ITALIANO PROTETOR - Série Irmãos Aandreozzi - Livro 03 (DEGUSTAÇÃO)

Capítulo 06

Hojeee é sextaaaa!!!! kkkk..

Desculpe se houver erros e bora lá!

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Olho para a minha sala destruída e sinto como se eu estivesse levado um soco no estômago, tudo isso aqui eu consegui aos poucos nos por trabalhar quase um ano na boate. Eu jurei que iria refazer minha vida, que ia tentar esquecer todas as coisas ruins que aconteceram comigo. Dediquei-me ao máximo para ser alguém novamente e não o brinquedo de um gângster maldito que fazia o que bem entendia comigo. Não, eu tentei ser mais de mim, mas agora tudo está destruído.

Incomoda-me saber que eu não sou ninguém e que minha vida, vontades e desejos sempre foram subjugados. Não posso permitir me deixar bater por essas coisas, mas também não posso usar as pessoas para ter algum tipo de ajuda. Sei que no coração de Francesa ela só pensa em me ajudar, mas ao levantar a cabeça e ler a frase escrita na minha parede, faz com que eu tenha mais certeza de que eu não posso aceitar esse ajuda. Cerro os punhos, fecho meus olhos com força e sinto novamente meu corpo começar a tremer involuntariamente, estou tentando mais uma dessas crises e.... Não! Sinto seu toque, sinto a quentura da palma da sua mão no meu ombro e isso não é bom.

- Acalme-se, você está bem e nada irá te acontecer. - Disse cada palavra com firmeza e eu sinto o meu corpo estúpido relaxar.

Esse homem tem alguma influência sobre mim, eu sabia desde o momento que eu o vi na boate. Tem algo nesse homem que me leva pra um lugar onde eu nunca estive, seus olhos castanhos são como um bálsamo que me trás calma e segurança. Seu toque é calmo e firme, sua presença é forte só que não me trás medo isso é completamente diferente, totalmente diferente e eu não posso permitir sentir dor novamente. Sinto meu corpo ficar rígido e eu me afasto rapidamente do seu toque, levanto a cabeça e encontro seu rosto confuso, mas ele não fala nada.

- Tudo limpo, senhor! - Disse o segurança que eu ainda não sei o nome, mas ele é muito sério e profissional.

- Certo. - Respondeu e voltou seus olhos na minha direção novamente. - Você tem alguma coisa de valor que eles possam ter levado? - Pergunta e automaticamente me algo em mente.

- Merda! - Falei baixo e corri em direção ao meu pequeno esconderijo.

- Andrea? - Chamou Enzo Aandreozzi atrás de mim e sem olhar para trás abrir um pequeno espaço na parede.

- Está aqui! - Murmurei aliviado pegando minha bolsa que estava escondida.

- O que você tem aí? - Perguntou Enzo e eu engoli em seco.

- Não é nada de muito importante. - Falei e ele continuou a me encarou sério e arqueou a sobrancelha.

- Se eu vou levar você para minha casa carregando uma sacola preta eu preciso saber o que contém nela. - Disse ele em um tom firme e eu fiquei paralisado sem saber o que dizer.

- Eu não posso! - Falei em um tom baixo, mas ele continuou a me encarar. - Eu jurei nãos mais mostra-las. - Murmurei olhando para a bolsa preta.

- Deixe que eu pego então. - Falou ele estendendo a mão. Ele não pode ver o que tem aqui. O que ele vai pensar de mim? - Deixe-me ver!

Mesmo relutante eu entrego a bolsa a ele, meu medo de que ele abra e veja o que está dentro é muito grande, pois desde que saí da Rússia eu não olho as coisas que tem dentro da bolsa. Tudo que tem ali dentro mostra uma parte do mim que eu quero esquecer, coisas que me trazem lembranças muito ruins que vivi naquele inferno, tendo fazer coisas ruins para continuar vivo. Viro a cabeça para o lado na intenção de não ver a sua reação ao abrir a minha bolsa.