Nunca mais desacredito na genética! - T H O M A S

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  Eu fui com Alyssa no hospital no dia seguinte. Ela estava tão nervosa que eu tinha medo de a deixar sozinha naquela situação. E eu sei que ele era muito importante para ela já que a mesma não parava de rodar o colar que ele deu de presente a ela quando criança.

— Bom dia.- a recepcionista diz olhando para aquele monte de gente aglomerado na frente do balcão. Depois ela olha para mim e morde seu lábio tentando chamar minha atenção.

  Acho que Alyssa estava realmente mal porque ela em momento algum conseguiu reclamar ou agredir a mulher, já que sua atenção estava inteiramente em seu pai.

— B-Bom dia, você poderia me informar em qual quarto se encontra Matthew McCarthy?- Alyssa treme de nervosismo e eu percebo que ela faz esforço para não chorar, seguro sua mão.

— 2 andar quarto número 113.- ela pisca o olho para mim e Alyssa finalmente percebe.

— Vem cá, qual é seu nome?- ela pergunta com uma falsa calmaria.

— Brittany.- ela sorri orgulhosa do seu nome e deixa mais amostra seu decote. Sinto Alyssa apertar minha mão, quase achando que é para amputar.- E você é...?

— Alyssa, vem cá, aonde fica o puteiro?- ela pergunta como se fosse uma pergunta séria.

— Por que você acha que eu sei?- Brittany diz irritada. Alyssa dá um sorriso inocente.

— Porque parece que você frequenta esse lugar.

— Quem você pensa que eu sou hein garota?!- Brittany exclama.

— Uma vadia que gosta de dar em cima do namorado de outras pessoas.

  A mulher fica claramente envergonhada e abaixa a cabeça totalmente vermelha. Alyssa sorri sarcasticamente e eu tento evitar um sorriso.

   Entramos eu, Alyssa, Arya, Alysson e Alex no elevador enquanto os outros iam de escada. Olho para Alyssa e vejo seu sorriso sarcástico de antes morrer e dar lugar a um olhar vazio.

— Vai ficar tudo bem Lys, agora tudo está melhor.- Alex diz confortando a irmã que apenas assente como se não fosse algo importante.

  Até que o olhar dela se perde em uma folha de papel na mão de Arya que passava as mãos em um tique nervoso.

— O que houve?- Alyssa olha para a mãe sem emoção.

— É apenas uma coisa que eu tenho que resolver com o pai de vocês.- ela da um sorriso capaz de fazer todos realmente pensarem que não era nada de mais.

      Menos Alyssa, obviamente.

— E do que se trata?

— Você não tem idade para pensar nesse tipo de coisa.

— Eu vi meu pai ser "morto"- fez aspas com os dedos.- Eu tenho idade para muita coisa.

A mãe dela ri e olha para Alyssa com um sorriso nostálgico, provavelmente se lembrando da época em que Matthew causava a maioria dos sorrisos delas.

— A cada dia que passa você fica mais parecida com seu pai. Até o humor negro dele. A cópia idêntica.

  A porta do elevador abre e saímos de lá com o coração na mão. Caminhamos pelo longo corredor com Alyssa na nossa frente nos guiando e segurando minha mão de maneira nervosa.

   Paramos na porta do quarto e ouvimos risadas do outro lado. Alyssa bate na porta tremendo de animação e quando abrem ela não se controla e deixa as lágrimas escorrerem pelo seu lindo rosto.

— Arya? Alex? Ally?- Matthew sorri emocionado, quando coloca os olhos em Alyssa eles brilham como se tivessem encontrado o maior dos tesouros.- Lysa?! É você meu passarinho?

— Sim papai. Sou eu mesma.- minha namorada anda lentamente até seu pai até que senta ao seu lado.- Sou eu, sua Lysa, sua filha. Ainda sou seu passarinho azul?

— Para sempre meu anjo. Então, tudo o que eu ouvi era verdade? Fiquei em coma por 2 anos?- assentiram.- Uau, acho que agora eu sou um verdadeiro Capitão América, só que sem o escudo e aquele lance todo de ser adorado por todos.

  Agora eu sei de quem Alyssa puxou.

  Eles conversam mais um pouco até que Matthew repara na minha presença. Ele me olha e depois olha para minha mão e de Alyssa entrelaçadas.

— Quem é esse?- falou direto. Alyssa sorri largo e me puxa para falar com ele.

— Pai, esse é Thomas, ele é meu namorado.- ele me olha chocado.

— Então foi tu que fez minha filha desencalhar? Já tava na hora hein? Achava que a Lysa jamais sairia da seca.- ele ri e Alyssa fica extremamente vermelha. Fiquei sem o que falar.

— B-Bom e-eu...

— Não fique acanhado rapaz, eu tenho ciência do que você é minha filha fazem entre quatro paredes, eu entendo.

— Entende?- eu e Alyssa perguntamos em coro. Ele assente.

— Claro. Minha Lysa foi feita perfeitamente, quem não se tentaria com uma obra digna de Picasso que eu criei hum? Milimetricamente perfeita e totalmente pegável para caras da sua idade, é assim que se fala né querida? Passei 2 anos em coma, nem sei se falamos o mesmo idioma ainda.- ele faz uma careta engraçada enquanto Alyssa esconde o rosto entre as mãos.

— Pai, é estranho ouvir essas palavras vindas de você.- ele revira os olhos.

— Meu amor, eu tenho 37 anos, não 300. Não me faça parecer velho.- eu rio mas fico sério de repente.

— Senh...

— Não ouse me chamar de senhor se quer continuar vivo garotinho.- ele aponta um palitinho de chocolate que Alysson roubou para ele.

— Não sou um garotinho.- cruzo os braços. Ele dá um sorriso sarcástico semelhante ao de Alyssa quando ganha uma discussão.

— Nem eu um senhor. Me chame de Matt.- deu de ombros.

— Matt, você sabe quem atirou em você no dia 13 de maio?

  Ele me olhou e suspirou logo em seguida como se tivesse lembrado de algo de suma importância que provavelmente tinha esquecido.

— Sim, mas vocês não conseguirão acha-lo.- ele olha para todos nós.

— E por que não?- Teodore se pronuncia pela primeira vez. E todos ficam estáticos com o que Matthew diz em seguida.

Porque ele é um demônio.

Eu não sou sua submissa!Onde histórias criam vida. Descubra agora