Eu não sou sua submissa!

{E1} A l y s s a

— Eu fico com cara de gorda nesse ângulo?- pergunto para Lua enquanto me olho no imenso espelho.

— Minha querida, quando se está grávida até deitada a gente fica gorda.- reviro os olhos ignorando sua petulância.

— Só não te jogo da sacada porque 1: É o meu casamento e eu não quero ter que limpar seu sangue. 2: Teodore me estrangula. E 3: Não quero deixar meu sobrinho órfão de mãe.

— E de tia? Pode?

— Já chega, OH SUZANNA, ENXOTA ESSA MORTAL DAQUI EM NOME DO QUE É MAIS SAGRADO!- Lua começa a rir e eu calço minhas sapatilhas, já que eu fui proibida de usar saltos por causa da gravidez.

  Estou de 8 meses e doida para que esses moleques saiam da minha barriga para essas pessoas pararem de me tratar como se eu fosse de porcelana.

  E não, você não leu errado. Eu estou grávida de gêmeos e Thomas não podia estar mais feliz. Mas, eu estou mesma é preocupada e assustada.

  Preocupada porque eu não estava esperando por gêmeos. Na verdade, eu não estava esperando por uma criança!

  O que resulta em dobro de cuidado com esse meu ser. Não estou reclamando, eu amo quando Thomas me traz café na cama e amo mais ainda quando finjo estar dormindo para ouvi-lo conversar com os meninos, coisas como:

"Vocês sabiam que vão ter a melhor e mais maluca mamãe do mundo?"

"Estou louco para nascerem logo, preciso lhes ensinar tanta coisa."

"Nós já os amamos muito, mas do que tudo."

  Então se não fosse pelas contrações talvez eu sentisse saudades de tê-los dentro de mim. Protegidos contra tudo e todos.

  Sorrio para meu reflexo, sentindo aquela euforia melosa que vemos nos filmes pela primeira vez. Meu vestido era simples lindo, tudo pensado para que não me machucasse e machucasse os bebês. Branco rendado de flores com uma abertura nas costas que era fechada por um simples laço.

— Ah querida, você está tão linda...- minha mãe aparece no batente com os olhos cheios de lágrimas. Vou até ela que segura minhas mãos emocionada.

  Faz mais ou menos 2 semanas desde que eu voltei a falar com minha mãe. Ela havia entrado em depressão desde que eu saí de casa. Então eu cheguei a conclusão de que mesmo que eu ainda esteja magoada, é melhor perdoar e seguir em frente do que guardar rancor e perder minha mãe.

— Obrigada mãe, a senhora também está linda nesse vestido.- ela deu uma risadinha.

— Querida, Collins como nós sempre irão ficar lindas, até mesmo com um saco de batatas.- dou risada.

— Estou inclusa também?- ela sorri ajeitando uma mecha de cabelo rebelde do meu penteado.

— Ah Alyssa... Você não precisa de um sobrenome para ser linda, você apenas é. Se você soubesse o quão arrependida eu estou...

— Deixe isso de lado mamãe. O passado ficou aonde deveria, vamos nos concentrar no presente okay?- ela assente e eu pego meu véu.- Ótimo, agora a senhora saberia prender esta coisa?

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— Alyssa Louise McCarthy, você aceita Thomas James Collins como seu legítimo esposo na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença até que a morte os separe ?- Alexander (Que foi?) diz me olhando com lágrimas nos olhos.

— Sim.- devolvo o olhar com o mesmo carinho.

— E Thomas James Collins, você aceita Alyssa Louise McCarthy como sua legítima esposa, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença até que a morte os separe?- ele olhou para Thomas como se dissesse "Se não disser sim eu quebro seus ossos."

— Sim. Eu aceito.- ele sorriu para mim.

— Então, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.- quando Thomas se aproximou sorridente, mas Alex colocou a mão no caminho.- Mas, SEM mão boba!

— Querido, eu estou grávida de 8 meses. A última coisa que você precisa se preocupar é com minha inocência.- olhei feio para meu irmão que fez biquinho.

— Eu tava brincando poxa.- ergo a sombrancelha como se dissesse "Se você atrapalhar meu casamento cabeças vão rolar."- Beija logo ela, pelo amor de Deus.

          (At/ Finjam que eles estão em um jardim, já que eu não consegui encontrar um GIF assim.)

  Thomas me tomou em seus braços e me deu um dos beijos mais calmos que nós já tivemos. Não foi algo desesperado, foi lento e amoroso. Como se tivéssemos todo o tempo do mundo para ficarmos assim, e nós realmente tínhamos.

  Nós afastamos aos sons de gritos, palmas e assobios vindos de amigos e familiares que demonstravam verdadeiro orgulho por nós. Acho que eles também se esqueceram que nós somos quase "irmãos"... Mas não importa!

  O importante é que eu estou aqui, me tornando esposa do homem que eu mais amo no mundo. O pai dos meus filhos e o orgulho da minha mãe (O que é uma grande injustiça, já que ela assa várias guloseimas para ele e para mim nem um biscoito Cream Cracker ela dá.) e o 2 filho do meu pai.

  Poderia ser um dia melhor?