Never be alone

1.2K 100 7
                                    

LAURA

— Sabe pelo menos quando ela volta? — escutei Tiffany me perguntar ao me ver pegando alguns livros no meu armário.

— Não, mas queria que ela voltasse logo, sinto tanta falta dela e meu pai está me levando à loucura. — fecho meu armário e a sigo até a sala de aula.

— Desculpe, mas, você realmente acha que ela vai voltar? Tipo eu conheço ela, mas não acha que ela achou alguém melhor lá? Ou que usou a viagem para ficar longe de você? — me sentei no meu lugar e uma enorme dor invadiu meu peito.

— Tenho certeza que não, ela me ama e vai voltar por mim, eu conheço ela como você não conhece. — digo brava após ouvir o que Tiffany me disse.

— Se você diz.

CAMILLE

No avião eu não parava de pensar na Laura, faz uns 3 meses que não a vejo, conversar por mensagem não é algo que nós andamos fazendo já que o pai dela proibiu nosso namoro.

Depois de uma traição eles acabaram se divorciando e sobrou para Laura, o pai dela ficou com a guarda e ela é obrigada a morar com ele, a mãe dela foi embora pro Canadá com o amante, e eu não pude estar lá para ajudá-la nesse momento.

Acho que o pai dela só precisava de um pretexto para manter ela longe de mim, mas não vou desistir só porque ele está bravo com uma traição, nem lascando que vou deixá-la.

Chegado em San Francisco eu vi Steven me esperando, ele me levou pro apartamento dele em Oakland onde eu vou ficar até o baile da Laura, já que não sou professora, eu posso fazer o que bem entender.

O pai dela me despediu antes de eu ir para Miami, ele estava meio triste de perder uma professora e feliz de manter a namorada da filha dele distante.

— Fica a vontade, tem comida na geladeira e se quiser dar uma relaxada na banheira eu aconselho o 3º vinho da 2º porta. — entro no apartamento deixando minha mala na sala.

— Obrigada, sabia poder contar com você. — agradeço ele com um abraço.

— A sua moto está na garagem, eu fui resgatar ela no seu antigo apartamento e ainda tomei café com a senhorinha que você deixou tomando conta da sua moto. O que tem a me dizer sobre isso? — pergunta ele me olhando com uma sobrancelha erguida e as mãos na cintura.

— Que o café dela é muito bom? E tenho certeza que minha moto está inteira. — brinco e ele me entrega as chaves da moto.

— Tava na revisão ontem, então tá inteira sim e em bom estado, cuida mais dela do que de você mesma. — comenta ele.

— Mais ou menos isso. — digo antes dele sair do apartamento.

Tomei um banho e relaxei bananeira com o vinho que ele aconselhou e aquilo foi suficiente para me deixar com a cabeça no lugar novamente. Me troquei e fui para San Francisco atrás da Laura, passei no apartamento dela e olha só ela saiu de lá a 2 meses, então chegou a hora de tomar coragem e ir resgatar a donzela do dragão.

— Olá, senhor Twan... — digo vendo o pai dela me encarar com um olhar de morte.

— O que faz aqui? Veio ver minha filha? Esqueça. — ele bate a porta na minha cara e eu bato novamente.

— Por favor, eu preciso vê-la. — olho para ele com um olhar de cachorro sem dono e mesmo assim ele bate novamente a porta na minha cara.

— Que merda! — chuto a porta e vou até minha moto quando escuto uma voz familiar.

— Cam? — olho para o lado e vejo Laura parada me olhando.

— Laura. — ela para e joga a mochila no chão correndo até mim.

— Eu senti tanto a sua falta. — diz ela em meus braços beijando meu pescoço.

— Meu amor. — a olho nos olhos e ela me beija.

— Meu Deus, por que demorou tanto? — pergunta ela com lágrimas nos olhos.

— Me desculpe, estava enrolada, vem para casa comigo? — digo enxugando as lágrimas dela.

— Sim, sim, precisamos conversar. — antes de irmos dou um beijo, como eu senti saudade daqueles lábios.

Ela subiu na moto comigo e eu a levei para o apartamento do Steven, nós conversamos e ela me contou tudo que aconteceu enquanto eu estava fora, tomamos um chá assim como fazíamos antes de todo jogo da MLB.

Laura se sentou ao meu lado e nós ficamos nos observando e conversando por olhares como se tudo aquilo bastasse, ela me beijou e disse inúmeras vezes o quanto me amava e o quanto sentia minha falta, disse que está louca para sair da casa do pai e quer passar o natal ao meu lado.

— Então você só vai ficar 3 dias,  já faz 9 meses que você está comigo. — diz ela sorrindo.

— Sim, você até que me aguentou por bastante tempo. — brinco e ela me beija mais uma vez.

— Eu amo você Cam, muito mesmo. — a encaro por alguns instantes antes de respondê-la.

— Também te amo, Laura Twan Hunter. — digo e ela para um pouco.

— Por que me chamou assim? Você está aprontando algo, Camille, eu conheço esse olhar! — começo a rir e ela começa a me bater.

— Calma, foi só uma brincadeira amor. — ela para e se levanta ficando de frente para mim.

— Quando foi falar com meu pai? — perguntou ela sentando em meu colo.

— Primeiro preciso vestir minha armadura, depois enfrentar o dragão e salvar minha princesa. — ela me olha com um olhar sexy e eu levanto com ela no colo.

— Então, meu cavaleiro, na verdade, é uma mulher? — a levo até a cama e a jogo no colchão.

— Você queria que fosse um homem? — vou até ela e a beijou enquanto ela tirava minha camiseta.

— Não, eles são muito idiotas. — diz ela me olhando mais uma vez antes de me beijar intensamente.

Eu achei que iria conseguir dessa vez, mas como sempre eu amarelei, e me odeio por isso. Saímos para comer, demos uma volta, conversamos mais um pouco e no final do dia eu a deixei em casa.

— É estranho saber que você está aqui e não pode dormir ao seu lado. — diz ela me entregando o capacete.

— Você ainda vai morar comigo, nós vamos embora daqui, você vai poder fazer veterinária em paz. — digo sorrindo.

— Sobre isso, vou fazer jornalismo, na área dos esportes. — a olho sem entender.

— Não é só para ficar perto de mim, né? — agora ela sorri e balança a cabeça.

— Também, mas é o que eu sempre quis fazer e ainda mais agora que namoro a treinadora da WNBA. — a puxo mais perto e a beijo.

— Que maravilha, meu amor, fico feliz por você. — ela fica feliz com minha opinião e me abraça.

— Amo você, te vejo amanhã no baile, espero que já tenha sua roupa. — me despeço dela nervosa por ainda não ter uma roupa.

I Depois do último jogo (português BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora