O silêncio da harpa cantante.

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Um silêncio fúnebre poisou na minha alma.
A voz da natureza acalenta meu ser
e em seus ramos penosos e penetrantes
repousa a melancolia da harpa cantante.

Aí vens tu!
Tudo agita, meu corpo palpita.
Rasga-se o silêncio e cala-se a harpa,
e a nudez da sombra testemunha o nosso amor.

E para ser perfeito,
mata-se as sombras, destrói-se as testemunhas.
Sem harpas, sem ecos, sem testemunhas.

Silencia-se o silêncio,
cala-se a harpa,
grita somente a voz do nosso amor.

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