Astoria saiu sem rumo e ainda um pouco desnorteada, tudo parecia como um turbilhão em sua cabeça, escutar Draco Malfoy lhe pedindo desculpas já foi um grande baque, os Malfoy's não pediam desculpas e em fim aceitar o que ele tinha com Hermione Granger, era uma pancada ainda pior.
Ela sabia de sua culpa, fora prepotente e mimada, desde que chegou naquela casa percebera que havia muitos mistérios no ar, que todos sabiam, mas ninguém comentava.
Pansy Parkinson sua colega de casa em Hogwart lhe dera o aviso, logo na primeira noite, assim como o grifinorio Ronald Weasley que mesmo que naquela noite não fizera nenhum sentido agora sabia que ele de algum modo também tentava alerta-la de que se tentasse algo se daria mal, mas como não tentar, era Draco Malfoy o melhor partido bruxo e imagina-lo ter algum envolvimento com sua antiga e pior inimiga da escola, era algo inconcebível.
Mas estava tudo tão na cara, como agiam um perto do outro, como conversavam, seus toques, a cumplicidade e confiança que tinham um pelo outro.
Por alguns momentos acreditou que era mais do que capaz de acabar com tudo aquilo, pelas brigas que os dois tinham, pela parceria que vinham fazendo nas missões, de fato se levou a crer que tinham mais do que chances, acreditou que já estavam juntos.
Ledo engano, lembrando-se do que Draco havia dito, era até mais do que um engano, era uma mentira muito bem contada, sua vida ultimamente se mostrava ser apenas isso.
Daphne, até mesmo sua única irmã se mostrava alguém que jamais conheceu, sua única família a que deveria ser o seu porto seguro a deixara pelo causador de tanto mal.
Pensando ter andado por horas e sem rumo, Astoria justamente parou na porta de sua casa e se pensasse bem, para onde ela iria se não fosse sua casa, não havia outro lugar, não havia ninguém com quem contar.
Ao entrar na casa percebeu que ainda estava do mesmo modo que havia deixado, revirada como se tivesse sido atacada, sua cabeça martelava, não queria creditar nas suposições da Granger, mas ela mesma tinha feito essa equação e o resultado sempre era o mesmo, a sangue ruim tinha razão.
Arrumar a casa e as defesas da mesma com magia foi fácil, pena não poder fazer o mesmo com a sua vida, pensou em poções e até mesmo em um eficaz Obliviate, mas aquilo seria fugir ou até mesmo desistir e estava cansada de ser a vitima, sua casa na escola a soncerina não era conhecida pela coragem, mas ela queria mudar isso, queria muito mais para sua vida e se sua irmã não queria fazer parte da mudança, só poderia lamentar.
Faria uma nova vida aqui ou em qualquer outro lugar, não deixaria seu passado ou o passado de sua família lhe guiar novamente, ficaria pelo menos mais um dia, botaria toda a sua vida em ordem e cairia de cabeça nessa guerra, já decidira que quando ela terminasse e não houvesse mais nenhum perigo extremo teria sua própria família e que jamais botaria outros ou o orgulho acima disso, limparia não somente seu nome mais também sua alma.
Aquela noite passou rapidamente como um sonho e assim que amanheceu Astoria foi ao Gringots e locais que a irmã poderia usar para ajudar a causa do lorde das trevas, tinha que fechar qualquer possibilidade de sua irmã mexer na fortuna da família ou usar qualquer influencia para beneficiar o mal.
Teve que ser cautelosa, pois sabia que estava sendo associada ao grupo que roubara o ministério, havia sido vista com eles nos locais que visitaram e os ataques eram muitos comentados, gerando medo na população bruxa.
"Os Indesejáveis" era como eram chamados agora, o ministério não sabia o porquê do roubo da varinha de Dumbledore ou dos ataques, mas estavam mais do que empenhados a descobrir e já haviam visitado Hogwart algumas vezes para saber se a escola estava envolvida com os ex-alunos.
Voldemort não era cogitado como motivo só o pensamento já os aterrorizava e nem podia culpa-los por pensar assim, afinal ninguém queria viver o terror de uma nova guerra bruxa.
A noite chegou apaziguadora Astoria tomava um chá relaxante em sua varanda no jardim quando sentiu as defesas novas de sua casa serem tocadas agressivamente, seu pensamento foi direto em sua irmã.
