Continuação do livro: Rendido ao amor
O passado nunca foi esquecido sob o juramento de vingança obsessiva. E quando uma série de acontecimentos trágicos assolam a cidade, o novo delegado é inserido no caso.
Paulo Maldonaro decide investigar à fundo...
Trilha sonora dos capítulos será inteiramente instrumental composta por Brian Crain.
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Minha adrenalina queimava o sangue borbulhando nas veias. Perseguir criminosos era a parte mais chata porquê precisávamos aguçar a concentração para evitar deslizes. Mas sabia que a 'espiã' era fotógrafa devido a câmera pendurada ao redor do pescoço.
Possivelmente, estava escondendo de algo ou alguém.
- Polícia federal, pare aí mesmo. - Gritou Aaron logo atrás de mim.
Impulsionei mais um pouco os músculos das pernas, conseguindo segurá-la pelo braço. Pela parada brusca ambos caímos no chão. Contudo, imobilizei suas mãos acima da cabeça quando ela começou a se debater.
- Me solta! - Tentou gritar mas a voz entrecortada emitiu apenas a tonalidade harmônica da rouquidão das pregas vocais.
Ainda não tinha visto seu rosto completamente. Quando fiz isso estranhamente fiquei estático diante do par de olhos esverdeados bastante expressivos. Parecia guardar ali um mar de segredos.
- Caramba. Essa mulher corre muito. - Logo, Aaron juntamente com Lorenzo surgiram.
A moça demonstrou tamanho nervosismo que me assustei quando seus olhos reviraram pra cima e seu corpo convulsionar em espasmos violentos. A deitei de lado para evitar engasgos com a própria língua ou vômito. Mas aos poucos ela parou, ficando inerte.
- Falei que esse lugar é mal-assombrado. - Lorenzo arregalou os olhos.
- Cala a boca. - Respondeu Aaron. - Isso é convulsão.
- Está mais para sessão exorcismo. Qual o nome dela?
Procurei em todos os bolsos algum documento de identificação mas não tinha nada. Só portava dinheiro e aquela câmera que logo decidi tirar do pescoço dela. Quando pressionei o botão de ligar para vasculhar últimos registros, o cartão estava vazio.
O que ela fazia escondida aqui?
- Ela é uma gata. - Disse Lorenzo descaradamente a medindo de todos os ângulos possíveis.
- Preciso levá-la ao hospital. - Ignorei o comentário dele. - Vocês ligaram para o Nathan? Ele está ausente há duas horas.
- Farei isso. - Assentiu Aaron puxando o aparelho celular do bolso. - Alguém vai te acompanhar caso ela tente fugir? Ela é nossa única pista já que o cartão de memória está vazio.
- Não vai. Ela vai nos responder cada pergunta. - Garanti, pegando a desconhecida desacordada nos braços. - De qualquer forma, seria bom um de vocês ir comigo enquanto o restante termina o serviço aqui. Lorenzo?