Capítulo Dois

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"Eu não consigo vencer o meu coração triste "

Narrando....

Após um dia cansativo, Taehyung se deu ao luxo de descansar pois sua cabeça precisava de um repouso.

Eram tantas informações aglomeradas em seus pensamentos que sua mente precisava de uma pausa, receber a notícia que estava com uma doença e que a mesma precisava ser tratada era um pouco complicado, mais o pior estava por vir.

Após um bela noite descansada, sua mente lhe pregou uma peça, na realidade a pior de todas, sua mente foi tomando seu estado lúcido e suas memórias vinham a tona em seu sono o fazendo perder o controle.

Todas aquelas lembranças que ele tanto queria esquecer vinheram a tona o fazendo acordar desesperado, suando frio o que ele temia estava o assombrando mais uma vez, a mesma cena milhares de vezes se repetia e sua aparência assombrava seus pensamentos, as palavras imperdoáveis que ela tinha dito, o olhar gélido e aquelas expressões frias se repetiam e repetiam várias vezes em seus pensamentos ele so queria correr pra bem longe e beber até esquecer.

Mesmo tendo passado tanto tempo do ocorrido ele não conseguia se livrar dela, sua alma estava cativa desse doloroso amor, se puder considerar amor, Taehyung nunca achou que o amor fosse machucar tanto, até o momento dela partir e ele descobriu que o amor também machucava, e muito !!!

Ele correu, correu pra fora daquele quarto ele precisava sair e se acabar na bebida, ele estava decidido, precisava "amenizar" aquela dor.

Ele segui em direção aquele corredor extenso, ele não sabia muito bem onde a saída ficava, mas desistir não estava nas opções, ele avista uma porta que parecia ser o que ele porcurava e corre até o mesmo, o hospital não tinha muita movimentação por se tratar de um local para doentes. Ao chegar na porta ele abre, correndo em uma unica direção, ele SÓ queria fugir, fugir dali, fugir da dor que ele sentia, fugir daquela triste realidade, porém o que ele achou que tinha conseguido, foi como um grande balde de água fria.

O local era coberto, não tinha saída o que fez ele entrar em desespero, sem pensar nas suas ações ele tenta escalar aquele grande muro.

Analice On

Fazia um tempo que eu não via as estrelas, estava sentindo saudades de um momento "sozinha", na verdade desde que vim pra cá eu quase não saio, não que eu queira ou faça questão.

Sigo em direção aquele grande pátio do hospital que dava um bela vista pro céu, o lugar era coberto por grande muros feitos de um material que parecia um plástico, porém era super resistente; pego uma lençol e forro o chão pra poder ter uma vista mais apropriada daquele lindo céu estrelado deito no lençol e Eu olho para o céu estrelado e fecho os mesmo respirando fundo.

Eu só queria uma vida normal. - penso -

Uma lágrima cai em meu rosto, passo a mão limpando e escuto um barulho da porta principal sendo aberta bruscamente.

Levanto assustada pois esse tipo de coisa nunca havia acontecido aqui, vejo um menino correr, parecia estar fugindo de algo ou de alguém, mais dava pra ver nitido em seu rosto seu desespero e em um ato impensado ele tenta escalar aquele grande muro, o que me pareceu impossivel mesmo tendo aquele porte físico.

Eu apenas observava seus movimentos eu não sabia o que fazer, nao tive uma reação só conseguia ver ele tentando de todas as maneiras. Realmente ele estava tentando fugir de algo.

Mas o que ?

Frustado por não conseguir escalar aquele muro o menino começa a se desmanchar em um choro doloroso que atingia meus ouvidos e leves pontadas atingem meu coração, ele se encolhe naquele chão do pátio apertando suas mãos em suas duas pernas, fazendo as mesmas ficarem coladas em seu corpo. Era uma cena lamentável, eu segui em sua direção, senti a necessidade de ajuda-lo, protege-lo eu não sei ao certo.

