Jorra água, jorra
pelas fissuras da porta, a porta da alma.
Jorra lágrima, jorra
por estes tristes olhos, olhos tristes meus.Suga a tristeza, leve a miséria, escoa a desgraça...
Leve, para além do além, além do infinito.
Escoa a raiva que em meu peito habita,
lave esta alma, limpe esta vida, dê vida a esta vida sem vida.Cai lágrima, cai.
Cai e me humanize.
Cai e mostre-me o fraco que me tornei.Cai lágrima, cai.
Mostre-me o homem que sempre fui,
mostre-me o homem que me tornei.
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Delírios
Poesia"Delírios" é um conjunto de 50 poesias que ilustram a vida atormentada de uma pessoa que lida dia a dia com a depressão. Faz uma abordagem poética intimista, por vezes dramática, e sempre envolto a uma angústia aguda, acompanhada pela dor e esperanç...