13ㅡApartamento

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Havia cem mil maneiras de perder o amor de uma mulher

Christina

Vi Nathan ir furioso até o Cal, que estava saindo do banheiro. Fiquei em choque quando ele teve a cara de pau de sorrir para mim antes de levar um soco na cara. Obrigada Nathan.

Caleb caiu de costas no chão e Nathan lhe dava um soco seguido de outro, fazendo sua cabeça ir de um lado para o outro.

Olhei para a desgraçada da qual ele comia, e pude constatar, com muito ódio, ser a Débora. A garota na qual eu até esqueci existir, com sua inveja incontrolável, pegado tudo o que é meu.

Luna chegou ao meu lado às pressas e o tempo foi passando muito devagar.

Nathan repetia seus golpes em Cal, e ele ficava cada vez mais furioso quando o outro não revidava, apenas ficava deitado sob o seu corpo, sem alguma reação.

Então eu senti. Não sei exatamente o que foi, pois minha visão ficou turva e uma forte dor no estômago se tornou inexplicável.

Tentei me apoiar em Luna que estava ao meu lado, mas estava tão fraca que não consegui me sustentar em seu corpo, caindo no chão, desmaiada.

Os sons ao redor se tornaram inaudíveis, e qualquer movimento que eu fazia, sentia a dor excruciantes crescer cada vez mais, até não aguentar e ser sugada contra a minha vontade em um abismo.

Nathaniel

Ouço um grito agudo de Luna e meu coração para.

Largo o corpo daquele ser nojento e vou em direção aonde Luna está ajoelhada, tentando levantar minha habib. Ela está desacordada.
Olho em volta e seus cabelos platinados são facilmente encontrados. Ele sorri ironicamente, acena e a cabeça e desaparece. Foi obra daquele maldito. Minha Chris está desacordada, sem ter o direito de cuidar de si mesma, por culpa dele. Quero matá-lo.

Instruí Luna à entrar dentro do carro de Cal.

Fui até o corpo largado no chão e balancei minha mão em seu rosto, fazendo respingar o seu sangue que contaminava minha mão.

Saquei do seu bolsa a chave do carro.

ㅡNão vai precisar disso no estado em que está. ㅡ Sorri e cuspi-lhe na cara. Queria fazer mais.

As pessoas apenas obseevavam a cena, quando peguei Habib no colo desejei intensamente que ela tivesse vindo com um vestido mais longo, senão não obrigaria Luna a ficar do lado das pernas de Chris, para nenhum olho curioso olhar mais do que deve.

Destravei o carro e deitei Chris no assento de trás.


Dei a partida e Luna se sentou ao meu lado.

Passamos a viajem totalmente em silêncio, apenas com o motor do carro e os suspiros de Luna. Ela sempre olhava para trás, para Chris.

Cheguei no portão de sua casa e ela abriu a porta.

ㅡVocê vai protege-la. Desculpe por duvidar. ㅡFoi a única coisa que ela disse antes de fechar a porta.

Dirigi por ruas e mais ruas, semáforos que ultrapassei por estar levemente alterado pela adrenalina.

Sem perceber, eu a levei para meu apartamento. Um que eu aluguei apenas para fazer contato com meu feiticeiro.

Eu a coloquei gentilmente na cama e retirei seus sapatos, deixando ao lado.

Olhei para ela. Parecia desconfortável. Vou tirar esse vestido curto apenas para ela respirar. Apenas para isso.

Abri o zíper que se encontrava na lateral do corpo e desci lentamente, revelando uma calcinha fina de renda preta e um top, também de renda preta. Enlouqueci ao ver suas curvas se misturarem ao seus cachos ruivos, sua respiração calma, uma obra dos deuses.

Esse top parece machucar, já que fica grudado no pescoço.

Cheguei perto dela encostei meus joelhos na cama, levantando seus braços levemente, para não acordar.

Puxei o top pela cabeça e prendi o fôlego. Ela é incrível. Seus lábios cheios dão um contraste perfeito com o bico de seus seios, agora desnudos.

Tive que fechar os olhos e respirar profundamente para colocar em minha cabeça que ela estava dormindo.

Tirei minha camisa de botões e fui em direção ao meu closet. Coloquei uma calça larga e vi minha tatuagem no espelho.
Tenho um nojo horrível por ela.

Me aproximei da cama novamente, e mesmo com a calça larga, senti ela se apertar um pouco na frente. Se controle Nathan.

Me aproximei e rastejei na cama até ficar ao seu lado. Puxei o edredom e cobri nós dois.

Fiquei olhando seus lábios entre abertos e seus cachos balançarem minimamente. Ela estava em paz. Eu a queria assim para sempre.

Ela se moveu na cama e me abraçou, prensando seus seios nus no meu peitoral, fazendo eu mais uma vez perder o fôlego. Ela se encaixava em mim tão perfeitamente, simplismente porque somos feitos um para o outro.

Suspirei. Não posso adiar o agora. Beijei o topo de sua cabeça e abracei ela protetoramente. Eu a queria assim todos os dias, na minha cama.

Meus pesadelos que consistem sempre em perde-la se transformaram em sonhos felizes com um futuro próximo. Eu a quero em um altar ao meu lado, com filhos, parque de diversões, aniversários, bagunça na cozinha e seus beijos. Como eu quero sentir o gosto mais gostoso de cereja, seu cheiro de primavera impregnando meus sentidos, sua voz melodiosa dizer meu nome, seu corpo junto ao meu.

Meu coração no dela, e o dela no meu.

Anéis combinados, sempre na mão esquerda.

Amando como se fosse a primeira e a última vez.

O EstranhoOnde histórias criam vida. Descubra agora