- Porfavor me deixe em paz, saia do meu coração - ele resmungava pra si - sai da minha mente! - ele chorava se encolhendo mais -Porfavor... você..me..machuca..tanto - lágrimas escorrem de seus olhos - ME DEIXA EM PAZ !! - ele gritou e chorou ainda mais, aquilo me deixou assustada e triste ao mesmo tempo.

Calmamente chego perto dele, eu não queria o assustar ou algo do tipo, ele soluçava de tanto chorar, encosto minha mão em seu ombro e tento o levantar o que da primeira vez foi sem sucesso, mas não desisto, assim que ele levanta ainda sentado no chão seus olhos encontram o meu e mais um vez ele chora e a única coisa que consigo fazer diante daquela situação é o abraçar.

Um abraço recado a liberdade, a tristeza e a dor, eu acaricio seus cabelos e sinto suas lágrima molharem minha blusa, sinceramente eu não me importo com isso.

Só quero que ele se sentisse melhor, se sinta protegido e se sentisse importante pra alguém.

Aos poucos ele foi se acalmando e seu choro foi sesando o que fez eu ficar aliviada; ele se afastou coçando seus olhos no intuito de secar as lágrimas, o silêncio predominava aquele ambiente e eu decido quebra-lo.

- Tudo vai ficar bem! - sorrio e tento passar um ar de tranquilidade pra ele, o mesmo me olha confuso que fecha os olhos e solta um ar que parecia estar preso em sua alma a muito tempo-

- Não, não irá - ele se pronuncia e balança a cabeça como se quisesse afastar algo de seus pensamentos, sua mãos estavam agitadas e eu decido seguralas o fazendo me olhar assustado -

- Você precisa de algo? Desabafar alivia a alma! - Falo amigavelmente -

- Você tem algo que seja alcoólico? - ele se pronuncia, mais o que saem de sua boca me surpreende -

- Não ! - Falo simples - eu não bebo e aqui não pode entrar tal bebida.

- Então não diga se preciso de algo, se você não será útil em ajudar - ele se solta bruscamente de minhas mãos o que me faz ficar assustada -

- Bebida não é solução pra seja la o que você sente - digo calma -

Ele se levanta e me olha ainda sentada no chão.

- Você não entende o que sinto aqui - ele aponta pro peito - Você não sabe a dor de amar e saber que na realidade você nunca foi amado, saber que foi traído na sua própria casa e ainda pela mulher que você pensou em .... - ele para e me observa respirando fundo buscando ar e uma lágrima cai em seu rosto -

- Eu... - tento disser algo mais nada sai, era dificil o ver sofrer, eu não o conheço mas eu me importo com o que as pessoas sentem, me levanto e fico na sua frente e tento o abraçar mais ele se afasta. -

- Não encosta em mim ! - ele pega em meu braço apertando forte, - Eu preciso beber- uma lágrima escorre em meus olhos - se não pode me ajudar não palpite sobre a minha vida - ele me analisa, eu não conseguia decifrar o que se passava em sua mente, seus olhos me passavam uma necessidade grande de socorro, como se eles me pedissem ajuda. - me desculpa - ele me solta saindo daquele local -

Eu encosto em meu braço que agora está marcado por suas mãos, ele não precisava ter sido tão grosso eu SÓ queria ajuda-lo,- lágrimas caem em meu rosto - sigo em direção ao local de antes e recolho todas as minhas coisas seguindo para o meu quarto.

Narrando....

Taehyung não queria ter sido tão grosso com aquela menina, afinal ela não tem culpa de nada, mas em sua mente se passavam tantas coisas que a única coisa que ele precisava naquele momento era a bebida, a bebida que ele achava ser a solução de tudo, porém o que o destino reservou a ele era algo especial, ele ira descobrir que essa dor pode ser curada com o amor, sim, esse mesmo sentimento que o machucou poderia salvar sua alma de toda essa tristeza, será que ela aceitaria esse amor regado a sentimentos puros, que renova, cicatriza, conforta, energiza. Um amor que transforma a perda num ganho, que não pensa em receber ele só sabe se doar!, um amor sem limites, sem preconceitos e sem medo...

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