que anda fazendo?
-Trabalhando. Digo
-Padrinho onde o senhor colocou... Brian! Grita Jamilly ao me ver e vem correndo ao meu encontro
-Oi Milly. Digo a abraçando
-Como você está? Está bem? Está com fome?
-Estou bem Jamilly.
-Não gosto quando me chama de Jamilly.
-Mas todo mundo te chama assim...
-Você não é todo mundo.
-Jovem Brian o que deseja pra hoje?
-Um café, Um capuchinho, uma fatia de bolo e um pedaço do seu empadão delicioso, e embrulha tudo pra viagem. Digo
-É pra já. Diz ele entrando na cozinha , olho pra Jamilly que me olhava confusa
-Que foi? Pergunto
-Pra quem é o capuchinho e o bolo? Pergunta ela
-Pra um amigo. Digo sem dar muita importância
-É ela né?
-Ela quem?
-A tal de Elisa, ela está na sua casa? Diz ela ficando brava
-Jamilly não estou entendendo, por faço abaixe seu tom de voz.
-Responde Brian. Grita
-Não e mesmo se fosse não é da sua conta. Digo seco pois tentei ser calmo e ela ignorou meu pedido
-Aqui está jovem Brian. Diz seu Luís saindo da cozinha
-Obrigada seu Luís. Digo pegando o pacote e saindo da padaria
Vou andando pela rua até ver alguém é uma senhora, deve ter uns 36 anos, eu a conheço, mas ela não se lembra de mim, ela está brincando com uma criança, provavelmente seu filho, seu marido está a seu lado. Eu me lembro perfeitamente dos dois, de como foi difícil para eles ficarem juntos, pois eles viviam brigando, e agora lá estam eles, felizes e unidos, eles se amam de verdade da pra ver pelo modo que se olham, lembro de cada coisa que vivi com eles, mas são apenas isso, lembranças, e lembranças que só eu lembro.
-Carlos cheguei. Digo entrando
-Pensei que a padaria fosse na esquina, não no Japão. Diz ele rindo
-Desculpa a demora, aqui esta seu capuchinho e uma fatia de bolo.
-Valeu Brian, você vai na casa de Elisa hoje?
-Hoje ela vai arrumar a casa com a filha e a babá, não quero atrapalhar...
-E essa cara? Parece que viu um fantasma.
-Digamos que foi um fantasma do passado.
-Alguma ex?
-Uma ex amiga.
-Entendi, vou aproveitar que é feriado e vou dar uma volta com Celeste ok?
-Tudo bem.
Ele termina de tomar seu café, se arruma e sai, eu me deito na cama ponho meus fones, começo a ouvir música, e fico lembrando.
Lembranças são boas, algumas te fazem chorar, outras te fazem sorrir, mas todas valem a pena, se você errou, você aprendeu a lição, mas nunca se arrependa de nada do que fez, pois tudo te torna quem você é hoje.
E vê-la hoje fez meu coração ficar apertado, mas eu não me arrependo, todas essas lembranças são boas e por mais que meu coração aperte e meus olhos se encham de lágrimas, isso acontece pois sinto saudade.
Sinto falta de vê-la sorrindo, de conversar com ela, sinto falta dela falando o quanto amava ele, dos planos que ela tinha, sinto falta das suas burrices e seu jeito maluco de ser, sinto falta daquele tempo, que nunca mais vai voltar.
Não tem como eu fazê-la sorrir outra vez, não tem como eu abraça-lá outra vez, não posso interferir no seu presente, então a saudade fica só pra mim, mas saber que ela está feliz é o que importa.
Ela se achava insignificante, não sabia ela a diferença que fazia ao mundo, seu sorriso iluminava a cidade, suas loucuras alegravam a todos e sua presença sempre espalhava sorrisos, ela era importante só por ser ela mesma.
Mais uma vez eu me pego lembrando do passado e me convencendo de aproveitar cada minuto com as pessoas com quem convivo no presente.
**Capítulo pequeno, mais significa muito pra mim, dedico ele a minha avó, que partiu e que eu estou morrendo de sdds, bjs da Juuh**
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A garota do café
RomanceSer cupido não é uma tarefa fácil, entrar na vida de uma pessoa, ajuda-lá a encontrar um amor, depois apagar sua memória para que assim ela esqueça que eu existo. Essas pessoas podem esquecer de quem eu sou, mas nunca me esqueço delas, e muito meno...