Coloquei a cabeça encostada no vidro do carro e em seguida dei um longo suspiro. É realmente una tortura ter que sair de LunksPoint, a cidade aonde eu havia crescido e formado uma vida. Bom, não tão viva assim pois eu quase nunca sai de casa, mas vou de qualquer forma sentir saudades da cidade nublada e chuvosa.
Tudo culpa de quem? Dá minha mãe! A carência tava tão grande que resolveu casar com o namorado Alfa dela. Agora estão me arrastando para o verdadeiro inferno que é Sunisland.
Olhei para frente e vi minha mãe conversar animadamente com Alysson, provavelmente sobre os diversos shoppings existentes na cidade, Alexander estava com a cabeça em meu colo, recebendo um cafuné de minha parte. Alex era outro que não apoiava a ideia de minha mãe de se casar com Héctor. Não que ele não seja uma boa pessoa, é que nós apenas não concordamos em ver mamãe com alguém que não seja nosso pai.
Parei o carinho na cabeça do meu irmão para olhar a enorme cidade a minha frente, o mesmo resmungou um pouco antes de ter a mesma visão que eu. Infelizmente, a cidade dos infernos era linda. Grandes predios, crianças correndo em parques e algumas praças com grandes lagos cristalinos refletidos pelo sol escaldante.
- Aja protetor solar.- eu e Alex falamos juntos, rindo em seguida. As vezes ter um irmão gêmeo é divertido.
- Você é mais pálido que eu Alex!- dei um leve empurrão no mesmo.
- Não sou. Era você que vivia enfurnada naquele quarto que nunca se via um raio de sol!- riu do meu sedentarismo.
Apenas revirei os olhos com o comentário besta do Alfa,observando a paisagem mais uma vez. Eu, Alex e Alysson,fomos os únicos da família a nascer de um status diferentes.
- Não se preocupe Lys, se você não conseguir se socializar, eu estou aqui para te ajudar Ok?- olhei para Alex. Meu irmão é a melhor pessoa do mundo, mesmo não sabendo disso.
- Obrigada por se oferecer. Mas acho que vou ter de recusar, não posso depender de você para tudo! Está na hora de andar comas próprias pernas.- disse decidida. Ele me olhou por um segundo antes de dar de ombros.
- Se é assim que você quer. Mas eu ainda estarei te ajudando.- assenti. As vezes ele toma os problemas dos outros para si mesmo, o que é um pouco irritante, me faz achar que sou uma Ômega qualquer que precisa de alguem para ser ajudada.
[...]
- Arya! É muito bom ver seus filhos pela primeira vez! São lindos igual a mãe.-disse Héctor beijando minha mãe. Eu e Alex nos entreolhamos com ar de nojo enquanto Alysson batia na gente por ser insensíveis. As vezes minha irmã era uma tremenda de uma boboca.-Bom, quero mostrar a casa a vocês, seus quartos e o jardim principalmente, tenho certeza que vão gostar!
Caminhamos na enorme mansão curiosos. Até que minha mãe arrumou um homem que preste. O corredor era longo e seus pisos eram feitos de ouro branco, as paredes eram feitas de puro mármore. A sala era espaçosa e seu sofá era em formato de L, branco com detalhes em preto.
Finalmente conheci meu quarto. Era enorme e espaçoso, aquele homem deve ter estudado sobre mim, pois era perfeito! As paredes eram lilás bem claros, quase apagado, o chão era forrado por um tapete de veludo branco, a janela tinha formato de cúpula e minha cama era extremamente macia. Além disso havia um enorme closet espelhado por todo canto, me fazendo sorrir. Acho que não vai ser tão ruim assim.
Depois de mostrar o quarto de Alex e Alysson, finalmente fomos para o enorme jardim atrás da casa. Era perfeito!
Era em formato de gaiola de vidro enorme com portas de eucalipto, dentro da mesma havia varias flores, uma mais linda que outra. Havia uma enorme árvore no meio da "gaiola"que ultrapassava a mesma, possibilitando mais passagem do sol. Em volta da Árvore havia algumas mesas e cadeiras brancas, e um pouco longe, haviam bancos bastante confortáveis. Acho que irei passar muito tempo aqui.
- Pela sua expressão Alyssa, você deve ter gostado doo jardim. - Héctor supôs rindo.
- Não suponha que eu gostei, pois eu AMEI este lugar!- me segurei para não dar pulinhos feito uma besta.
- Fico contente que tenha amado o lugar, meu filho mais velho também gosta daqui. Sabe, ele é um pouco anti social. Ele sempre foi, mas depois da morte de Susan, ele ficou pior.- abaixou a cabeça triste.
- Entendo como o seu filho deve estar se sentindo, me senti assim também depois da morte do meu pai. Ele era meu melhor amigo. Sendo sincera, nem mesmo Alex consegue me fazer esquecer de meu pai.- assumi.
Ele pensou por um instante, me fazendo o olhar confusa.
- Sei que não posso substituir seu pai, e nem mesmo quero. Mas, se te faz se sentir melhor, posso ser essa figura paterna que você tanto sente falta.- deu de ombros.
É isso mesmo que meus ouvidos ouvem produção?
- É sério?- perguntei estática.
- Talvez sua mãe não tenha te contado mas, eu também perdi minha filha no acidente, junto a minha esposa. Nós dois vamos sair ganhando nisso tudo. O que acha Alyssa?Posso lhe chamar de filha?
Não acredito que vou fazer isso. Fraca!
- Pode sim papai.- dei um abraço apertado no mesmo.
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Eu não sou sua submissa!
Roman pour AdolescentsÔmegas não são conhecidos por ter personalidades fortes. Mas sim personalidades submissa que facilita o domínio dos Alfas. Alyssa McCarthy achava isso totalmente banal. Ela odiava a ideia de um Alfa a obrigar fazer algo que não a quer. Teve esse pe...