Eu terminava de comer, quando olhei para frente e observei a garota do celular observar as estrelas, logo após digitar algo em seu celular.
Havia um pequeno sorriso em seus lábios, e a forma como ela parecia encantar-se com a quantidade de luzes tão distâncias e hipnotizantes...
– Ei, você! – Gritei, a assustando. Soltei um sorriso pequeno por conta desse seu susto inesperado, mas logo pedi desculpas. – As estrelas são realmente lindas não?
A garota, que estava segurando uma pequena sacola, juntamente com seu celular apenas encarou-me surpresa por alguns segundos, logo soltando um pequeno sorriso. De alguma forma, esse sorriso mexeu comigo.
– São. – Ele voltou a olhar para o céu. – São realmente lindas.
O vento frio passou por nós rapidamente, e os barulhos das mexendo-se ao redor ecoaram um pouco.
– Eu me chamo Jungkook, e você? – Apresentei-me.
– Liv. –Ela sorriu. Pensei que seu nome fosse tudo o que ela iria dizer, mas por sorte, eu estava enganado. – Sinto muito por ontem.
– Sem problemas. – Sorri.
– Devo ter soado um pouco grossa, não é? – Ela fez uma leve careta.
– Na verdade, um pouco. – Eu ri. – Mas está tudo bem, talvez você só não estivesse em um bom dia. Quer?
Ofereci alguns dos salgadinhos que estavam ao meu lado do banco, e ela aceitou.
– Obrigada. – Liv sentou-se ao meu lado. – Há quanto tempo está aqui?
– Tempo o suficiente para ver você entrando e saindo. – Ela de repente me encarou, e só então percebi o quão errada essas palavras pareceram soar. – Da loja, claro.
– E por que está aqui fora?
– Isso é um interrogatório, por acaso? – Perguntei, sorrindo.
– Você só precisa responder se quiser. – Ela deu de ombros.
– Se eu não estiver enganado, já estou aqui há umas meia hora, por que?
– Nada demais. Não se incomoda em estar sozinho?
– Mas eu não estou sozinho. – A encarei. – Não mais, pelo menos.
Liv revirou seus olhos, sorrindo. Ela estava prestes a falar algo, quando olhou em seu celular e seu humor pareceu mudar totalmente.
– Droga. – Ela murmurou.
– O que houve?
– Já vai dar meia noite.
– O quê? É sério? – Ela acenou, e eu olhei para o relógio que estava em meu pulso. – Droga.
