Tell her you love her

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LAURA

— Veio tarde. — diz meu pai vendo eu entrar na sala.

— Estava na casa da Tiffany, espero que não tenha problema. — menti a meu pai, coisa que eu não gostava muito, ele sorri desligando a tv.

— Não, aconteceu algo?

— Nada, o Thomás ainda tá dizendo que namoro ele e sei lá isso é meio chato, odeio ele.  — ele bate no sofá pedindo para eu me sentar a seu lado.

— Vou conversar com ele, mais alguma coisa? — me sento ao lado dele e ele segura minha mão.

— Ouvi boatos de que ele bateu em uma professora, que estava saindo do colégio. — ele se levanta e bagunça os cabelos.

— Ele bateu na Camille? — pergunta ele querendo matar o Thomás.

— Parece que sim, eu passei para ver a mãe, tenho que conversar com ela. — ele solta o fôlego e sai da sala meio irritado.

— Mãe? — pergunto andando pela casa.

— Oi! — grita ela do quarto.

— Posso conversar com você? — pergunto entrando.

— Sim, o que precisa? — entrei fechando a porta atrás de mim.

— Mãe, você sabe que eu moro no mesmo prédio que a Camille, professora de basquete.

— Sei, sim, mas o que tem? Laura Twan, você está saindo com ela? — pergunta ele querendo me matar.

— Talvez... — respondo com medo.

— Graças a Deus, alguém melhor que aqueles babacas.

— Quê? Como assim? — ela me olha sorrindo e responde.

— Olha, eu conheço ela a mais tempo que você, seu pai e eu mudamos você para lá porque além de ser melhor, nós também torcemos para você achar alguém bom. Camille pode até ser mais velha, mas ela é uma mulher e não uma criança, passou por coisas difíceis e também ela é alguém que tem o respeito meu e do seu pai. — a abraço sem saber o que dizer.

— Então tá tudo bem? — ela sorri e faz que sim com a cabeça.

— Por mim, sim, mas namorar uma mulher é algo complicado. Tome cuidado e não exponha a relação de vocês. — diz ela antes de deixar eu ir.

— A gente não namora, ela meio que me beijou só uma vez, o pai não vai gostar de saber disso, né?

— Não mesmo, seu pai é complicado e não vai aceitar você se relacionar com uma mulher ou com alguém mais velho que você. — suspiro fundo e meu pai me chama.

— Estou indo pai! — grito do quarto.

— Vai lá com seu pai, ele deve estar bem tenso com esse negócio do Thomás. — sai do quarto e desço as escadas indo até à cozinha.

— Amanhã eu vou conversar com os pais dele, expulsar ele e dar uma semana de descanso a Camille, diga isso a ela por favor. Vou falar também para ela começar a colocar a moto dela no estacionamento dos professores.

— Por que ela não faz isso? — perguntei pegando minha bolsa.

— Ela não gosta, diz que professor é um título para velhos. — ele solta um sorriso de lado.

— Pai eu já vou indo, tenho que dormir cedo, mesmo amanhã tenho uma revisão de física. Amo vocês, já vou indo. — digo dando um beijo nele e na minha mãe.

Sai da casa de meus pais e peguei um táxi, não demorou para chegar no meu apartamento, eu tomei um banho e fiquei pensando na Cam, ela deve estar com dor e ouvindo aquelas músicas tristes que matam qualquer um.

I Depois do último jogo (português BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora