❤️— Oi, Tia Maíra! — A cumprimento.
Ela estava no hall do Camine acompanhada de seu marido, Arthur. Está como sempre, cabelos louros soltos e vestido impecável. Seu marido de calça caqui e camisa polo e sapato fechado. Ele é um pouco diferente dela, mas não perde a elegância, ou pelo menos acha que sim.
— Amélia, quanto tempo! Fico feliz de você passa o natal com gente. — Ela me abraça e eu retribuo timidamente.
Logo cumprimento o marido dela também com aperto de mão e ele acena. Me despeço do Giovanne e seguimos para carro. A viagem é silenciosa. Ela mora quase no centro de Los Angeles, bairro Leishlale, classe média alta. Fica a uns 30 minutos do Camine.
Quando adentramos, o bairro é cheio de casas com pessoas sorrindo, filhos brincando com cachorros. Impecáveis, penso.
— Chegamos. — Arthur sinaliza, tiro cinto e saio.
A casa só sofreu umas reformas, mas continua com tintura madeira, um barquinho na frente e flores.
Ela entra seguido de Arthur e depois eu. A casa está toda enfeitada com uma árvore na sala, em baixo cheio de presentes. Tem fotos de todos por todas as paredes, até uma dela e do papai. Observo por um tempo, eles estão sorrindo e ela está abraçando o pescoço do papai, eles tinhas uns 17 anos, acho.
—Eu também sinto saudades dele. —Ela chega ao meu lado.
Observamos em silêncio até ela voltar a me mostra os cómodos, e me leva até o quarto de hóspede no segundo andar. Antes de entrar, ela dita algumas coisas.
— Bem, Amélia. O jantar é as 9 p.m. No seu quarto tem um banheiro, não precisará sair. Não temos um horário específico para dormir, mas as 1 a.m desligamos as luzes e Wi-Fi. Mas você pode ficar fazendo o que quiser no seu quarto. — Eu só concordo e medo nervosamente nas mãos. É meu TOC de sempre quando não sei o que falar.
Eu e minha tia nunca tivemos bom relacionamento, sempre foi basicamente isso. Poucas palavras.
— Bem, eu sei que depois que tudo aconteceu, não mantivemos contato, mas fico feliz que você esteja passando o natal com gente. —Ela ainda mantém a pose impecável e me dá um sorriso, pelo que vejo, sincero.
— Eu também. — Respondo com sinceridade.
— Bem, até às 9h. Fique a vontade - ela abre porta do quarto de hóspedes, eu entro e lá está uma cama com lençóis bege, um mini guarda roupa e janela com cortina azul e porta para banheiro.
— Ah, me desculpe. O Wyatt e Hugie vão chegar daqui a pouco. Eles estão nos recitais de suas escolas. — Ela termina e fecha a porta.
Coloco minha mochila perto do mini guarda roupa, tiro meus tênis e vejo as horas no meu celular. Já era 7:55 p.m. Decido que nessa uma hora vou tomar banho e tentar cochilar, foram muitas coisas ao mesmo tempo, principalmente por eu ter chorado na frente de alguém.
...
— Amélia?
Esfrego os olhos e tem uma pessoa de cabelos cacheados na ponta da minha cama.
—AHHHHHHH! WYATT! — Pulo em cima o abraçando e ele começa a rir. Que saudade!
— LYRA! — Ele me abraça de volta e ficamos assim.
— Tá bom, calma. Você vai me matar. — Ele me tira dos seus braços e continuo a sorrir. É tão bom ver alguém conhecido.
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Depois de Você (Finn Wolfhard)
FanfictionÉ difícil olhar para essa casa enorme. Esses móveis brancos. Os quadros esquisitos. Eu sinto o cheiro dele por todo parte ainda. Nas camisas listradas que eu nunca joguei fora. Os tênis sujos e largados continuam na beira da porta. Eu ainda não cons...