-O encontro-

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Eu encostei as costas na parede quando vi uma criatura muito estranha andando pela cozinha. A criatura não percebeu a minha presença então desceu direto para o porão, quanto mais ela descia mas eu me aproximava da cozinha. Quando eu cheguei lá vi minha mãe com uma mochila e meu pai ensanguentado em seus braços, ela logo me avistou e disse em língua de sinais: "pegue esta mochila e corra o máximo que puder". Eu cheguei perto dela e dei um beijo em sua testa logo acentindo com a cabeça. Ela estava chorando e eu juro que quis muito ficar com ela porém eu não podia desobedecer o último pedido que minha mãe me dera.

Eu saí pela porta principal chorando em silêncio e corri com todas as minhas forças, tudo que eu consegui ver foram naves gigantes pousando uma pós a outra então me abriguei na floresta para minimizar as chances das criaturas me verem e desde esse dia tudo virou um caos. O serviço militar foi alarmado e abrigaram todas as pessoas que sobreviveram ao ataque extraterrestre mas eu achei melhor me virar e eu com certeza não era a única que não confiava no governo, então passaram a chamar as pessoas que não se juntavam ao serviço militar de refugiados.

E a briga pela Terra tinha apenas começado...

Atualmente

Já estava cansada de andar, minha mochila não continha nada de comida e meu cantil estava esvaziando rápido por conta da minha sede. Acho que esse era o dia mais quente que já havia vivido e isso não era nada bom já que os Umetrons eram mais ativos no calor. Aqueles bichos eram uma doideira e eu nunca conseguia entende-los.

Estava determinada a achar uma loja de conveniência por perto então comecei a me deslocar de manhã cedo mas a hora passava tão rápido que eu nem me toquei que já estava ficando tarde. Finalmente encontrei a bendita loja só que pra minha bendita sorte tinham dois rapazes na porta da mesma, provavelmente à vigiando ou algo do tipo, minutos depois mais cinco rapazes saíram da loja com suas mochilas grandes e provavelmente cheias de comida.

Por um descuido meu esbarrei em uma lata de lixo que tinha perto de mim e consequentemente os meninos olharam pro local onde eu estava. Tudo que eu fiz foi correr só que eu era só uma e eles eram sete e pra me pegar não foi muito difícil então me encurralaram, sem ter o que fazer eu analisei cada um deles.

Todos estavam cansados e seus cabelos colavam na testa com todo o suor menos um que estava de bandana preta, confesso que eles eram bonitos mas quem sou eu pra gostar ou não de alguém? Nesse mundo o que eu devo fazer é sobreviver ao meu máximo e acho que eles devem pensar o mesmo. Me afasto dos meus pensamentos quando um loiro começa a me interrogar.

- Quem é você garota? - o de cabelo vermelho me pergunta.

- Sou uma refugiada e pelo que vejo vocês estão no mesmo barco que eu.- encaro eles com um tom de sarcasmo.

- Você parece estar com fome, olha não queremos te machucar só viemos pegar comida e vazar daqui.- ele me pareceu sincero mas não saí da minha pose de durona.

- Se quer me ajudar me da um pouco de comida e saiam do meu caminho!  - aumentei o tom e como resultado eles não gostaram muito.

- Garota não estamos com paciência pra joguinhos então colabore! - um com o cabelo verde água esbraveja.

- Ah qual é vocês roubaram o que era meu e- o mais alto deles me interrompe.

- Isso mesmo ERA seu, passado querida. Nós chegamos na loja primeiro.- sorriu de lado me olhando dos pés a cabeça.

Eu começo a perder a minha paciência e já ia gritar com eles porém escuto um barulho e já sabendo o que era eu corri para um prédio que estava atrás do grupo de meninos, sem entender eles me seguem e todos nós nos escondemos.

Um grupo de Umetrons entra no prédio em seguida de nós e começam a nos seguir então eu peço para eles ficarem quietos e assim os mesmos fizeram.

Sem querer o da bandana se esconde perto de mim e ele começa a ficar nervoso então eu o abraço por impulso, realmente naquele momento eu precisava fazer com que ele ficasse quieto e essa foi a única maneira naquele momento crítico.

Pude sentir seu coração pulsando rápido e seus olhos ficarem arregalados assim que tinha percebido o que eu tinha feito e na mesma hora ele congelou em meus braços. Eu estava rezando para o Umetrom sair da sala, até prendi a minha respiração com medo de que ele escutasse alguma coisa e logo eu o vejo sair da sala vagando por outro cômodo.

Eu suspiro com o garoto em meus braços e ele percebe o que acabou de acontecer então em um pulo sai do meu colo.

CONTINUA

Peço perdão por qualquer erro, votem na minha história e não leiam às escuras, comentem se gostam do que eu tô escrevendo!!
Feliz ano novo meus amores!!

||WAR OF WORLDS|| kth.Onde histórias criam vida. Descubra agora