universe in you.

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Desde que mudei meu número, eu tentei diversas vezes manter contato. Então eu te ligava, mas ao ouvir tua voz serena abafada pelos ruídos da ligação eu somente perdia a capacidade de fala.

Como seu efeito sobre mim tardava em passar? Eu tinha plena certeza de que jamais seria capaz de esquecer o que sentia. O que sinto.

E então todos os meses longes de ti se resumiram em notas confusas deixadas no meu celular, narrações de momentos nossos pois eu precisava me agarrar a nossas memórias. Então eu, que acreditava descobrir em ti uma nova galáxia, acabei em confusão.

Conhecer-te foi astronomia ao inverso. Não fora eu que descobri teus satélites e planetas, mas eu que fui descoberto. E nosso tempo junto e separado me serviu como uma lição que eu precisava aprender.

Eu vivia de observar os outros com as lentes de um telescópio velho, admirando suas organizações e nuances. Mas sendo tão cruel comigo mesmo, negligenciando a própria infinidade em mim.

Então tu, Park Jimin, trouxeste contigo todo o teu esplendor. Tua beleza não me ofuscava mas eu acreditava achar em ti, preciosidade de diamantes colados em céus azuis, vendo em mim tão escuro lugar.

Essa jornada invertida que topei me trouxe em tão bonitas terras. E sem tua companhia e compreensão eu jamais seria capaz de notar-me. Achar-me.

Eu tinha uma galáxia em mim, sempre tive mas nunca fui capaz de descobrí-la. Decerto não possuía os mais belos planetas, sendo todos tão pequenos e tortos. E minhas estrelas eram tão poucas. Mas ainda assim, eu possuía algo precioso em mim.

E então aprendi meu valor, aprendi a não colocar pessoas acima de mim.

Te tratava com tanta delicadeza que acaba por colocar-te em tão alto pedestal quando tudo que desejavas era estar ao meu lado. Não acima, tampouco abaixo. Mas junto de mim.

Agora, creio estar pronto, Jimin. Acho que enfim posso andar ao teu lado como sempre quiseste.

Talvez um dia eu acabe por te mostrar todos esses desabafos em textos curtos. Ainda não criei um nome, mas pretendo unir todos eles em um livro.

Talvez devesse se chamar "memórias confusas de um astrônomo precipitado", mas venho considerado chamá-lo de "escapismo". Pois, de fato, funcionara como um diário de bordo de um marinheiro em netuno, como rota de escape da realidade dura.

Ter-te longe não fora fácil, mas era um mal necessário. Mas sinto não aguentar mais isso. A distância.

E como eu prometi, pretendo encontrar-te. Nem que seja para uma despedida, pondo um ponto final em tudo que construímos em pó de lua.

Mas quem sabe eu me una a ti novamente. E juntos poderíamos formar um novo universo.

Embora parte de mim ainda acredite que nós somos como duas luas. Mas eu existo bem aqui e tu se encontras tão longe. E possivelmente somos duas luas, no mesmo curso, regidas pela mesma força mas em planetas distintos. Acredito que possamos ser como Deimos e Phobos, mas nesta Terra não podemos ficar juntos. Não agora, mas um dia.

Ainda desejo te ver, e tomar-te nos meus braços de novo. Beijar-te a testa e sentir teus dedos acariciando minhas bochechas.

E então eu perguntarei, com a finalidade de sanar qualquer dúvida minha, se foi capaz de enxergar uma mínima beleza em mim assim como eu vejo o universo todo em você.

Escapism, por Jeon Jeongguk.

🌌+🌌

desculpa quem esperava muito da fic, é isto. acaba assim. o epílogo logo sai.
pra explicar oq eu queria com escapism era somente passar veracidade, aconselhar vcs. quem sabe vcs ja nao foram como jungkook? ou estiveram em um relacionamento com alguém inseguro? talvez conheçam muitas pessoas assim. essa jornada de escapism conta disso. sobre amar alguém e colocar ela acima de tudo, mas esquecer de si mesmo no percurso. que aprendamos a nos amar e nos presevar.

aliás, releiam o título dos capítulos!!! quem notar comenta aqui hihihi

qualquer outro comentário podem acessar meu ccat e mandar perguntas lá, link ta na bio. obrigada por tudo 💕 bjs

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