Alguns dias passavam rapidos outros nem tanto, pelas janelas da sala de fsioterapia do hospital as vezes ela via chuva em outros via sol. Todos os dias Daniele perguntava por Gustavo e recebia a mesma resposta de sua mãe: ele está bem querida, se recuperando. E em cada uma daquelas palavras ela tentava desesperadamente detectar qualquer informação que poderia ser nova. O jeito da sua mãe falar, sua expressão,mas no fim ela não revelava nada como se tivesse ensaido na frente do espelho para poder dizer aquilo toda maldita vez. Era o terceiro dia de visitas e como só podia entrar uma por dia, hoje era a vez de Gabi . Antes fora seu pai, Arthur seu irmaozinho mais novo e vovó Ilda. Hoje também era o dia de tirar o curativo que tampava praticamente quase todo o lado esquerdo do rosto de Daniele e ela temia pela grande cicatriz que o médico falou que talvez ficaria gravada na sua pele, não iria fazer escandalo se estivesse muito feio, mas no fundo uma voz vaidosa so pensava na reação de Gustavo, se ele ainda a acharia bonita depois de vê-lá. Gabi entrou no quarto com sacolas nas mão, seu cabelo que era antes vermelho agora estava roxo e cortado bem mais curto desde que a ultima vez que a viu. Gabi deu um gritinho e fechou a porta com o pé derrubou as sacolas no chão e foi correndo até Daniele para um abraço apertado.
-Você está proibida de fazer isso novamente – gabi disse com uma voz chorosa
-Eu acho que meio que me proibo também- Daniele riu.
- Eu rezei todos os dias por você, caramba eu fui na igreja e todo mundo ficou me olhando com aquela cara feia, mas eu fui , participei de toda missa – Gabriele ria e chorava ao mesmo tempo – eu senti sua falta garota...
-Eu também Gabi
-Eu vim socorrer minha filha, as enfermeiras disseram que uma menina de cabelo roxo meio destrambelhada veio correndo pra cá – disse a mãe de Daniele entrando pra dentro do quarto.
-Yep! Acho que sou eu mesma obrigada- Gabi correu para abrir as sacolas –eu trouxe um monte de coisas pra você –ela jogou uma na cama e tirava de lá lenços e blusas e ia depositando em cima Daniele. Depois ela pegou uma sacola menor e a abriu
- Eu trouxe bijouterias tambem, tem umas coisas meio hippie que eu mesma fiz eu não sei se você vai curtir, mas a gente adorava quando tinha dezesseis, lembra? Ah eu também trouxe umas cartas que a cidade inteira escreveu pra você – ela capiturou outra sacola e pegou uma carta – Essa, por exemplo é da Rebeca –Gabi e Daniele fizeram caretas ao mesmo tempo e depois riram
-Eu aprecio a sua consideração,mas eu meio que não confio mais em Rebeca. Ela colocava cola no meu lanche na pré escola e falava mal de mim no ensino médio – disse Daniele
- Ah e não se esqueça daquela vez que eu pulei em cima dela porque ela disse que você seria a noiva mais feia de todos os tempos – Gabi disse rindo e a mãe de Daniele olhou feio para ela por ter mencionado a palavra ''noiva''.
Daniele estava morrendo de vontade de perguntar de Gustavo para Gabriele, ela estavas prestes a fazer quando o médico a interrompeu entrando no quarto.
-Parece que hoje vai ser uma festa das garotas – disse o médico
Gabi bateu palminhas animada.
-Você esta pronta pra tirar os curtivos do rosto?
Daniele acentiu e a enfermeira empurrou um espelho com rodinhas para dentro do quarto, ela se sentou na potrona e o médico começou a dessenrolar o gase. Seu coração batia forte, ela agarrou a lateral da poltrona com seu braço bom ,o outro ainda estava enrolado por fitas brancas de hospital que Daniele não retirava nem na hora da fisioterapia, ela quase perdeu os movimentos do braço esquerdo que deslocou com o empacto da batida causando gratura exposta.
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O Eterno Amor ( CONCLUÍDO)
Roman d'amourAos 24 anos Daniele tem uma vida que considera perfeita, se formou no curso de seus sonhos, irá trabalhar no emprego que sempre quis e está prestes a se casar com Gustavo o homem que ama. Porém um trágico acidente acaba interrompendo seu futuro...