CHROMA ZERO

CAPITULO 1

-Nós vamos morrer aqui!

-Não vamos morrer não – Benzi respondia para Enzo, que estava desesperado e chorando.

-Temos que achar um meio de sair daqui! Alguma alavanca, uma manivela, qualquer coisa que possa abrir esta porta...- explicava Isaac, enquanto palmeava as paredes do lugar escuro que estavam – se acharem algo, puxem! Qualquer coisa pode abrir algum buraco nas paredes do container...

-Porque eu fiz a gente vir pra cá? – murmurava Enderson, que também procurava alguma alavanca ou algo nas paredes – Eu não acredito que vocês me deixaram fazer algo tão burro como isso. Desafio para ver quem é mais corajoso?! Humpf .Eu ganhei, com certeza, o de mais burro...

Era um cubo quente e escuro. Ninguém se via ali dentro. Nenhum deles fazia ideia do tamanho do lugar onde estavam. Apenas sabiam, ou imaginavam, que era do tamanho de um contêiner.

-Eu tô com medo...- choramingava o pequeno Enzo.

-Ah, Cala a boca! - interrompeu Enderson, de algum lugar da sala escura – você só sabe chorar e reclamar de tudo...por isso não queria que trouxessem a criança...

-Deixa o garoto em paz, Enderson! – Benzi irrompia com sua voz –o garoto veio, por que eu chamei. Você não pode falar nada. De todo nos, você é o único que não DEVE falar nada aqui sobre o Enzo...

- Ah, Cala a boca, você também! se acha o chefe do grupo. O Rei do bando. Senhor "Benzi". Rei da cocada preta...- debochava Enderson.

-Não sabia que tinham feito eleição e te elegeram o mais otário! se eu soubesse, teria votado em você... – respondia Benzi, agora com voz de deboche.

-Sua sorte, é que eu não posso te ver. Se não, arrebentava essa sua cara de macaco!

-Isso se eu não arrebentasse essa sua fuça de leite NINHO antes, seu racista de merda!

-As duas mocinhas poderiam parar de flertar e me ajudar a achar a droga da porta! – interrompia Isaac, indignado por ter de procurar sozinho a saída.

-Que adianta, vamos morrer...- repetia Enzo.

-Achei alguma coisa! – gritava Enderson.

Todos perguntavam o que ele havia achado.

Então Enderson respondeu – um pedaço de merda ambulante – e socou o braço de Enzo.

-Aaai! - gritou Enzo.

Benzi, indignado, protesta - JÁ CHEGA, ENDERSON! Eu vou te matar...

-PESSOAL! Achei uma alavanca! – gritou Isaac – parece uma alavanca de abertura da porta, so que do lado de dentro... vou puxar- E assim o fez.

Do outro canto do quarto escuro, uma luz branca levemente amarelada, surgiu da parede. Agora a sala era mais visível. Benzi avistou Enderson.

-Te achei seu desgraçado! – Após dizer isso, Benzi investiu para cima de Enderson.

Antes que pudesse alcança-lo, o chão tremeu. Ninguém conseguia se sustentar em pé.

-Que droga é essa? – gritava Enderson.

Subitamente, o tremor parou.

-Mas que inferno de negocio foi esse?! – protestou Benzi, enquanto se levantava.

-Será que isso é do governo? – questionou Isaac –ta bem estranho ser apenas do governo...

-Será que é da CIA?! – A voz de Enzo era meio tremula – ou será que é de outro país? Ou então, dos alienígenas?! Pior! Dos agentes alienígenas da C.I.A.