Tinha sido a melhor noite da minha vida, os medos que eu sentia tinham caído por terra, porque ele me dera tudo o que mais precisava naquele momento, Draco Malfoy não me deu escolhas, me deu certezas de um futuro promissor com direito a família e filhinhos lindos para amar ate o fim de nossas vidas, ate mesmo naquilo ele havia pensado, não haveria um fim pelo menos, não para nós.
Eu sabia, ele me ama, por mais que não fale, que não grite e que talvez ate mesmo jamais sussurre, mas ele ainda assim me ama de um jeito torto e tosco, mas me ama, tenho sorte.
Era quase três da manha quando levantei da cama, não queria sair dos braços daquele homem, mas estava apertada para ir ao banheiro e se não quisesse passar uma vergonha maior teria que ir logo.
Fiz o que tinha que fazer e logo comecei a lavar as mãos como fazia parte da boa educação, já havia sentido um incomodo na cabeça, mas não liguei achei que não fosse nada, mas era o inicio de um pesadelo.
A dor aumentou de uma hora para outra, em segundos eu já quase gritara, foi quando ao olhar para o meu reflexo no espelho quase gritei realmente, mas não de dor e sim de um medo aterrador.
Era ele o meu carrasco, o causador de todas as guerras, de todas as mortes, Voldemort mais novo, mas ainda mantinha o mesmo olhar cruel que não se importava com nada e nem com ninguém, apenas com o poder.
- Hermione Granger, enfim vou tê-la ao meu lado – disse o lorde um tanto feliz.
- Jamais ficarei ao seu lado, isso não é real, é apenas um pesadelo – eu disse já me sentindo louca.
- Você não tem escolha sangue ruim, sou o seu mestre e a partir de agora você me servira como uma fiel seguidora – disse o lorde maligno.
- Você não pode me obrigar – respondi nervosa.
- Tanto posso quanto vou, aprendi bastante com o feitiço que o Severo criou, segunda alma não é, descobri que não posso reproduzi-lo, mas posso usar uma pequena extensão, deixei uma porta aberta em sua mente, lhe causei tanto medo que quase a deixei doente, deixei também um gatilho para que quando se recuperasse e eu não tivesse mais recursos esse me fosse útil no futuro – disse o lorde gabando-se.
- Não, não, não – eu entrava em negação.
- Sim, sim, sim, o Futuro minha querida Granger, você o teme assim como eu, só que eu quero molda-lo e livra-lo das escorias, você o teme por amor, o que é o amor na frente do poder, lhe darei uma escolha, junte-se a mim por vontade própria e a deixo viver sem ter que controla-la – disse ele como se tivesse dando boas escolhas.
- Eu prefiro morrer – respondi corajosamente, mas ainda com muito medo.
- Isso realmente é uma pena Srta. Granger eu não queria ter que machuca-la desta forma, mas tenho o poder sobre seu corpo e partes de sua mente a fazendo minha escrava e vou fazer o que quiser daqui para frente, e como o meu primeiro pedido a mais nova serva das trevas, quero as relíquias da morte, traga-as para mim como um tributo ao seu ritual de iniciação – disse o lorde divertido.
Hermione viu e sentiu o seu corpo mudar, seu olhar ficar opaco, mas nada como a maldição Imperius, porque ela ainda via através de seus próprios olhos, não comandava tudo, mas sabia de suas limitações e poder se matar era uma delas, o lorde tinha sido precavido, afinal aquela era Hermione Granger a nascida trouxa considerada a aluna mais inteligente de Hogwarts e ele não poderia se dar ao luxo de perder uma peça muito importante daquele tabuleiro.
A garota sentia o seu corpo fazendo tudo no automático, tomou banho, se vestiu, se calçou, mas antes que saísse daquele quarto ainda teve tempo para olhar nem que fosse uma ultima vez para o homem que amava, mesmo sendo controlada ela e seu corpo ainda reagiam a ele, ela não estranhou afinal de contas era dele e mesmo sob o controle de outra pessoa isso não mudaria.
