[38] fucked up

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JIMIN

— Jungkook? — falo olhando o moreno.

Estamos parados em frente do casino faz 10 minutos, em completo silêncio. Isso está me deixando extremamente nervoso.

— Hoje... está cá alguém...

— Como assim?

— Um velho inimigo do meu pai. Ele vai destruir a gente, Jimin.

Respiro fundo, deixando minha cabeça cair para trás. Jungkook apenas suspira me olhando.

— Desculpa. — ele fala.

— Não. A gente não vai perder.

— Jimin...

— Jungkook, a gente vai ganhar! A gente vai conseguir o seu dinheiro de algum modo.

Ele apenas me encara, assentindo. Saímos do carro, e entramos no grande edifício.

As fortes luzes de tom verde e vermelho ressaltam, assim como o cheiro de cigarro, o fumo e as mulheres semi nuas dançando em varões.

Jungkook me olha, e eu apenas desvio o olhar para as temíveis mesas verdes.

— Olha só! — uma voz masculina me acorda.

Vejo um homem em nossa frente, sorrindo falsamente. Ele está usando um terno, uma gravata vermelha e seu cabelo é meio branco.

— Jeon Jungkook...

— Kim Jeong-Ho... — o moreno pronuncia o nome do homem, o olhando com receio.

— Nunca pensei encontrar você aqui. Veio tentar limpar a merda do seu pai?

Jungkook encara o chão, ouvindo as palavras do velho. O velho me olha e me analisa durante alguns segundos.

— Trouxe um amigo?

— Park Jimin. — me apresento. Kim estende a mão, mas eu apenas ignoro. — Se pudesse nos indicar uma mesa, seria ótimo. — falo e o homem apenas ri.

— Mas é claro que eu posso! Ficarão na minha.

— C-como assim? — Jungkook fala nervoso.

— Talvez não tenha sido uma escolha sábia vir hoje... — Kim sorri.

Encaro o moreno do meu lado, que me olha receoso. Encho meu peito de coragem e encaro o velho de novo.

— Que seja. — falo.

Seguimos o homem até uma mesa redonda e verde com 8 cadeiras em volta. Alguns homens se aproximam, assim como duas mulheres em lingerie.

— Desejam algo, senhores? — uma loira pergunta, focando seu olhar em mim e em Jungkook.

— Traga o segredo da casa, baby. — Kim fala e as duas mulheres sorriem, abandonando a mesa.

Nos sentamos em volta da mesa, ainda um pouco receosos. Kim decide se sentar exatamente em frente a mim e Jungkook, nos olhando com um sorriso falso.

O velho pega as cartas e outro homem abre a maleta das fichas, espalhando as mesmas pela mesa. Cada um de nós, fica com 20 azuis, lhes estipulando o valor de 10, 15 vermelhas, com valor de 20 e 10 pretas, com valor de 100.

— Muito bem... eu serei o Dealer. — o homem sentado do lado direito de Jungkook anuncia, e os outros homens nos encaram. — Isso significa que...

— Park e Jeon serão os Blinds. — Kim finaliza.

As duas mulheres voltam com 8 copos pequenos, nos entregando. Encaro o líquido transparente dentro do recipiente, receoso.

O Dealer distribui as cartas, a assim a primeira rodada de apostas acontece.

⚡⚡

Pela quarta vez, jogo as cartas na mesa para todo o mundo ver. Jungkook me olha, entristecido sussurrando um "desculpa".

A gente fodeu tudo. Ainda mais do que já estava.

— Bem... talvez seja melhor parar por aqui. — Kim ri, nos olhando. — Os pobres garotos já perderam demasiado para uma noite, não acham?

O resto dos homens apenas ri, debochando de nós. Assim que nos preparamos para levantar e dar o fora daqui, Kim nos impede.

— Rapazes... o jogo acabou, mas a noite ainda não.

Nos entreolhamos, voltando a sentar. Seis mulheres avançam até nós com um sorriso nojento. Kim retira um pacote do bolso distribuindo pequenos cubinhos brancos por todos nós.

— A gente não vai tomar isso. — Jungkook fala encarando a droga.

— Eu acho que vão. Ou será que você prefere que seu pai fique sabendo de suas vindas a esse lugar?

Jungkook engole em seco, voltando seu olhar para o cubo. Ele me olha e eu apenas suspiro, assentindo, tentando lhe transmitir que está tudo bem. O problema é que não está.

Retiro meu cartão do bolso, e desfaço o cubo em um pó branco. Com uma nota, inspiro a maior parte dele, tossindo um pouco em seguida. Ouço Jungkook tossindo também, e em seguida, algumas risadas e aplausos.

Sinto a droga fazendo efeito, quando minha visão fica turva e um sentimento de leveza invade minha mente.

Desperto um pouco quando sinto umas unhas se cravando em meu peito por cima da T-shirt. Sinto uma leve mordida no lóbulo da minha orelha, ouvindo de seguida um riso feminino.

— Me larga... — minha voz soa rouca.

Shhh... eu vou fazer você se sentir bem...

E essas são as últimas palavras que eu lembro.

alone × pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora