[25] the three words

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— Ahm... n-ninguém... é sou eu, cantando. — falo empurrando Jimin para dentro do roupeiro.

— Você é louca? Ela vai vir aqui, Lisa! — ele sussurra. 

— Foda-se! — falo e fecho o loiro lá dentro.

— Lalisa, abra essa porta agora! — minha mãe fala ainda tentando abrir, sem sucesso.

— Merda... — falo para mim mesma e vou abrir.

Assim que destranco a porta, ela entra como um furacão, olhando para todo o lado.

— Cadê ele, em? — ela pergunta.

— Do que é que você tá falando? — falo parecendo confusa.

— Quem você tem aqui? — ela fala olhando debaixo da cama.

— Mas você bebeu? — falo ainda na porta olhando a mulher, que inspeciona todo o meu quarto.

Se ela abre o roupeiro, fodeu geral.

— Cadê o loiro, Lalisa?! — ela grita.

— Mas você vai continuar com seu ataque de esquizofrenia ou vai sair do meu quarto?

Ela ignora meu comentário e vai até ao roupeiro. Arregalo meus olhos, engolindo em seco.

Ela abre a porta e meu cérebro bloqueia quando não vejo o loiro no meio do monte de roupa.

Caralho, o demônio levou ele!

— Mas... — sussurro para mim mesma, enquanto ela fecha a porta do roupeiro de novo.

— É bom que você esteja falando a verdade, Lalisa.

— Eu estou. Agora para de me chamar isso, e sai do meu quarto. — falo me encostando na porta.

A mulher abandona o quarto raivosa, e eu fecho a porta. Corro até o roupeiro e abro ele aflita. Não consigo conter a risada quando vejo Jimin surgindo de um monte de roupa.

— Será possível que você tem 892 peças de roupa nesse armário?! — ele fala saindo de lá.

— Eu não acredito que você conseguiu se esconder! — rio. — Mano, eu amo você, sério!

Ele paralisa durante alguns segundos, e depois me encara sem reação. Eu não disse aquelas três palavrinhas, né?

— O que você disse? — ele fala ainda me olhando.

— N-nada. Eu falei que foi inacreditável você conseguir se esconder aqui dentro, olha só! — falo tentando arrumar todas as roupas.

— Lisa, você realmente falou aquilo?

Eu apenas suspiro largando as roupas. Me volta para ele de novo e assinto.

— É, eu falei. Desculpa por falar isso do nada, saiu.

— Tudo bem... — ele fala pegando sua mochila. — só não repita, se não for sentido, tá?

— Hum hum. — murmuro cabisbaixa.

Ele fica quieto observando o chão por uns momentos, assim como eu. Aí, ele abre a janela se preparando para saltar.

— Você já está indo? — falo.

— Estou.

Queria poder falar para ele ficar aqui. Queria pedir desculpas, e dizer que preciso da sua companhia. Mas fico apenas pelo...

— Tá bom. — falo vendo o loiro saltar.

Vou até à janela, fechando ela. Fico observando ele caminhando pela rua, até sair do meu campo de visão.

Eu sou profissional em fazer merda, não é mesmo?

alone × pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora