Perdido no amor (Em Hiatus)

Prologo

  ''Chama-se amor, algo eterno e destruidor de corações, não importa se o coração é de gelo, vidro, pedra ou um muro de tijolos, todos se quebram. ''

  Isadora encontrava-se ao lado de sua amiga de cabelos loiros e belos olhos azuis cristalinos, chamada Bianca, ela tinha um corpo magro com seios e bundas grandes, difícil não notar sendo eu um garoto, será que ela falava algo sobre mim? Ou talvez fosse apenas assuntos de garotas? Tudo que conseguia ouvir naquela sala de aula, era a doce melodia da chuva caindo do céu escuro, melhor dizendo das nuvens escuras. Eu sentia saudades daquele som, ele não conseguia ser alto para dar uma dor de cabeça, nem muito baixo sendo se incapaz de se ouvir. Olhava para meu caderno com suas folhas completamente em branco, sem nenhuma palavra escrita, parecia com o sentido da minha vida.

  Os ponteiros do relógio de parede que ficava em cima do quadro do professor, não funcionavam, deixando meus nervos aflitos, queria me mandar logo daquele colégio e ir para casa deitar numa cama e ficar á espera de minha morte para então ficar para sempre ao lado da minha doce amada. Por qual motivo o destino fez isso comigo? Podia estar com ela nesse exato momento em outra sala de aula, vendo aqueles lindos olhos azuis me fintarem e seus cabelos de cor de ouro, na verdade ouro não conseguia ser tão atraente quanto aqueles fios de cabelos. Passa segundos, minutos, horas, dias, meses e não sou capaz de esquecer uma beleza tão marcante quanto a dela, isso chama-se amor, algo eterno e destruidor de corações, não importa se o coração é de gelo, vidro, pedra ou um muro de tijolos, todos se quebram. Perdidos em pensamentos ouvi uma voz fria ecoar em meus ouvidos como palavras sussurradas ao vento, o arrepio em minha pele foi previsto de imediato, aquele timbre como esquecer, a musica perfeita, pode se ouvir sempre e nunca irá enjoar. A voz claramente é de Eliza.

- Seus lábios tocaram outra boca que não era a minha- Disse ela de forma clara.

- Seu eu negar ou dizer que sim, não muda nada, pois você já sabe a verdade- Respondi de forma triste

  Tratei de baixar minha cabeça e não pensar no fato que fiz uma traição á ela, a mim e a nós dois, sou claramente uma pessoa que não presta e mesmo assim não morri e aquelas que são doces e trazem alegria á vida dos outros, são as que morrem. Injustiça tola do destino, ele parece dar a tortura para aqueles cujo escolhem viver. Segurei a caneta em minha mão e ao tocá-la no papel fui desenhando a primeira coisa que viesse á minha mente, sem pensar achando que desenharia Eliza ou Isadora, dando finalmente um fim da duvida de não saber qual eu amo mais, só que o desenho feito foi de um garoto com um rosto triste com lágrimas caindo de seus olhos, sinceramente sabia o jovem a chorar era eu, arranquei a folha de meu caderno com brutalidade e a amassei em seguida fiz uma bola de papel e a joguei contra o lixo, muitos diriam que foi sorte, pois a bola de papel caiu em cheio na cesta de lixo, mas depois de conhecer tudo que já sofri, perceberiam que sorte não se aplica á mim.

  Movi minha cabeça para o lado e meu olhar pode contemplar o cair da chuva por toda a extensão da minha visão, um sorriso bobo conseguiu surgir em meu rosto só por ver aquela cena, lembranças vieram á minha mente sem nem perguntar se podiam surgir, tudo parecia como o dia que vim para essa cidade, o dia que meus pais queriam um recomeçar novo para mim, só que não existe recomeço, afinal o passado é inesquecível seja por memórias boas ou ruins, nada pode ser apagado no passado e ele não pode ser mudado, essa é a triste realidade. No entanto nem todo passado é só tristeza e aquela gotas caindo na janela conseguiam me fazer do dia que coloquei meus pés pela primeira vez numa sala de aula depois de perder Eliza, de como o destino mostrou-se indecifrável e imprevisível, e de como chovia igual á hoje naquele dia