Camii Lisboa
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Com um pequeno estalido eu aparecera num beco escuro e sujo de Nova Iorque. A noite já havia caído e a rua estava quase silenciosa. Eu estava positiva. Acabara de advertir um problemático e ele parecia ter sido receptivo ao meu aviso.
Ajeitei meu vestido e comecei a caminhar pelo beco nos saltos altos que usava. Quando me livrei dos prédios altos que me tapavam a visão, olhei o céu. A lua estava escondida entre as nuvens lançando um brilho sobrenatural. Eu suspirei. Mais um dia chegava ao fim.
Atravessei a rua deserta, a não ser por alguns mendigos que procuravam comida nas latas de lixo dos luxuosos prédios comerciais que se estendiam como um mar pontiagudo desafiando o céu. Alguns me olharam curiosos outros envergonhados. Um deles se aproximou com um sorriso sem dentes e malicioso no rosto.
- Oi docinho. Tem uma moeda para um pobre religioso? – a voz dele era animada, mas seu hálito de álcool fez com que eu me afastasse.
- Não, eu não tenho, saia de perto de mim. – eu disse com certa ferocidade.
O homem se limitou a rir e cambalear me seguindo. Essa era a visão noturna de Nova Iorque que seus habitantes ignoravam. O centro devia estar cheio de jovens bem vestidos e bêbados, que se divertiam, alheios à pobreza que circundava suas vidas.
- Qual é docinho? Eu estou sendo honesto, vou comprar pinga. Está frio, tenha dó. – ele disse rapidamente quando lhe lancei um olhar severo – O álcool ajuda a esquentar o corpo, só jornais não vai me salvar de morrer congelado.
Suspirei e parei na calçada, olhando a pilha de sujeira que me olhava esperançoso. Puxei algumas moedas do bolso e estendi para ele que colocou a mão sob a minha, sem me tocar, para receber o dinheiro.
- Deus te abençoe, moça. – ele disse alegre com o tanto de moedas que recebera – A senhorita é realmente muito bondosa.
- Compre comida também, só pinga não vai te salvar da morte. – eu disse friamente.
Ele sorriu e assentiu, depois saiu apressado com medo que eu pedisse as moedas de volta. Continuei minha caminhada até um prédio, todo espelhado. A porta giratória nunca era travada, independente da hora do dia ou da noite. Olhei o relógio em meu pulso que marcava onze e quarenta da noite.
Passei pela porta giratória, indo em direção a uma recepção moderna e luxuosa. Um guarda com uniforme azul-escuro estava sentado atrás de um balcão de mogno, com as pernas apoiadas nele, as mãos cruzadas na barriga e o quepe caído sobre o rosto. Ele ressonava confortavelmente.
Aproximei-me dele e parei em sua frente, minha aproximação não o fez acordar, ele ainda deu um pequeno ronco. Revirei os olhos e bati com a mão na madeira fazendo eco na sala.
- Não lhe pagamos para dormir, Steve!
Steve acordou num pulo assustado, seus olhos se arregalaram a me ver em sua frente. Rapidamente ele tirou os pés do balcão e se levantou, passando a mão no rosto inchado.
- Srta. Lisboa, desculpe, desculpe. Acabei caindo no sono. Douglas não tem me deixado dormir.
- Não me importo se seu filho não respeita o horário de sono dos pais, faça seu trabalho direito.
O homem empalideceu e assentiu várias vezes. Eu me dirigi ao elevador, quando me virei encarei o homem de forma severa, enquanto as portas se fechavam. Apertei o botão que me levaria ao trigésimo sexto andar.
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A Maldição de Salem
FantasiaJoanne Adams é uma garota normal de 17 anos. Ela se muda de Nova Iorque para Salem em Massachusetts. Cheia de preconceitos pela superstição do povo de Salem quanto às bruxas, Joanne se vê presa numa história cheia de magia e perigos, muito mais mist...