Talvez um dia

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Talvez um dia, eu feche os olhos e ouço o calar das armas,
e nos confins da vista vejo imergir um roseiral de paz.
Talvez um dia, uma criança possa ser apenas criança,
o canto possa ser melódico, o sopro divino e o sonho sonhado.

Talvez um dia, o abraço será de paz, o ombro será amigo,
a casa será um lar, a vida terá valor, o homem terá amor.
Talvez um dia, não haja mais brancos, nem pretos, nem albinos...
Haja apenas homens de bem, homens de paz, homens de Deus.

Talvez um dia, os olhos possam ver, ouvidos ouvir, boca falar...
Talvez um dia, ninguém mora por ver, ouvir ou falar.
Talvez um dia a verdade reinará.

Talvez um dia haja somente homens de bem.
Talvez um dia ouço o calar das armas.
Talvez um dia, o abraço será de paz.

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