Quando chegamos bem enfrente a casa de Elisa, nos despedimos e eu segui até em casa, e lá permaneci até adormecer, acordei já era tarde da noite e tinha alguém batendo várias vezes na porta, abri e me deparei com Elisa com os olhos inchados e a maquiagem borrada pelo choro e ela estava encharcada pela chuva.
-Elisa o que aconteceu? Perguntei
-Ele morreu Brian- Ela correu até mim, ela chorava desesperadamente e soluçava e eu a abracei com toda a minha força como se ela fosse fugir a qualquer momento- Josh se foi.
Aquelas palavras foram como um soco no estômago. Mesmo que tudo isso estivesse me afetando tentei ser forte pela Elisa.
-Respira e me conta o que houve.
-Josh e eu ficamos um bom tempo pensando na surpresa que ele ia fazer pra Luana- Ela começa a chorar outra vez- Ele viu que estava ficando tarde e disse que tinha que ir- Ela começa a chorar mais.
-Ei, vem cá- Eu a abraço- Não está no momento de falar, pra onde você quer ir?
-Quero ir ver a minha amiga, ela está precisando de mim, e eu estou precisando dela.
-Esta bem, onde ela está? Pergunto a soltando de meus braços
-No hospital- Ela chora muito antes de dizer- Ele teve morte cerebral, ele sofreu um acidente que eu podia ter evitado.
Não suporto vê-la chorando, é como se cada lágrima dela fosse uma facada no meu coração, e eu não sei o que fazer, queria poder transferir a dor dela toda pra mim, mas infelizmente não posso, me sinto tão inútil.
-Elisa, como você disse foi um acidente, como você podia evitar? Você não tinha como saber.
-Eu podia ter feito ele ficar. Diz ela com os olhos cheios de arrependimento
Céus o que eu posso fazer para tirar essa dor dela? Como posso fazer ela parar de se culpar?
-Não foi sua culpa, você não pode evitar o que não sabe que vai acontecer. Digo
-Eu só queria ele aqui.
-Eu sei- A abraço novamente- mas tente ser forte, Luana vai precisar muito de você nesse momento.
-Você pode ficar lá comigo? Eu preciso de você!
-Fico, claro que fico.
Peço um táxi, Elisa chora em silêncio tentando se controlar para poder ajudar Luana, mas é uma tentativa em vão. Quando as duas se veem no corredor, elas correm e se abraçam e choram desesperadamente.
-Por favor, me diz que isso tudo é só um pesadelo, e que eu vou acordar com o meu amor do meu lado dizendo que foi só um pesadelo idiota! Implorou Luana chorando
-Amiga, me perdoa, eu devia ter o feito ficar amiga, me perdoa. Elisa chorava
-Ele não pode estar morto, não ele não pode, ele vai sair de lá, dizendo que é brincadeira né? Ele vai dizer que foi tudo uma brincadeira, ele adora brincar, me diz que é isso por favor- Luana chorava cada vez mais- Por favor Elisa me diz que é uma pegadinha- Ela começou a gritar alto- Eu não posso perder o amor da minha vida, eu prefiro morrer no lugar dele.
-Luana! Grita uma senhora no corredor, provavelmente a mãe de Josh, pois ele se parece muito com ela
-Amélia, eu quero morrer. Diz Luana
-Onde está meu menino? Onde está o meu filho? Pergunta ela andando até Luana que estava sentada no chão aos prantos
Um senhor surge e abraça a senhora, provavelmente ele deve ser o pai de Josh.
-Querida, por favor acalme-se, você precisa ser forte- Diz ele- Vocês três precisam ser, tentem que se acalmar, vou pedir calmantes por médico.
O pai de Josh pede aos médicos que dê calmantes a elas, o médico viu que nessa situação era mesmo necessário, elas ficaram em uma ala particular, desbancando, fui até o pai de Josh e me sentir ao lado dele.
-Você era amigo do meu filho? Perguntou ele
- Não o conheço a tanto tempo, mas eu acredito que sim.
-Não conheço quase nenhum amigo do meu filho, eu sempre fui um pai ausente, mas só agora percebi que eu não conheço meu próprio filho, e ele precisou morrer para que eu percebe-se isso- Uma lágrima solitária desceu sobre o rosto dele- Acho que a última lembrança que tenho dele é quando construímos a casa na árvore, o sorriso era tão sincero e brilhante, até que ele tropeçou e caiu, eu corri pra ver se ele estava machucado, e ele tinha quebrado o braço, mesmo assim ele olhou pra mim e disse; "esse foi o melhor dia da minha vida"
Nesse momento ele deu um sorriso triste e continuou;
-Ele sempre foi assim, não importa o quanto a montanha russa da vida o jogava pra baixo, ele se levantava sorria e perguntava vamos outra vez?
-Acho que o senhor está enganado, você conhece muito bem seu filho, e tenho certeza que ele tinha orgulho do pai.
- Obrigado rapaz. Ele deu outro sorriso triste
- Disponha.
Logo os outros amigos chegaram e Luana, Elisa e Amélia acordaram, mais choradeiras, Me sentia mal por não sofrer tanto quanto eles. O pai de Josh já tinha cuidado de tudo para o velório e para o enterro.
A tarde estava nublado e eu me lembrei de uma garota que eu estava ajudando a encontrar o amor, certo dia chegamos na casa dele e encontramos sua irmã, no chão, seu corpo já não tinha vida, mas mesmo assim a levamos pro hospital, ela tinha ingerido água sanitária, e ela era apenas uma criança, não resistiu... Nesse dia eu chorei, chorei porquê eu havia me apegado aquela menina, chorei pois era apenas uma criança, chorei pois eu queria ir com ela, não aguentaria a dor de perder mais alguém... mas eu não tenho escolha. Não sei quando alguém que eu amo vai morrer ou quando eu irei embora, por isso aproveito o tempo que tenho, por isso tento não me apegar a ninguém, de uma forma ou de outra eu vou perder essa pessoa.
E foi assim que nos despedimos de Josh, numa tarde fria e nublada, olhei para Luana e sabia o que passava em seus pensamentos, foi a mesma coisa que pensei quando vi a garotinha no chão já sem vida.
"Por que tinha que ser você?"
**Oi meus amores desculpa a demora pra postar, e me perdoem o capítulo meio bad ok? E vamos aproveitar o tempo com quem amamos, eles se vão em um piscar de olhos, me digam o que acharam e não esqueçam de votar, compartilhem com os amigos, bjs da Juuh**
Obs: Eu tava pensando em matar outra pessoa mas fui boazinha kkkk
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A garota do café
RomanceSer cupido não é uma tarefa fácil, entrar na vida de uma pessoa, ajuda-lá a encontrar um amor, depois apagar sua memória para que assim ela esqueça que eu existo. Essas pessoas podem esquecer de quem eu sou, mas nunca me esqueço delas, e muito meno...