Chegar à casa de praia dos Malfoy não foi nada difícil era de madrugada e ela mesma tinha feito muitos dos feitiços que a protegiam, todos dormiam, sentia vontade de gritar e espernear, mas sabia de que nada adiantaria seu corpo estava sendo comandado pelas vontades de Voldemort e nada do que quisesse fazer de verdade funcionaria, agora ela entendia como era viver prisioneira em um corpo, Harry deve ter sofrido muito, gritado e brigado com o Malfoy que era um cabeça dura quando achava que estava certo.
Era refém de seu próprio corpo, quão engraçado era e ao mesmo tempo tão triste, esperava que Draco e seus amigos não pensassem o pior dela quando descobrissem o que faria e de que lado ficaria, ela não era uma traidora, mas seria, se isso os salvasse de uma morte certa.
Encontrar as relíquias foi ainda mais fácil já que elas se encontravam no escritório da casa em um cofre magico que somente três pessoas tinham o acesso ela mesma, Draco Malfoy e Harry Potter.
Repassando agora o dia em que criou o cofre lembrou a cara emburrada que Rony Weasley fez ao saber que não teria acesso a senha, quase se debulhou em lagrimas e gritou com os melhores amigos, enciumado por darem mais importância ao Malfoy do que a ele, apesar de ser o sexto em uma família de sete filhos poderia ser o mais mimado ate mesmo que sua irmã mais nova Gina.
O futuro, Voldemort dizia, quem imaginaria que ela viria a ser uma escrava para o lorde das trevas, ninguém, porque ela era uma luz no finalzinho de um túnel, ela era o caminho a ser seguido.
Depois de pegar o que precisava Hermione seguiu para o covil das cobras, ou melhor, para o covil da cobra, Voldemort não tinha mais aquele corpo ossudo e deformado e nem mais o rosto sem nariz horripilante, era um homem bonito de feições duras que passaria normalmente a quem não o conhecesse, mas só de vê-lo sentado que nem um marajá em um trono dourado com muitos seguidores ao seu redor já fazia seu estomago embrulhar, aquilo não era certo, jamais seria.
Ao chegar à presença dele, seu corpo fez o que ela jamais faria, ajoelhou-se em modo de reverencia e viu-se saudá-lo como seu senhor, era um pesadelo queria morrer ali mesmo.
- Srta. Granger quanta alegria em vê-la novamente, trouxe o que eu mandei – perguntou quase dando pulos de felicidade.
- Sim milorde, como me ordenou – minha boca disse sem eu mandar.
- Ótimo, você já se mostra muito eficiente, agora me de aqui preciso tê-los em minhas mãos – disse o lorde como se esperasse um brinquedo.
- Aqui meu senhor – disse entregando os objetos que poderiam terminar a aquela guerra.
- Lindas, lindas, lindas as relíquias da morte, a varinha das varinhas, a pedra da ressurreição e a capa da invisibilidade, agora são todas minhas como sempre devia ter sido, vou matar o Potter e em fim tecer esse mundo a minha maneira, eu serei um rei, ou melhor, um deus – disse o verme com sua infinita mania de grandeza.
- E o que faremos agora meu senhor – as palavras saíram como se eu mesma as tivesse feito, foi estranho.
- Agora só temos que esperar que o Potter e sua turma apareçam, porque eles vão vir, não só por causa das relíquias, mas principalmente por causa de você, eles a amam e buscam a certeza de você não tê-los traído – disse ele em meio às gargalhadas.
- Então creio que devo me vestir bem, já que vou recebe-los – disse a garota fantoche alegre, a verdadeira Hermione tinha vontade de se jogar de um penhasco ao ouvir a si mesma dizendo aquilo.
- O lorde a chamou para sentar-se aos seus pés e disse acariciando lhe a cabeça como se fosse um animal de estimação - Sim minha criança, em um dia eles estarão aqui e eu finalmente vou ter o meu poder total de volta...
_____M@y@L!Ma_____
Macabro em o que acham que vai acontecer agora?
É reta final então tudo é possível, espero que tenham gostado, votem, deixem suas opiniões e ate uma próxima se Deus quiser bjosss...

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Dramione - Segunda Alma
FanficA guerra não é boa para ninguém e quando ela acabou me perdi. Eu perdi amigos, família e as vezes acho que ate mesmo o juízo... Meus amigos se foram, mais por alguma razão sei que ainda estamos longe do fim! E uma prova disto estava bem...