A verdade sempre prevalece...- T E O D O R

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Eu realmente não pretendia encontrá-la aqui.

Porque eu achava que ela ainda estava morando em DwayIsland. Eu ainda achava que ela havia me abandonado.

Encaro Lua a minha frente, ela parecia assustada e ao mesmo tempo confusa. Eu também me sentia assim.

— O que você está fazendo aqui?- ela pergunta com voz trêmula.

— Não está óbvio?- pergunto friamente.

— Acho melhor discutirem em outro lugar.- Thomas diz.

— Também acho.- uma garota de cabelos pretos e olhos castanhos me repreende. A olho irritado.

— Não se meta aonde não é chamada garota. Você não tem direito de opinar sobre esse assunto.- quando ela iria responder Thomas interveio.

— E você não tem direito de falar assim com ela. Alyssa não tem nada haver com seus problemas com a Lua.-  Thomas defende a tal da Alyssa. Ela apenas olha para ele com uma expressão indecifrável.

— Não preciso de você para me defender Thomas.- Alyssa vai até a escada e olha para mim e para Lua.- E vocês dois, se resolvam logo.

  Thomas foi atrás dela e ficou apenas um cara lá, uma menina estranha e Gregory.

— Alex, Greg.- a menina os chamou.- Vamos para o jardim.

— Mas eu não quero ir para lá.- Alex reclama.

— Eu não perguntei.- e saiu arrastando os dois para fora.

Olho para Lua que estava com a cabeça baixa em minha frente. Dou um suspiro pesado antes de começar a fazer meus questionamentos.

— O que você está fazendo aqui?- começo.

— Me mudei ano passado para Sunisland.-  ela da de ombros. - E você? Pensei que continuaria morando no centro.

— Meu pai pediu minha companhia, além disso, minha irmã vai se casar. Seria um incômodo na vida deles.- respondo dando um longo suspiro no final. Ela arregala os olhos por um momento.

— Você não seria um incômodo! Você nunca é...- as últimas frases, ela diz como um sussurro. Olho fixamente para ela sem ter a intenção de desviar. Ela me olha também e ficamos nos fitando por algum tempo.

— Desde quando a gente mudou tanto Lua?- pergunto depois de alguns minutos. Ela suspira.

— Era bem melhor quando éramos apenas 2 crianças, não tínhamos todos esses problemas, não existia esse muro entre nós.- nego.

— Não foi nossa culpa Lua. Você sabe que não. Como disse, éramos apenas crianças, não conhecíamos a maldade.- ela assente.

— Eu senti sua falta durante esse tempo.- ela fala baixo, quase inaudível. Eu dou um leve sorriso.

— Eu também.- ela se aproxima de mim e me dá um abraço, sinto suas lágrimas molharem minha camisa mas apenas afago seus cabelos. Me permito mergulhar nas lembranças, uma por uma...

"— Lua? Você acha que um dia eu posso ser um grande cientista como minha mãe?- um pequeno garotinho diz pendurado em uma árvore enquanto tinha uma garota balançando as pernas com um caderno de desenho nas mãos.

— Sim Théo.- ela continua sua pintura.

— Sabe, eu quero descobrir vida em outro planeta! Imagina só, eu ser o primeiro híbrido a fazer contato com os marcianos!- ele diz animado. A menina contorce o cenho.

— Esses não são atromonos?- a garotinha dizia, acabou de aprender na escolinha o nome das profissões.

— Bom, eu não sei realmente...- ele pensa fazendo a garotinha revirar os olhos. 

As duas crianças ouvem um choros vindo da casa de Teodore. Elas correm até a mesma e veem Tiffany, irmã mais velha de Teodore, aos berros enquanto é amparada pelo seu pai. Thomas estava encolhido em um canto mais afastado com olhos vermelhos. Gregory estava ao lado de Miranda, mãe de Lua.

— O que aconteceu aqui?- Théo pergunta relutante. Ele olha em todo canto e não acha a pessoa desejada.- Cadê a mamãe?

  Quando a palavra "mãe" foi dita, foi como se uma torneira tivesse sido arrancada, fazendo Tiffany chorar mais desesperadamente.

— M-m-mãmae se foi Théo, assim como a Tessa. Elas não vão mais voltar.- Tiffany responde.

E daquele dia em diante, nada foi o mesmo na vida daquelas duas crianças.

Eu não sou sua submissa!Onde histórias criam vida. Descubra agora