Chegamos em casa em um silêncio descomunal. Thomas não dava um pio, Lua nem batucar os dedos em algum lugar batucou, nem mesmo Teodore (que é um baita de um irritante que não fica quieto por muito tempo) não ousou me irritar hoje.
Ou seja, a situação estava realmente aflitiva para todos.
Mas o problema não é o tal demônio. O problema foi tudo o que ele tirou. Não apenas da gente, do Thomas, da Lua, e de outras famílias que realmente perderam membros importantes para todos eles.
O problema é a dor que ele causou e causa até hoje nessas pessoas, que não mereciam sofrer tudo isso.
Me tranco no quarto e me jogo na cama ainda pensativa sobre tudo aquilo. Pego meu celular e vejo que são 10:40, então resolvo tirar um cochilo de 1 horinha apenas para colocar a cabeça no lugar.
•••
— Pai, depois que sairmos podemos tomar sorvete? Hoje está tão quente que acho que vou desmaiar.- ele ri de mim e bagunça meus cabelos.
— Vamos fazer o seguinte; eu te dou dinheiro, você compra 2 sorvetes e quando você voltar a fila já vai ter chegado na nossa vez e poderemos ir para casa. Que tal?- eu assinto animada e corro para fora do banco.
Enquanto eu corro acabo trombando com um homem de cabelos pretos, olhos prateados que tinha algo no bolso. Quase caio no chão se ele não tivesse me segurado pelo braço.
— Tome cuidado garotinha, você pode se machucar.- eu dou um sorriso envergonhado e agradeço.
Quando ele passou por mim e eu cheguei na sorveteria, ouvi um barulho de tiros e de pessoas gritando. Quando olho para trás vejo pessoas caindo no chão dentro do banco. Corro até a porta desesperada pelo meu pai que quando tenta correr na minha direção, acaba levando um tiro e caí na minha frente, e quando olho o mesmo cara tinha um sorriso maligno no rosto e sussurrava para mim.
"Eu disse que iria se machucar."
Nem tenho tempo de processar nada quando alguém jogou seu corpo em cima de mim. Olho para a pessoa e vejo que é Giulia Morgan, umas das mulheres mais poderosas do país e...
Uma Ômega.
•••
Acordo em um sobressalto. Olho para os lados e vejo que são 11:23. Passo as mãos pelo rosto e me levanto para comer algo já que minha barriga estava reclamando a tempos e eu também.
Desço as escolas e encontro Lua chorando na mesa. Seus olhos estavam vermelhos e a cara meio inchada.
— Lua? O que houve?- me sento ao seu lado. Ela treme um pouco e eu mal reconheço minha melhor amiga maluca que nunca chorava.
— Lys, eu... Eu estou com tanto medo!- ela me abraça forte e eu a olho confusa.
— Me fala o que aconteceu.- ela segura minhas mãos por um momento ao mesmo tempo que tenta colocar um mini-sorriso no rosto.
— Alyssa, eu estou grávida do Teodore.
AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH EU NÃO ACREDITO NISSO!
— JURA? SÉRIO MESMO??- digo quase berrando e ela dá uma risada fraca e seca suas lágrimas.- Espera, por que está chorando? Era para está feliz não é?
— Alyssa, eu não sei se ele quer esse filho ou filha. Além de nós dois sermos muito jovens para ter um filho. Céus, eu só tenho 16 anos!- ela passa a mão no cabelo de forma nervosa. Abraço minha melhor amiga.
— Vai ficar tudo bem okay? Porque Lua, todas as mulheres ficam nervosas quando tem seu primeiro filho, você não vai ser diferente.
— Eu sei Lys, é que tudo está tão difícil e eu não sei como agi...- Teodore sai de trás de um armário com os olhos marejados.- Téo?
— Nós... Nós vamos ter um filho?- ela assente já começando a chorar de novo. Ele se aproxima e abraça ela.- Eu quero.
— O que?- ela pergunta confusa.
— Eu quero esse filho ou filha Lua. Eu quero estar presente e quero ser um bom pai, somos jovens, mas damos conta do recado.- eles se abraçam e Teodore olha para mim. Levanto as mãos.
— Okay, já estou indo...- faço menção de sair mas Teodore segura minha mão.
— Na verdade eu queria agradecer.
— Agradecer? Pelo quê?
— Por sempre estar aonde você deveria estar quando precisamos. Obrigado Alyssa. Você é uma boa amiga.- eu sorrio com os olhos marejados.
— É só o meu dever ajudar vocês, fariam o mesmo por mim. É isso que os amigos fazem.
•••
— Tem certeza de que está bem?- Thomas pergunta pela décima nona vez que eu cheguei até o quarto dele.
Nunca estive aqui, bom, não totalmente lúcida na verdade. Era um cômodo comum de um garoto de 19 anos: paredes azuis, cama King-size, closet com as portas de madeira, dando um tom rústico no quarto. Uma janela enorme com vista para a uma cachoeira um pouco afastada dos arredores da mansão.
Ainda prefiro o meu.
Eu tinha resolvido contar para Thomas meu sonho e depois disso ele não larga mais do meu pé. Eu amo o Thomas, mas ele se preocupa demais comigo, deve ser por isso que ele e meu pai se dão tão bem.
— Já disse que não precisa se preocupar Thom, mas não foi por isso que eu vim aqui.- cruzo os braços. Ele me dá um sorriso de esgueira.
— Não queria me ver?- reviro os olhos e enlaço meus braços em volta do seu pescoço.
— Não seja idiota, temos coisas mais importantes para resolver.
Me afasto e pego o Notebook aberto em cima da cama. Pedi para Alysson hackear o sistema de segurança do Banco Central de LunksPoint e encontrar as câmeras do dia da chacina.
— O que estamos procurando?- Thomas pergunta ao meu lado. Continuo observando a tela do Notebook.
— O rosto do criminoso... Aqui! É ele! É ele!
Uso o aplicativo de reconhecimento facial e acho a indentidade do cara.
Nome; Davven Garden
Idade; ??
Estado civil; Casado
Parentes; Pai, esposa e 2 filhos
Obs: O homem por mais que aparentasse traços humanos, possuía habilidades ainda não conhecidas na área da ciência. Foi acusado de assassinato, roubo, assédio moral e violação de direito público. Fugiu de 10 presídios e o último lugar que foi encontrado foi no pátio, tomando banho de sol.
— Então... Esse é o cara que matou minha mãe?- assunto ainda olhando para a tela.- Ele vai pagar.
Olho para ele e sorrio cúmplice.
— Nós vamos o fazer pagar, porque ele não vai ficar em pune.- digo mais para mim do que para ele.
— Ele não vai destruir nossa nova família.- Thomas diz convicto
Mas o que não sabíamos era que assim que colocássemos o plano em prática, nossa família estava a um passo da destruição.
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Eu não sou sua submissa!
Novela JuvenilÔmegas não são conhecidos por ter personalidades fortes. Mas sim personalidades submissa que facilita o domínio dos Alfas. Alyssa McCarthy achava isso totalmente banal. Ela odiava a ideia de um Alfa a obrigar fazer algo que não a quer. Teve esse pe...