13. Happy New Year.

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Narradora

...

Janaury 6, 2018.

O dia estava nublado em Leveland, coisa bem rara de acontecer. Lyra está deitada em seu quarto com os pés apoiados na parede envolta em seus pensamentos. Seria seu último dia em na cidade pacata e ela não conseguia conter ansiedade e medo. Estaria sozinha em um alojamento nas próximas 24 horas e não estava sabendo como lidar com isso.

Ela é incomodada pelo BIP de seu celular, revira os olhos com a mensagem. É mais uma de seu primo a perguntando quando estaria em Los Angeles. Opta por não responder agora e vai tomar seu banho para encontrar Ária, seria o último encontro das duas. Passariam 15 dias longe uma da outra antes da visita.

Lyra já tinha despedido de sua professora anjo, Diana. Otler afirmou que conversaria com sua professora e Diretora todos os meses e queria vídeos de suas apresentações. Estava tão orgulhosa que não sabia como seria viver sem sua aluna mais problemática e talentosa. Já Amélia não sabia como seria grata a todos os santos e sempre, a sua professora que a ensinou tudo que sabia de dança e despertou seu amor.

Antes de entrar no banheiro, Lyra ouve burburinho que vem da cozinha, decidi olhar e lá está sua mãe chorando vidrada para foto de seu pai.


— Georgie, hoje é último dia da Lyra aqui comigo e quanto eu queria ver seu olhar orgulhoso para ela. Ela se tornou uma menina tão linda e talentosa. — Marthe fala limpando as lágrimas que estava escorrendo sem parar. 

Lyra não intervém, ela corre de volta ao seu quarto, fechando a porta e se abrindo lágrimas. Sua maior preocupação estava se tornando real, como deixaria sua mãe sozinha ali? Ela tinha que ter alguém zelando por ela. Mas não tinha. Depois do desaparecimento de seu pai para aonde quer que fosse, era só ela e sua mãe. Como nesse momento ela quis odiar seu pai por deixá-las ali somente com bilhete que iria voltar. Mas ele não tinha voltado e já fazia dois anos. ¹


                                                                                                         ...


— Ah, Ly. Vou sentir muito muito sua falta. Quem eu vou chamar de babaca agora?! Será que lá não tem uma vaga para mim não? — Ária fala abafado pelo abraço apertado que dá em Lyra. Ambas não eram de abraços, mas essa regra foi quebrada pelo momento.

— E você iria cursar o que? Você não tem mínino talento para dança e nem teatro. — Lyra ironiza e Ária faz um careta de ofendida.

— Você pensa que só você é talento dessa amizade? Meu talento pode está escondido. — Ela responde séria mas logo abre uma gargalhada.

— Tá bom, tá bom. Agora acabou o momento ternura. — Elas separam-se — Vamos comer lá na nossa lanchonete de sempre? — Lyra concorda e as duas saem.

A lanchonete do Mobby's é ponto de encontro das duas há 5 anos. Lá é um lugar um pouco insalubre mas elas não se importavam, tinha melhor hambúrguer da cidade.

As duas seguem e Aria conta como é Nova Jersey e como seus avós a obrigaram a comer escargot.

— Lyra, é nojento. Eu não tenho frescuras. Mas eu odiei e tenho pavor. — Ária imita para Lyra como seria como Escargot e ambas caem a gargalhar — Mas tirando isso. Você não falou muita coisa da sua tia. Ela foi legal com você?

— Foi sim, quer dizer, a gente trocou poucas palavras e ela me deu esse cordão que eu te falei. — Lyra aponta para o que usa como seu amuleto agora — Bom que eu me aproximei do Wyatt e dos amigos deles. — Lyra fala, mas um sorriso incontrolável surge em seus lábios.

Depois de Você (Finn Wolfhard)Onde histórias criam vida. Descubra agora