Capítulo 10

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A grande tempestada que caia, agora não passava de uma fina chuva. Daniele espiava pelo canto do olho o homem desconhecido ao seu lado, ele não parecia ser da cidade era alto e forte seu cabelo preto jogado de leve para trás estava enxarcado mas ele não parecia muito preocupado, tamborilava os dedos tranquilamente nos joelhos usava uma simples camiseta,calça jeans e botas de cauboí.

-Daaaniii! – gritou gabi vindo em sua direção em cima de uma bicleta. Daniele e o desconhecido levantaram juntos.

-Ai meu Deus!!! Você está bem?! O que você ta fazendo aqui? –Gabriele abraçou a amiga forte

O desconhecido pigarriou e as duas olharam em sua direção

-Bom, acho que está tudo certo agora – Daniele podia sentir o queixo de Gabi caindo enquanto encarava o rapaz – você tem certeza que tá tudo bem?

Daniele acentiu varias vezes

-É...muito obrigada mesmo – ela disse pegando no braço de Gabi que ainda estava pasma e a empurrando em direção a bicicleta. O homem virou de costas e entrou dentro de sua caminhoneta dando partida e seguindo reto na estrada. Daniele levantou a bicicleta vermelha de Gabi, que ainda continuava olhando para estrada onde o desconhecido partiu

-Gabriele, terra chamando – Daniele estralou os dedos diante da amiga.

-QUEM É AQUELE CARA GATO?! – Gabi disse

-Eu não sei, só sei que ele quase me atropelou...Vamos! pode ir na bicleta que eu vou a pé quero chegar em casa logo

No caminho Daniele explicou toda a situação a Gabi, ocultando os motivos reais que fizeram a parar na plantação de rosas, em casa Rita estava histérica de preocupação com a filha ,mas não comentou sobre os convites no quartinho de despejo.

Daniele estava no meio da estrada deserta com seu vestido de Alice era noite de Halloween ,seu cabelo estava molhado e sua pele pegajosa ,havia uma luz azul fraca no fim da estrada e então ela caminhou em sua direção seus passos iam ecoando alto, um ruído seco. A medida que se aproximava a claridade azul fica mais forte e Daniele tapou seus olhos havia um aroma suave no ar e um calor confortavél, mas então alguem agarrou seu braço com violência puxando forte para baixo ela olhou e viu uma bagunça de cabelos negros e os inesqueciveis olhos azuis a mao cheia de sangue a derrubou no chão fazendo a gritar ela ouvia alguém chamando pelo seu nome enquanto tentava sair do aperto desesperadamente. Daniele acordou respirando ofegante estava suada e seu coração batia descompassado, o dia estava claro através das cortinas de seu quarto ela olhou o relogio na cabeceira que marcava seis e meia da manhã. Fazia muitos meses que ela não sonhava com a garota gravida perdida e nunca daquela maneira aterrorizante, os gritos e a pegada em seu braço pareceu tão real que Daniele ainda podia sentir os dedos da menina em sua pele e os gritos ecoando pelos seus ouvidos. Uma pilha de livros em cima de sua escrivainha caiu no chão a fazendo gritar de susto sua cama estava molhada com seu suor e ela se levantou para recolher os papeis no chão e depois tomar banho, as dez tinha fisioterapia com Will e aquilo a fazia de certa forma mais feliz. Ao recolher os papeis notou que em meio a bagunça estavam seus curriculos e suspirou fundo, depois de toda a bagunça do dia anterior ela havia esquecido de entrega-lós, estava indecisa e até um pouco com medo,mas no fim seu coração falou mais alto algo dizia que ela deveria ir até la e tentar.

Daniele descansou a xicara de café na mesa e encarou o relógio da cozinha e com o curriculo na mãos ela se levantou e alisou a camisa branca. O caminho até o haras da familia Acorssi não ficava muito longe da cidade nem de sua casa e aquilo aliviava Daniele que não pretendia colocar seus pés dentro de um carro tão cedo, só de relembrar o pânico do dia que saiu do hospital ja sentia seu estômago se apertar.A fazenda Acorssi era deslumbrante, Daniele já tinha ido até lá algumas vezes com Gustavo quando o pai dele era gerente, na verdade ,o seu pai ainda era gerente ,mas desde o acidente eles ainda não haviam voltado pra cidade. Havia extensas campinas verdes com flores silvestres por todos os lados, era gigantesca e naquele momento havia varios cavalhos soltos por toda a fazenda, aquilo fazia o caração de Daniele se aquecer confortavelmente, ela amava cavalos desde de criança. Um pouco a frente estava a linda casa grande imponente e mistériosa, mesmo com o desgaste do tempo ela ainda continuava esplêndida e facisnante era uma pena ela ser dada como assombrada e ser tão sozinha. A menina de pele escura e cabelos enrolados gritava algumas ordens como da outra vez, ela parecia um pouco apavorada. Uma multidão de funcionarios em suas camisas azul escuro trabalhavam árduo, a garota morena se virou e sorriu surpresa por ver Daniele ali.

O  Eterno Amor ( CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora