Começou uma chuva enquanto Bea e Jordan entregavam alguns panfletos com a foto de Lizzy, perguntando se as pessoas a viram.
- Droga! Agora como vamos entregar isso? - Disse Jordan. - Ninguém vai querer parar, e não temos guarda-chuva.
- Mas que merda! Deu pra dar tudo errado agora?! - Bea falou estrassada e frustrada.
Eles continuaram parados, intactos, mesmo com a chuva gelada caindo sobre eles, e nem se importando se os panfletos com a foto da amiga, que haviam impresso estava molhando. Já estavam ali desde às 13 horas, e já eram 16, e ninguém soube dar notícias de Lizzy. Eles observaram as pessoas passando por eles, correndo da chuva com seus amigos e felizes, desejaram tanto que Lizzy estivesse ali para eles fazerem o mesmo.
Uma buzina os tirou da tranze do desespero e tristeza pela falta da amiga. Era John, que encostou o carro gesticulando com as mãos para que eles entrassem.- Vamos embora meninos, obrigada pela ajuda de vocês. - Ele parou e respirou fundo, seus olhos despertavam um grande sofrimento. - Não sei mais o que fazer.
- Nós podemos ir para casa da Lizzy, quer dizer, sua casa e aí pensamos no que fazer.
- Isso. - Jordan falou.
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Agora eles estavam sentados no sofá enrolados em toalhas, para tentar se secar. Não que eles estivessem preocupados com nada mais, a não ser com o sumiço de Lizzy, mas depois de tanta insistência de John eles acabaram aceitando.
- Vou trazer um chá para vocês! - O pai de Lizzy falou e entrou para cozinha.
Aquela casa trazia tantas lembranças para Bea e Jordan, começaram a se lembrar de quando eles eram pequenos, sempre passavam correndo e gritando pelos corredores e subindo e descendo a escada, aos sons dos gritos de Garrett mandando eles pararem. E agora tudo estava em grande silêncio, já que Zac estava passando alguns dias com a avó para que não ficasse preocupado com Lizzy.
Bea se levantou e subiu as escadas que dão para o quarto de Lizzy, ficou observando os retratos na cômoda de quando eram pequenos escrito "melhores amigos". Escutou o miado da gatinha da amiga, e acariciou - a, era uma coisa viva que trazia a mais pura lembrança de Lizzy.
- - -
Lá embaixo...
A campainha toca. Jordan, que estava agora em pé perto da cozinha com John, não teve nem tempo de pensar em atender, Garrett passou em sua frente apressada e nem o cumprimentou.
- Pois não? - Garrett falou.
Um homem alto estava parado em frente a porta, ele usava um moletom azul escuro e a touca que escurecia seu rosto.
- Estou procurando por Lizzy.
Jordan só observava a cena por cima dos ombros.
- Então entra na fila! Nós também estamos, ela não está aqui.
- Que ótimo, então deixa que apenas eu procuro.
Ele sacou uma arma e atirou na cabeça da mãe de Lizzy, que caiu morta no chão. Jordan estava apavorado, suas pernas tremiam. Ele correu para dentro da cozinha, e se escondeu com John, que também estava desesperado. Um homem havia acabado de matar sua mulher.
O homem começou a subir as escadas, provavelmente para procurar Lizzy.
- Vamos sair pela porta dos fundos, corre! - John falou.
- Não, não podemos. - Jordan disse, extremamente desesperado.
- Por que não? - O pai de Lizzy se irritou.
- Bea! Ela está lá em cima, subiu enquanto esperávamos o seu chá. - Ele disse e seus olhos se encheram de lágrimas.
- Oh não! Havia me esquecido de Bea. - John hesitou. - Vou ter que subir!
- Mas como? Ele vai te matar!
John abriu a última gaveta do armário e pegou uma arma escondida atrás de alguns utensílios. Jordan jamais imaginaria que o pai de Lizzy, tivesse uma arma, e principalmente soubesse usá - lá.
- Fique aqui! - John disse autoritário.
Subiu as escadas cauteloso, para não fazer nenhum barulho. Olhou para dentro do quarto de Lizzy, o homem estava de costas para a porta, segurando a boca de Bea, para que ela não gritasse. John engatilhou a arma para atirar, porém o homem ouviu e rapidamente jogou Bea para o lado, se virou e atirou, no mesmo momento em que o pai de Lizzy fez o mesmo. O tiro pegou em cheio o peito esquerdo do homem, ele caiu manchando o chão com seu sangue. Mas não foi só ele que se feriu, John sentiu o sangue escorrer de si, olhou para baixo e felizmente o tiro só havia pegado de raspão em seu braço, mas já causou um grande ferimento.
Bea correu para John chorando. Eles desceram as escadas correndo. Olharam o corpo de Garrett caído em frente a porta, e olhando lá para fora puderam perceber que mais homens estavam se aproximando. Pelos barulhos de tiros, mais 4 homens desciam do carro com sua armas.Jordan agora se juntou a Bea e John e correram todos para a porta dos fundos enquanto os homens se aproximavam cada vez mais rápido. Tinham que pular o muro do jardim de trás da casa, que dava acesso à uma rua não muito movimentada.
Barulhos de tiros alcançaram seus ouvidos quando estavam do lado de fora do muro. Não tinham carro, e nenhum passava na rua. Eles correram, mas os homens os alcançariam, depois de alguns segundos viram o farol de um carro vindo em sua direção, na mesma hora eles gritaram e esticaram seus braços para pedir uma carona. O carro parou, eles entraram. Sumindo pelas ruas de Pickering aos sons de tiros ao vento.
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PRISIONEIROS
Fanfiction" Ele estava atrás de Lizzy então ela não via seu rosto, mas a voz era familiar... Muito familiar. Então ela se curvou para trás se debatendo e tirou o boné que escondia metade de seu rosto. - VOCÊ? Eu não acredito que você está envolvido nisso, eu...