Capítulo 04

18.2K 1.5K 576
                                    

 It ain't the knife

It's the way that you use it

How you abuse it in fights  

Estou tão feliz com os 10k do livro que resolvi postar para parar de deixar vocês tão curiosos... kkk...

Desculpem se tiver erros e bora lá!!!

---------------------------------------------------------------------------------

- Vy deystvitel'no dumayete, chto budete pryatat'sya vechno? (Você realmente achou que iria se esconder para sempre?) - Perguntou um dos homens que mais odeio nesse mundo.

Meu corpo inteiro começa a tremer de medo e nervoso, saí da Rússia jurando que nunca mais iria deixar com que esses filhos de uma puta nojentos pusessem os olhos em cima de mim novamente, mas falhei miseravelmente. O homem na minha frente e nada menos que Fyodor Sokolov, um dos homens mais desprezíveis e cruéis que eu tive o desprazer de cruzar, ele é o executor do homem que acabou com minha vida e me quebrou em vários pedaços inúteis da pessoa que sou hoje.

Olho para seus olhos negros cheios de maldade, sua expressão sempre fechada de quem está pronto para te matar a qualquer momento é um complemento perfeito de um grande assassino que eu sei e tive provas visuais que ele é. Olho para os lados a procura de uma brecha em que eu possa correr e sumir, mas seus olhos de falcão, como ele mesmo gosta de ser chamado faz com que isso se torne difícil. Vejo Fyodor fazer sinal para mais dois homens tomarem a frente das minhas rotas de fuga, dois dos homens que eu conheço também e que são uns completos cachorrinhos adestrados pelo comando do seu dono.

- Não tem para onde correr, não pense nisso porque vai ser pior para você. - Falou ele era um arrepio de puro medo tomou conta de meu corpo.

- O que vocês querem de mim? - Perguntei e agradeci por minha voz sair sem gaguejar.

- Não se faça de idiota, você sabe muito bem o que queremos com você. - Disse ele com frieza assassina.

- Então vieram aqui para me matar, por que só assim serão capazes de me levar embora daqui. - Falei me sentindo enjoado.

- Vejo que esse tempo longe fez com que se tornasse mais ousado, mas não se preocupe o nosso chefe vai te amansar novamente. - Fyodor disse entre dentes.

- Eu não quero mais saber daquela vida, eu estou livre. - Falei e ele soltou uma risada de escárnio.

- Pensei que nesse tempo em que esteve na família iria saber que não existe liberdade, principalmente para você sua putinha. - Cuspiu ele com ódio.

- Não me chame assim seu bastardo! - Gritei cerrando os punhos.

- Cadê seus brinquedos? Sabemos que você as trouxe contigo. - Perguntou ele e eu engoli em seco.

Tinha decidido há muito tempo que aqui eu não iria sair com nenhuma nada minhas facas. Que são as únicas coisas úteis que eu aprendi no tempo que morava na Rússia, o maldito que me levou embora, aos 16 anos inocente, devastado e sem nenhuma perspectiva de vida, fez questão que eu aprendesse a arte da facas para seu uso próprio. Mas eu não queria mais carregar esse passado tão sombrio e sendo assim eu jurei não mais usar essas armas, que ao mesmo tempo em que são meus refúgios, são meus pecados também. A única coisa que eu posso fazer nesse momento é correr, não posso permitir que ele pusesse me pegar.

- Você correu! Podem deixar que eu pego esse putinha. - Fyodor disse o medo tomou conta de mim, me fazendo correr mais.

Não posso deixar com que ele encoste suas mãos sujas em mim, se eu voltar para Rússia não sei se eu continuarei vivo por tanto tempo como eu consegui nesses dez anos massacrantes. Então a minha única alternativa é correr o máximo que minhas pernas suportem, encontro um beco que eu sei que dará para outra rua então me aventuro a seguir por esse caminho. No escuro da noite calma de Milão eu vejo o lugar certo para onde devo ir e continuo a correr sem olhar para trás. Minha corrida é parada abruptamente por uma grande pancada que me faz cair para trás em um baque muito forte.

ITALIANO PROTETOR - Série Irmãos Aandreozzi - Livro 03 (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora