We are young

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CAMILLE

— Laura! Por favor. — grito batendo na porta dela.

— Preciso conversar com você, me deixa entrar. — a mesma senhora que um dia observou nossa briga aparecer novamente.

— Eu sabia que vocês crianças iriam brigar mais uma vez, vocês precisam de paciência. Venha minha querida, vamos tomar um chá. — diz a senhora me convidado.

— Tá, mas prefiro café. — digo indo até o apartamento dela.

— Quantos anos você tem? — pergunta ela pedindo para que eu me sente na mesa.

— Tenho 22, mas porque a senhora me chamou aqui? — pergunto observando o apartamento impecável de limpeza.

— Vocês tem muito que aprender sobre a paciência e o amor. — diz ela me servindo café e se sentando à mesa.

— Eu estou bem, minha senhora. — respondo tomando o café que por sinal estava muito bom.

— Sabe, quando eu tinha sua idade eu já estava casada, já queria uma família e tinha planos. Vocês duas tem idades diferentes, se vê pela forma que você age, quando a vê seus olhos brilham e mesmo que você não queira admitir você a ama. — diz a senhora com um sorriso no rosto.

— Eu só, queria ser melhor para ela, sabe, poder dar mais atenção e não cometer todos os mesmos erros que eu já cometi. — ela me olha e segura minha mão.

— Quando nos amamos tudo dá certo e cada dificuldade se torna um crescimento. Todos nós podemos crescer, mesmo após velhos. — ela sorri e se levanta pegando minha xícara que já estava vazia.

— O que a senhora acha que eu devo fazer? — pergunto de cabeça baixa.

— O que você acha que você fazer?   Meu celular na mesa e corro até o apartamento dela.

— Me desculpe, fui idiota e não pensei nos riscos, muito menos em você. Me perdoe. — ela abre a porta e eu olho ela com os olhos vermelhos de choro.

— Vai embora. — antes que ela feche a porta, eu a seguro.

— Laura. — ela me olha e eu a empurro para dentro, a abraçando forte.

— Me perdoe, só me perdoe. — ela retribui o abraço forte e me empurra até o sofá.

— Sua idiota. — ela me jogou no sofá e eu caí, ela caiu ainda em meus braços.

— Eu sei, vou parar de ser tão babaca. — digo fazendo carinho nela.

— Só cala a boca. — diz ela em meus braços apertando minha camiseta.

— Se eu não pudesse mais andar, você ainda continuaria comigo? — pergunto olhando para o teto sem saber o que fazer.

— Claro que continuaria, por que a pergunta idiota? — ela levanta o rosto e me olha indagada.

— Só perguntando mesmo, para dar uma mudada de assunto. — ela se aproxima mais e começa a me olhar.

— Por que você não me beijou mais? Digo, como da primeira vez. — olho ela nos olhos e puxei sua nuca trazendo ela mais perto.

— Era só dizer querer um beijo meu. — a beijo como da primeira vez.

Deve fazer uns 3 meses que estou com ela, eu luto para guardar meus ciúmes e meu medo de ela sofrer algum preconceito com relação a isso, eu sei como é ser chamada de vários nomes bem escrotos e não gostaria que ela passasse pelo mesmo.

Meu Deus, aquele beijo era o que eu estava precisando, sentir ela mais uma vez, poder tocar no rosto dela, enquanto a beijava e poder dar leves mordidas no pescoço dela era tudo que eu precisava.

I Depois do último jogo (português BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora