Capítulo 2

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Na cozinha o cheiro do bolo de chocolate cobria o ambiente com uma mistura de café. — "Combinação perfeita!" — dizia a garota.

Enquanto Vic esperava o bolo esfriar, resovel pesquisar sobre aquele fenômeno que tinha visto a algumas horas atrás da janela de seu quarto. Ela queria muito ter ido até lá para ver de mais perto, porém a chuva não parava de cair.

"PESQUISA NÃO ENCONTRADA!" — Era tudo que dizia a Internet.

No dia seguinte, Vic acordou cedo para ir até a floresta para fazer suas pesquisas, ela queria saber mais sobre aquele fenômeno do dia anterior. Talvez aquilo pudesse explicar os estranhos incêndios que as florestas estão tendo. Lógico que Vic iria atrás, já que a mesma mora perto de uma floresta e se aquela floresta pegasse fogo, sua casa estaria condenada a queimar até sobra apenas cinzas.

Logo após o café da manhã, Vic colocou suas botas, pegou seu bloquinho de anotações, sua câmera, trancou a casa e foi em direção á  densa floresta.

A floresta estava bem úmida e fria, típico ar de floresta. Vic amava o cheiro dos pinheiros e do ar refrescante que a floresta tinha.

Ao chegar em seu destino, a garota de longos cabelos castanhos e ondulados tirou seu bloquinho de anotações e uma caneta preta do bolso de seu casaco para anotar algo que parecesse interessante e procurou por cada canto algo que podesse responder a cada pergunta que surgi-se em sua mente.

Depois de um tempo andando de um lado para o outro Vic se sentou perto dos rochedos para descansar um pouco, apesar daquelas rochas darem arrepios, a garota achava muito parecidas com pássaros, com as asas para frente de seus corpos, porém era só um palpite, pois estavam sujas de mais para dizer o que realmente eram.

Olhando o lugar com mais calma, Victória percebeu que estava em uma clarera, com vários canteiros de rosas brancas com manchas azuis, as rochas estavam exatamente no meio do lugar e as copas das árvores cobriam o lugar transmitindo pouca luz.

Enquanto estava distraída observando o lugar, o coração da garota disparou. Ela tinha certeza de ter visto algo passar pelos galhos que cobriam a clareira. Assustanda, Vic se encolheu mais entre as pedras em formato de pássaros. Não demorou muito e Victória pode ver uma silhueta se aproximando, parecia ser a mesma silhueta que tinha visto na estrada e perto de sua casa á observando no dia anterior. Só poderia está a seguindo, ou podiria ser uma mera coincidência, mas não era nada bom está ali, e se fosse um psicopata? Um criminoso fugitivo das altoridade de alguma cidade próxima?

Assim que a silhueta se aproximou mais da baixa luz da clareira, Vic pode ver um rapaz de cabelos negros, tão negros quanto seus olhos. Não era extremamente forte, mas seu corpo era cuidadosamente desenhado. Ele estava usando apenas uma calça jeans preta. Vic não entendia como ele estava aguentando a baixa temperatura daquele lugar, ela mesma estava tremendo. Apesar de não saber mais se estava tremendo de frio ou de receio do que poderia acontecer se ele à visse ali.

Após alguns minutos ali observando o rapaz que falava ao celular, Vic agradecia a cada minuto por ele não ter percebido sua presença. Porém — para seu azar — não durou muito tempo e seu celular que se encontrava em suas mãos começou a apita, anunciando uma nova mensagem, o aparelho transmitia uma luz tão forte que era impossivel esconder.

Luiza
Oi docinho, não se esqueça. Mais tarde irei lhe visitar e...

"Não acredito!" — pensou tentando controlar a vontade de xigar sua querida amiga.

A garota pode escutar os passos do rapaz em direção as rochas onde ela estava, mas logo parou.

Vic segurou o celular contra o peito e fechou os olhos segurando a respiração sentindo uma onda de vento bater contra seu corpo. Mas assim que abriu seus olhos, tomondo coragem para encarar o rapaz, percebeu que ele havia sumido, apenas restava ela e uma chuva de folhas que caíam das copas das árvores.

Depois de ter certeza de que estava sozinha, Vic voltou correndo para casa. Porém a sensação de está sendo observada a incomodava constantemente.

"Talvez ele seja mesmo um psicopata e esteja brincando de esconde-esconde comigo, tentando me deixa louca e..." — pensava enquanto corria de volta para casa, mas era apenas mais um talvez.

— O que foi que acabou de acontecer? — disse se jogando no sofá, ofegante por conta de ter corrido como uma louca. Se era isso que a pessoa queria, está conseguindo.

Ela fechou os olhos com as mãos no rosto para refletir com mais calma no que acabará de acontecer e naquele mistério rapaz, o suposto "psicopata".

O que ele poderia está fazendo ali? Ele não estava atrás da garota, já que ele aparentemente não tinha percebido sua presença, até o celular apitar e acender. Porque ele sumiu? Será que só estava — assim como ela — investigando aquele show de luzes do dia anterior?

"Não, impossível!" — dizia para si mesma ainda com os olhos fechados.

— Essa não entendi. — suspirou Vic tirando as mãos do rosto e abrindo os olhos. — Tomare que eu nunca mais veja ele de novo. — se levantou do sofá e fechou novamente seus olhos sentindo o cansaço dominar seu corpo, mas logo voltou a abri-los ao sentir um arrepio sumir por seu pescoço. A sensação de está sendo observada havia voltado.

Victória subiu para seu quarto para tirar as roupas sujas pela lama, que aliás tinham deixado um rastro por todo chão da casa e uma bela marca no sofá.

"Inteligência pura!" — reclamava.

Às horas se passaram e finalmente era hora de Luiza chegar. Vic havia preparado várias coisa, e limpado o sofá assim como o rastro de lama do chão.

Tim Dóm, ecoou pela casa chegando aos ouvidos da garota, que foi saltitante da cozinha até a porta da frente a abrindo rapidamente.

— Luiza você...ah, desculpe, pois não! — exclamou educadamente depois de ver que não era sua amiga.

— Boa tarde, aqui é a casa de Victória Glick? — perguntou o entregador do Correio.

— Sim, sou eu.

— Tenho uma encomenda para a senhorita.

— Pra mim? — Vic arquiou uma das sobrancelhas olhando para a encomenda que o homem trazia em suas mãos. Era uma caixa média com um bilhete preso nas amarrações.

— A senhorita poderia assinar aqui, por favor? — Vic desviou o olhar para a prancheta que o homem estendia.

— Claro! — pegou a prancheta, assinou e entregou novamente para o entregador que a entregou a caixa.

— Obrigado, tenha um bom final de tarde. — o homem agradeceu antes de se retirar.

— Obrigado, para o senhor também. — respondeu.

Vic observou o carro do Correio se afastar, e assim que ele sumiu de vista desviou seus olhos para a caixa em suas mãos, levou a caixa perto de seus ouvido chacoalhando para escutar o barulho que fazia — com se aquilo fosse ajuda-la a descobrir o que teria dentro da caixa — e voltou para dentro de casa.

— Vamos ver quem me mandou essa caixa — pegou o pequeno cartão que estava pendurado na fita após fechar a porta atrás de si. — De: Um Velho Amigo Para:Victória Click... Um Velho Amigo? Mas que velho amigo é esse?

Continua...

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