Capítulo 26

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Com a mão no peito e o celular caído no banco traseiro após voar da mão da garota, Victória encarava a figira de Elliot sentado no banco ao seu lado a olhando com uma expressão séria. O coração de Vic batia tão forte em seu peito que era possivel esculta-lo bater violentamente, enquanto seu corpo rígido começava a fraquejar a fazendo com que aos poucos se encosta-se novamente no banco.

— Me desculpe Vic. Não era pra te assustar tanto assim. Você... está bem?

— Você só pode ser maluco. Como? Como você entrou aqui?

— Eu entrei pela porta. Você que estava tão consentrada que nem ouviu quando bati a porta. — explicou. — E... no que você estava pensando ao sumir do nada da lanchonete sem nem mesmo avisar sua própria amiga?

— Aaah... Nada de mais. — Elliot a olhou um pouco desconfiado. — Agora você poderia por gentileza se retirar do meu carro. Eu estou cansada e irei voltar para minha casa para descansar.

— Tudo bem. Só queria saber se você estava bem.

— Já viu? — disse com ignorância.

— Já. — falou no mesmo tom que a garota.

Assim que Elliot saiu de seu carro, imediatamente Vic arrancou com o carro indo em direção à sua casa.

[...]

Já havia se passado duas semanas dez do dia do primeiro jogo do time da faculdade e de todas as confusões extras da semana retrasada. E de tudo que havia ocorrido, uma coisa incomodava Victória — como sempre tinha que ter algo a incomodando — , o fato de Elliot estar agindo com certa frieza com a mesma era meio estranho. Ela havia tentado pedir desculpas para o rapaz, mas na primeira tentativa, no segundo jogo no campo da faculdade, ele disse que 'tudo bem' e simplesmente deu as costas para a garota, e no terceiro jogo — que havia cido no dia anterior — ele simplesmente não apareceu, desfalcando o ataque do time e do coração da garota.

Vic não sabia ao certo o porque tinha cido tão arrogante com Elliot naquele dia, mas estava sentindo uma angusta tão grande que até uma amiga Luiza havia percebido e prometeu passa alguns dias com Vic, pois estava preoculpada com a mesma, já que nunca tinha visto sua amiga daquele geito.

— Eu sei Vic. Você está se sentindo culpada, mas olha, até o Luan está meio estranho ultimamente. Eles devem está preocupados com o time o algo do tipo. — disse Luiza do outro lado da chamada pela terceira vez.

— Se ele estivesse preocupado com o time, ele não teria faltado no jogo de ontem. — resmungou.

— Ele pode, sei lá, está doente. Nesses últimos dias o pai do Luan disse que tem muitas pessoas ficando gripadas. Ele pode ser uma delas. — falou tentando acalmar a amiga, mas logo se arrependeu. — Eu já estou saindo de casa. Daqui a pouco chego aí. Beijos.

— Até daqui a pouco. — falou e colocou o telefone de volta no gancho.

Já fazia um bom tempo dez da hora que Luiza disse que estava saindo e Vic estava começando a ficar preocupada com a demora de sua amiga. Vic já havia preparado o jantar e uma bela lasanha que havia prometido para Luiza, porém nada dela chegar.

Vic caminhou até a sala para ligar para Luiza, mas no meio do caminho, o 'Tim Dom' da campainha ecoou pela casa.

— Luiza porque você demorou...? — falou antes de encarar a mais baixa que estava com os olhos inchados de tanto chorar. — Luiza! O... o que aconteceu? — Luiza a abraçou.

— O Luan não me ama mais! — respondeu, voltando a chorar.

— Como assim Luiza? Que história é essa? — perguntou confusa, logo entrando para dentro com Luiza que desfez o abraço e andou até o sofá se jogando no mesmo.

Victória andou em direção ao sofá e parou na frete de Luiza ,que tentava se levanta e se sentar direito no sofá. Vic ficou a olhando por alguns segundos tentando entender o que estava acontecendo e o que poderia fazer para ajudar sua amiga.

— E... o que o Luan fez para você acha que ele não te ama mais? — Vic perguntou se sentando ao lado de sua amiga. — O que aconteceu? — perguntou fazendo a garota ao seu lado respirar fundo e responder.

— Assim que eu te havisei que estava saindo eu realmente estava saindo, foi quando o Luan parou o carro na frente de casa. Eu sai toda feliz do meu carro, mas quando cheguei perto dele, ele segurou os meus braços para que eu não o abraçasse e falou que precisava falar comigo. — Luiza parou para respirar novamente.

— E o que ele queria falar com você? — perguntou meio receiosa.

— Eu disse que ele podia falar ali mesmo, e ali mesmo ele terminou comigo e simplesmente foi embora. Eu pedi para conversar com mais calma, mas não adiantou. Ele foi embora. Ele, ele me abandonou. — terminou de explicar já aos plantos.

Vic não sabia o que dizer ou fazer naquele momento para acalmar sua amiga. Ela já estava chateada com Elliot por ele está ignorando sua presença. Mas pensando bem, talvez, — exatamente por está passando quase a mesma coisa, — não fosse tão difícil assim.

— Eu sei Lu! Mas...

— Mas o que? Ele me abandonou, você não faz a mínima ideia de como estou me sentindo.

— Como não. E minha mãe? Meu pai?E o Elliot? Eles não me abandonaram não? — disse deixando Luiza sem geito.

— Me desculpe Vic. Eu falei sem pensar. Era para eu está te ajudando e não o contrário. Mas eu... eu amo tanto o Luan que eu...

— Tá bem. Seja lá o motivo para esse término repentino, tenho certeza que ele não vai fica distante por muito tempo, pois da pra ver que ele também te ama. — olhou no fundo do olhos de sua amiga e ofereceu seu colo como consolo.

Luiza deitou sua cabeça no colo de Victória e a mesma começou a acariciar com suas mãos os cabelos ruivos de sua amiga.

— Você acha mesmo que ele ainda gosta de mim Vic? — sussurrou.

— hmm... — fez ao lembrar do dia em que ela é David capituraram Luan, o amarraram e o interrogaram. "Um dia para nunca se esquecer" pensava até voltar sua atenção para sua amiga. — Mas é claro que sim. — Vic sorriu. — Como uma pessoa não consegue te amar? Sherlock. — Luiza também sorriu. — Está com fome? — perguntou após sentir sua barriga reclamar.

— Um pouco. — disse baixo.

— Então vamos comer logo. Minha barriga não consegue segurar nenhum minuto. — disse fazendo Luiza dar uma leve risada anasalada e a acompanhar até a cozinha.

— Vic! — a chamou, fazendo Victória se virar. — Obrigado por ser minha amiga.

— Eu que te agradeço por ter entrado na minha vida e ter ser tornado a irmã que eu nunca tive. Te amo bolinho de laranja.

— Para! Se não vou chorar de novo.

— Então vamos comer logo bolinho de laranja. — Luiza riu e continuaram o caminho para a cozinha.

Continua...

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