VI - Memoráveis

3.1K 233 15
                                    

***Matt***

Desde que beijar era o que melhor faziam, Matt apanhou a Evan contra os lençóis, as mãos em seus pulsos o sustentando sobre sua cabeça, inclinando-se entre suas pernas, tentando-o com suaves esfregadas, pélvis contra pélvis usando cada truque e manobra oral dos que sempre tinha tido conhecimento.

Tinha beijado uma quantidade enorme de garotas em toda sua vida e agora, Evan estava no extremo final de todo esse vasto conhecimento. Sugou sua língua dentro de sua própria boca. Mordeu seus lábios, logo lambeu a ponta. Gemeu seu próprio desejo na boca do outro homem.

Podia sentir novamente a si mesmo endurecer-se; podia sentir a mesma sensação de frenesi de antes, enchendo seu cérebro. Evan rompeu o beijo, sorrindo a Matt. Aparentemente, não se encontrava sozinho em sua excitação.

- Acho que isto é material de primeira qualidade. - Disse Evan.

Matt não esperou pela provocação que viria a seguir; voltou ao trabalho. Desfrutando do sabor, a liberdade de beijar a Evan e não duvidar. Duvidar não era algo no que Matt Haight fosse bom. A campainha tocou. Sem vontade, Matt separou suas bocas.

- É, chegou à comida.

Evan começou a rir.

- Vai descer nessa condição?

- Droga.

Uns poucos minutos depois, com um pulôver amarrado ao redor de seu quadril, Matt desceu as escadas assobiando. Pagou ao entregador, incluindo uma boa gorjeta, e voltou para o apartamento com a sacola de comida.

Subiu lentamente, pensando subitamente em quanto tempo tinha passado desde que tinha tido a uma mulher aqui. Quanto tempo desde que tinha feito amor com alguém, desfrutado de sua companhia, compartilhado uma refeição? Meses, possivelmente um ano?

Umas quantas mulheres aqui e lá, encontradas em um bar. Um par de horas de sexo de bêbados na residência delas ou em um hotel. Sem troca de sobrenomes. Sem futuro. Sua última relação de longa duração na linguagem de Matt significava o que? Seis meses? Acabou-se muito antes que isso.

Tinha a má tendência de envolver-se com as mulheres erradas: casadas, ninfomaníacas, ou as que queriam o pacote: marido, lar e bebê; mas que ele não tinha nenhum interesse. Mulheres destinadas a falhar em manter o interesse, o humor e a excitação de Matt por mais de um par de meses.

Deteve-se na porta. Evan tinha tantas qualidades que chamavam a atenção de Matt: Era inteligente, divertido e honesto. Sempre dizia o que queria. Não julgava. Matt riu baixo. E era policial. Sim, parecia incapaz de manter-se afastado desse mundo. A atração lhe tinha assustado. Mas entregar-se a ela, fazia o medo menor, menos importante. Quando estavam juntos, esquecia-se que isto era algo que jamais tinha experimentado antes.

***Evan***

Evan repousava silencioso sobre os lençóis, olhando o teto, contando as linhas do forro. Sua boca e mandíbula ardiam dos agressivos beijos de Matt, sua pele áspera. Estava preparado para começar de novo.

Matt tinha despertado algo adormecido, algo que veio rugindo rápido depois de treze meses de silêncio. Seu apetite sexual tinha desaparecido depois da morte de Sherri. Nada o excitava, nada o incitava a tocar-se pelas noites debaixo dos lençóis. Pensava nela todo o tempo, em beijá-la, em fazer amor. Mas seu corpo não respondia. Sentia-se estranho estar sentindo luxúria de novo. A ardente necessidade do toque e carícias de alguém sobre ele.

Quando Matt o tinha sujeitado aos lençóis Evan gemeu brandamente, cobrindo o rosto com o braço. Cada beijo parecia construído sobre o anterior. Sabia que iam ter que avançar. Incrementar o ato físico até que... Até que o quê?

Fé & Fidelidade (Fidelidade, Amor e Devoção #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora