8. Always.

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❤️

— Oi, Tia Maíra! — A cumprimento.

Ela estava no hall do Camine acompanhada de seu marido, Arthur. Está como sempre, cabelos louros soltos e vestido impecável. Seu marido de calça caqui e camisa polo e sapato fechado. Ele é um pouco diferente dela, mas não perde a elegância, ou pelo menos acha que sim.

— Amélia, quanto tempo! Fico feliz de você passa o natal com gente. —  Ela me abraça e eu retribuo timidamente.

Logo cumprimento o marido dela também com aperto de mão e ele acena. Me despeço do Giovanne e seguimos para carro. A viagem é silenciosa. Ela mora quase no centro de Los Angeles, bairro Leishlale, classe média alta. Fica a uns 30 minutos do Camine.

Quando adentramos, o bairro é cheio de casas com pessoas sorrindo, filhos brincando com cachorros. Impecáveis, penso.

—  Chegamos. —  Arthur sinaliza, tiro cinto e saio.

A casa só sofreu umas reformas, mas continua com tintura madeira, um barquinho na frente e flores.

Ela entra seguido de Arthur e depois eu. A casa está toda enfeitada com uma árvore na sala, em baixo cheio de presentes. Tem fotos de todos por todas as paredes, até uma dela e do papai. Observo por um tempo, eles estão sorrindo e ela está abraçando o pescoço do papai, eles tinhas uns 17 anos, acho.

—Eu também sinto saudades dele.  —Ela chega ao meu lado.

Observamos em silêncio até ela voltar a me mostra os cómodos, e me leva até o quarto de hóspede no segundo andar. Antes de entrar, ela dita algumas coisas.

—   Bem, Amélia. O jantar é as 9 p.m. No seu quarto tem um banheiro, não precisará sair. Não temos um horário específico para dormir, mas as 1 a.m desligamos as luzes e Wi-Fi. Mas você pode ficar fazendo o que quiser no seu quarto. —  Eu só concordo e medo nervosamente nas mãos. É meu TOC de sempre quando não sei o que falar.

Eu e minha tia nunca tivemos bom relacionamento, sempre foi basicamente isso. Poucas palavras.

— Bem, eu sei que depois que tudo aconteceu, não mantivemos contato, mas fico feliz que você esteja passando o natal com gente. —Ela ainda mantém a pose impecável e me dá um sorriso, pelo que vejo, sincero.

—  Eu também.  —  Respondo com sinceridade.

—   Bem, até às 9h. Fique a vontade - ela abre porta do quarto de hóspedes, eu entro e lá está uma cama com lençóis bege, um mini guarda roupa e janela com cortina azul e porta para banheiro.

—  Ah, me desculpe. O Wyatt e Hugie vão chegar daqui a pouco. Eles estão nos recitais de suas escolas. —   Ela termina e fecha a porta.

Coloco minha mochila perto do mini guarda roupa, tiro meus tênis e vejo as horas no meu celular. Já era 7:55 p.m. Decido que nessa uma hora vou tomar banho e tentar cochilar, foram muitas coisas ao mesmo tempo, principalmente por eu ter chorado na frente de alguém.

...

—   Amélia? 

Esfrego os olhos e tem uma pessoa de cabelos cacheados na ponta da minha cama.

 —AHHHHHHH! WYATT! —  Pulo em cima o abraçando e ele começa a rir. Que saudade!

— LYRA! —  Ele me abraça de volta e ficamos assim.

— ‎Tá bom, calma. Você vai me matar. — Ele me tira dos seus braços e continuo a sorrir. É tão bom ver alguém conhecido.

Depois de Você (Finn Wolfhard)Onde histórias criam vida. Descubra agora