XVIII - Outras Investidas

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***Matt***

Vestido para matar e à espreita. Reprimiu uma risada em sua própria linha de besteiras. Era uma típica noite de sexta-feira de janeiro, gelada, as ruas mortas, e Matt aborrecido de tanto pensar.

Todas as pessoas inteligentes estavam em casa já sentadas em seus sofás de dois em dois, e todos os bêbados já estavam em seus tamboretes. Matt não podia passar outros cinco minutos em seu apartamento, queria sair, queria soltar-se. Só queria esquecer por um momento. Durante semanas tudo o que podia fazer era ficar na cama e deixar seu corpo reviver a cada segundo sensual que tinha passado com Evan.

Mas se cansou de sua mão, cansou-se de estar frio e sozinho. Mas de repente, de pé na porta do bar, a enormidade do momento o golpeou. Não tinha feito isto há um tempo antes de Evan e estar aqui agora parecia... estúpido. E velho. E lamentável. Pensou no que ia conseguir, um pouco de ação?

Estava aproximando-se dos cinquenta. Tinha passado tão somente as últimas seis semanas perseguindo a outro homem só para ser rechaçado, isso veio depois de uma seca de mulheres, uma seqüência de falhas que se remontava aos anos setenta. Que garoto no bar ia saltar ante alguma possibilidade de pescá-lo? Era rápido de adivinhar. Ninguém. Com um suspiro de resignação, Matt entrou no bar cheio de fumaça de Manhattan.

Ao menos ia ter umas dúzias de cervejas. Mantendo os olhos treinados com o olhar baixo, não queira fazer contato visual com alguém e ter que lutar com a picada do rechaço. Dirigiu-se ao bar e se sentou no tamborete o mais longe da porta. Isso o situou entre o bar e uma pequena parede lateral, a máquina de discos convenientemente na esquina. Perfeito. A multidão era mínima, bem para ele, era.

Não tinha estado nesse bar em anos. Estava a somente umas quadras de seu antigo departamento de policia, e foi um dos muitos pontos nos que tinha dividido seu tempo entre a volta do dia. Ele deslizou sua jaqueta de couro, deixando-a no tamborete junto a ele.

O televisor estava colocado para que pudessem ver o filme ou jogar uma olhada à luta livre que se retransmitia nesses momentos. Uma esbelta jovem de cabelo muito negro para ser natural deslizou um guardanapo diante dele quando se sentou.

- Ei! - Ela disse. - O que posso lhe oferecer?

Matt retornou a seu amistoso, e o mais provável rotineiro sorriso.

- Corona Light.

- Claro que sim.

Ela girou e mexeu no refrigerador. Matt teve a oportunidade de admirar sua forma ajustada, calças de couro negro brilhante e uma camiseta sem mangas. A extensão da pele creme nas costas deteve seu olhar. Se reacomodou na cadeira o mais discretamente possível. A garçonete voltou com a garrafa, sacudiu umas quantas gotas de água que se aferravam ao lado.

- Deseja iniciar uma comanda?

Matt assentiu com a cabeça, jogando cinco dólares em sua direção.

- Quer um cartão de crédito?

- Não, confio nos policiais. - Respondeu ela com um sorriso.

Embolsou os cinco e retornou ao outro lado do bar. - "Que merda!" - Matt pensou. - "Como sabem?!" - Tomou um comprido gole de sua cerveja, jogando outro olhar a partida de hóquei na televisão. Um jovem casal, já um pouco tomada pela cerveja barata, a fumaça dos cigarros, a promessa de sexo, aproximaram-se da máquina de discos, rindo e sussurrando através das seleções.

Matt tratou de ignorá-los. Não queria pensar em nada esta noite, exceto em sexo. E tudo o que ia fazer era pensar, não queria que o lembrassem que outras pessoas estavam tendo relações sexuais com pessoas que gostavam. - "Evan." - Quase fez girar seus olhos quando o nome surgiu em sua mente.

Fé & Fidelidade (Fidelidade, Amor e Devoção #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora