cativeiro (2)

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ATENÇÃO, ESSE CAPÍTULO POSSUI UM CONTEÚDO EXPLÍCITO E FORTE. SE VOCÊ SE SENTE MAL, OU TE AGRIDE DE ALGUMA FORMA, NÃO LEIA. OBRIGADA.

- Espero que não esteja brava comigo querida - ele se abaixa até mim - esperei muito tempo por esse momento -
As lágrimas descem quentes pela minha pele fria.
- oh meu Deus, você está com os lábios azuis... - ele sorri acariciando meu braço - vou buscar algo para te aquecer - sua mão desce para minha coxa. Tremo. Sinto nojo e meu estômago revira.
- já volto anjo - ele levanta com um sorriso no rosto.
Ele é doente.
Penso numa forma de escapar, minha cabeça dói, estou desesperada e desnorteada. Olho meus pulsos vermelhos e meus dedos azuis de frio. Preciso sair daqui. Tento me levantar e percebo que meus pés estão acorrentados numa barra de ferro. Olho em volta e vejo uma janela pequena, alguns caixotes de madeira, tambores azuis, uma caixa de ferramentas e um colchão.
Penso no Edgar, na minha mãe e em Charlie... Será que eles sabem que fui sequestrada? Será que ligarão o Diego a isso?
Ouço passos mais leves e estalados de saltos, não sei porque mas a cada pisada me sinto mais indefesa e com frio.
A porta de ferro é empurrada com força e os passos ficam mais altos.
- olá, pequena vadia...- ela sorri quando me vê.
Christina!!!! Desgraçada... A fuzilo com os olhos e a raiva me invade, fico vermelha e o frio passa por um instante.
Ela me regula com os olhos com nojo.
- não entendo porque o Edgar me trocou por isso - ela faz um gesto apontado para mim - tenho nojo dele, imbecil! -
"E eu de você sua prostituta de luxo"
- "mas passado é passado..." - ela me olha pensativa - é o que o Diego tentava me convencer enquanto fumavamos cannabis, mas eu te odeio, eu te odeio com todas as forças e te desprezo, você​ para mim é um inseto insignificante e mesquinho...-
"Essa mulher está louca, a mesquinha aqui é ela é unicamente ela!!!!"
- por isso, querida Amy, vc vai morrer - ela diz friamente - mas antes de morrer você vai desejar isso - ela chega mais perto e finca o salto no meu pé.
A dor é alucinante, tento escapar, mas estou presa. Ela sorri e vai embora, deixando eu e o meu pé sangrando.

As lágrimas caem de dor e agonia. Preciso dar um jeito de escapar.

Choro até adormecer no frio. Acordo mal coberta e no escuro. Estou no colchão, o frio diminuiu porém ainda me tremo, não sei bem de quê. Sinto fome, Medo, dor e muito frio.

- minha querida, vejo que acordou - Diego diz ligando a luz e me cegando por alguns segundos. Ele sorri com um prato na mão. - trouxe comida - ele levanta o recipiente.
Começo a chorar, estou apavorada e me tremo inteira.
- não precisa ter medo querida, estou aqui ok? -
"É de você que tenho medo babaca "
Eu quero ir embora, preciso ir.
Diego se inclina e tira minha mordaça.
Não tento gritar, sei que ninguém pode me ouvir.
- por que está fazendo isso? - pergunto quase sem voz
- porque sou apaixonado por você - ele sorri doentio
- você é doente - falo e ele me dá uma bofetada no rosto.
- nunca mais repita isso - ele pega um copo com água e me faz beber. Engulo ansiosa. Meu rosto arde com o tapa.
- o que você vai fazer comigo? - pergunto com as lágrimas caindo
- nada demais querida, agora coma - ele enfia a colher com uma sopa rala na minha boca. É horrível, mas engulo mesmo assim.
- quanto tempo estou aqui? -
- pouco mais de 4 dias - ele sorri enfiando colheradas na minha boca.
Permaneço calada até que ele acabe.
- me deixe sem isso, minha garganta dói - fungo
- não posso - ele enfia na minha boca - mais tarde venho para brincarmos...-
"Ele vai tentar algo a força, meu Deus, preciso sair daqui o quanto antes..."
Penso e olho para a caixa de ferramentas.
Tento ficar em pé, porém não tenho forças, não consigo! Eu tô tão fodida.

O Pai Da Minha Melhor Amiga - Vol. 1 [FINALIZADA]Onde histórias criam vida. Descubra agora