Chegando ao portão principal logo avistou sua irmã mais velha, estava bem arrumada e coberta por uma pesada capa preta que lhe cobria perfeitamente, Daphne não lhe poupou sorrisos dos quais Astoria sabia que pelo menos aquele gesto era verdadeiro ao contrario de seus olhos que mostrava uma raiva quase que assassina.
- Irmãzinha, não sabia que estava em casa, achei que estivesse com os seus novos amigos – disse Daphne debochadamente.
- Fiquei cansada de brincar de grupinho e você por onde andou, fiquei preocupada – disse Astoria dissimuladamente, se sua irmã queria jogar ela não ficaria por baixo.
- Deixe-me entrar querida e assim poderemos botar o assunto em dia – disse Daphne dando algum passo mais próximo à entrada, mas logo parou porque sentiu que as defesas não cederam.
- Não, estamos bem aqui, pode falar – disse Astoria olhando o céu como se tivesse visto algo e por alguma razão achou mesmo que viu, só não sabia o que era, pensou rapidamente em dementadores, mas logo afastou a possibilidade era perigoso demais trazer um para uma área como aquela.
- Baixe as defesas e me deixe entrar Astoria, essa casa também é minha – disse Daphne perdendo à calma que transparecia.
- Eu ainda tinha esperança que não fosse verdade, que você tivesse realmente sido levada a força, mas olhando pra como você está e como vem agindo, todas as minhas duvidas se foram completamente, minha única pergunta é, porque – disse Astoria vendo sua irmã ser ela mesma pela primeira vez.
- Nossa família, nosso sangue tem privilégios e não consigo mais viver em um mundo onde eles não são respeitados, somos comparados e associados nos mesmos níveis que trouxas e mestiços, isso não te enoja irmãzinha, isso me deixa com asco – disse Daphne tão calmamente como se falasse de algo normal.
- Os tempos mudaram irmã, não precisamos mais viver assim, nossa família se foi por tais ideias e o que ganhamos com isso, nada – disse Astoria a cada minuto mais nervosa.
- Que triste irmãzinha, você esta mesmo do lado deles, já ate mesmo fala como eles, é nojento – disse Daphne tranquilamente.
- Triste mesmo, você não poderá mais entrar nesta casa ou mesmo terá acesso à fortuna ou bens dos Greengrass, esta por conta própria – disse Astoria com pesar, sabia que estava fazendo o certo.
- Maldita, você não merece o sobrenome que tem, fuja de mim irmãzinha, porque na primeira oportunidade que eu tiver tirarei a maldita alma que habita em seu corpo – gritou Daphne a plenos pulmões, para quem quisesse escutar tal ameaça e sumiu logo em seguida, deixando sua irmã mais nova quase em choque para trás.
- Astoria – chamou uma voz masculina da qual a garota não reconheceu.
- Ainda com muitas lagrimas nos olhos e jogada ao chão Astoria olhou para ultima pessoas que esperava ver ali e sussurrou – Longboton.
- Eu vi e ouvi tudo, me perdoe por não fazer nada, mas acredito que você precisava desta conversa – disse Neville serio ainda atrás das defesas.
- Sim, eu precisava – disse Astoria que com um aceno permitiu a entrada do grifinorio.
- Ótimo, agora temos que ir – disse Neville logo a surpreendendo a pegando no colo.
- E pra onde vamos – perguntou Astoria se sentindo protegida.
- Para a casa de praia, podemos ser diferentes uns dos outros, mas estamos todos juntos nessa, somos quase uma família – disse Neville sorrindo.
- E que sorriso, Astoria pensou inicialmente, realmente estavam lá todos juntos, por um proposito maior e ela fazia parte daquilo, mesmo que minimamente, fazia parte da família, mais calma e um pouco mais resoluta Astoria sussurrou – Vamos pra casa...
_____M@y@L!Ma_____
Desculpem a demora!!!
Eu me perdi um pouco no caminho mais já estou me achando novamente rsrsrsr
O próximo capitulo já está quase pronto, então não vai demorar muito, esse bônus é apenas para apimentar mais as coisas...
Votem e me deixem suas opiniões, bjosss...

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Dramione - Segunda Alma
FanfictionA guerra não é boa para ninguém e quando ela acabou me perdi. Eu perdi amigos, família e as vezes acho que ate mesmo o juízo... Meus amigos se foram, mais por alguma razão sei que ainda estamos longe do fim! E uma prova disto estava bem...