Kuaz parou no chão com as mãos para frente e se sustentando pelos joelhos, com a cabeça para baixo. posição perfeita para um vômito.
E foi o que ele fez.
Uma mistura de verde musgo e o verde quase fluorescente do sangue dos pra'khepral saia de sua boca com força. Ele se recompôs e tentou se levantar, se apoiando no terminal quase quebrado.
-Vamos, filhote! Deposito de estudos científicos. Casulos 133B e 133Z. O outro ta na sala fora do casulo.- Kuaz fixara o pé porem cambaleava enquanto andava.
-Que sala, senhor alienígena!?
-Só me chama de Kuaz, filhote. Até de Senhor Supremo Estelar eu deixo, mas senhor alienígena me da vontade de chutar essa tua cara rosada.
Eles atravessaram os corpos novamente, porem Kuaz ameaçava cair. Cambaleando entre os sangues, ou o que quer que fossem os líquidos viçosos presentes no chão, o alienígena ferido procurava apoio nas paredes com grandes marcas de cortes e amassados.
Caminharam ate chegar em uma escadaria de forma pouco comum. Em algo semelhante a um espiral, porem deformado. com alguns degraus menos juntos e outros muito separados. Todos ligados a dois tubos, que desciam até o final da escada. Os tubos tinham uma espécie de formação porosa. Não eram corrimãos comuns de escadas. Perfeitos para seres que possuíam vários tentáculos no lugar de mãos e pés.
Desceram, com dificuldade, três níveis de escadas ate se depararem com duas portas triangulares. Elas possuíam grandes símbolos em forma semelhantes a caracóis ou conchas marinhas.
-Kaira...- dizia kuaz, usando o globo como apoio - Esses desgraçados terceirizaram o serviço de segurança da nave... se liga nisso, filhote...
kuaz apontava para a porta grande
-Essa porcaria que você ta vendo ai, é o símbolo mais nojento de toda essa orla galática. Os desgraçados da Corporação Kaira. - Balançava os braços no ar buscando palavras piores para descrever a tal Corporação.
- Eles são maus?!
-Filhote...- Kuaz tentava sair do globo e ir para a porta. - Não existe mal. Existem pontos de vista ou pessoas que não vêem a dor alheia. Já nessa corporação, eles sobrepujam qualquer coisa e passam por cima do real e do imaginário...
Kuaz caí no chão de forma brusca.
- Aperta a bolinha verde no canto da porta, filhote... - Ele dizia isso, deitado no chão. Com um dos braços levantados.
Enzo procura alguma coisa perto da porta e acha um pequeno painel na altura de sua visão. Aperta o botão que lhe foi informado. A porta se abre e um grande salão é apresentado aos dois.
-Filhote terráqueo, eu lhe apresento o experimento "DEUS"- Kuaz era levantado vagarosamente pelo globo.
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Enzo entrou no grande salão que, embora parecia estar vazio e mal arrumado devido a uma evacuação em velocidade extrema, não aparentava nenhum vestígio de invasão ou de briga. Apenas papeis espalhados e placas, semelhantes a papel com gravuras riscadas, estavam jogados no chão e nas mesas do salão. Enzo caminhava e quanto mais ele se afastava da porta pela qual entrou, percebia que a sala ficava mais fria e com pouca luz. O medo começou a dominar o pobre garoto novamente. Medo esse que só voltava a ser percebido agora, juntando toda essa tensão sobre o que iria achar nas próximas salas. Bem no final do grande salão, com mesas e objetos semelhantes a beckers de vidro, Enzo observava uma segunda sala, que possuía um material semelhante a plástico, ou uma borracha transparente, dividindo os complexos.
-Devagar, filhote...! - Kuaz interrompeu. - Preciso te preparar pro que você vai ver la dentro...
Kuaz achou um pedaço de metal em formato de cilindro. Quase destruído. Utilizou isso para se apoiar. - Na Terra, vocês presenciaram muitas coisas absurdas. Uma dessas foi numa guerra, creio eu. Um sujeito com pensamento infantis de poder e imaginação exagerada explorou muito da dor humana. Durante anos, sua espécie sofreu as piores dores e testes que algo poderia tanger... - Respiração pesada.
Tocou no ombro de Enzo - Isso, não foi nem um por cento do que você vai ver aqui... Desculpa, mas só assim pra você achar seus amigos.
Kuaz soltou o ombro do garoto e seguiu para dentro da sala.
Enzo o seguiu. Receoso.
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CHROMA ZERO
خيال علميEm uma busca digna de uma infância perdida, quatro crianças seguem pelo espaço, a bordo de um contêiner , numa corrida mortal em busca do cristal mais valioso de todo o universo, o Chroma zero . Uma aventura cheia de mistérios, descobertas, planetas...