Capítulo 11
🌸 Maria Eduarda
Acabo de verificar meus e-mails, organizo minhas gavetas, e já idealizo algumas coisas para essa sala.
Desço para almoçar e coloco meu crachá para dentro do meu vestido para que ninguém veja essa foto ridícula.
Peço um prato de feijoada, e me sento sozinha, abro meu whatsapp e vejo mensagens no grupo das meninas, enquanto como converso com elas, sinto um cheiro de perfume masculino maravilhoso, levanto meu olhar e claro que é ele, finjo que não vi e continuo comer quando sem permissão ele se senta em minha mesa.
-- Posso ?!( ele pergunta ja sentado) quanta audácia , reviro os olhos e digo.
-- Depois que já sentou não adianta perguntar. ( e viro uma golada do meu H20 , porque parece que intalou um pouco de farofa) olho para ele que está com um sorriso idiota, o pior de tudo é que ele parece está se divertindo.
-- Vou adiantar o assunto, depois do almoço já tenho outro compromisso.
Olho para a cara dele ..
-- Sou toda ouvidos. ( e continuo a comer um pedaço de calabresa) quando ele me encara e trabalhado no prazer em me irritar ele diz :
-- Vamos lá, o crachá que te dei serve para expor seu rosto nome e função, se fosse para ficar escondido seria em vão, segundo, você é a Diretora da empresa tem que mostrar exemplo.
Mastigo a minha calabresa como se fosse um pedaço do corpo dele, claro que não o pinto, seria um desperdício, pois é a única coisa boa que ele tem, calmamente engulo a comida tomo mais um pouco do meu H2O, e então retiro o crachá de dentro do vestido e digo:
-- Só isso Vossa senhoria ?! ( minha fala é puro sarcasmo) ele está sério me encarando com uma sombrancelha arqueada, enquanto eu já deixei de lado meu prato de comida e estou procurando um doce no cardápio.
-- Minha querida Maria Eduarda, estamos precisando do seu serviço como publicitária para a margarina Margostosa, então se empenhe e foque seu serviço nas próximas semanas somente nisso, precisamos surpreender, e fazer o melhor, meu pai disse para você passar para ele o projeto quando estiver pronto para que ele avalie e te ajude. O seu prazo é de 21 dias.
Sinto aquele frio na barriga, cheiro de desafio novo, eu amo o que faço e sempre que tenho novo serviço me sinto revigorada e animada.
-- Deixa comigo. ( falo e logo peço um picolé de uva pro garçon, daquele mais água do que a fruta ) .
-- Estarei disponível também caso precise de opinão . ( ele soa tão profissional) e que ninguém ouça o que vou pensar, mas ele está me matando com essa pose de CEO todo poderoso.
-- Ok, e só pra constar não me chame de querida, por que não sou sua querida. ( falo dando uma chupada em meu picolé ) que causa um efeito engraçado nele, ele me observa colocar o picolé na boca e retirar , após da uma lambida ele se retira da mesa feito um furacão sem nem me dar tchau, sorrio feito louca, é bom saber que causo efeitos em você Senhor Babaca.
Acabo de chupar meu picolé calmamente, vou ao banheiro e escuto umas meninas falando sobre o chefe gostosão, que se pudesse trocaria o pagamento do mês por uma noite de sexo com ele, claro saio do banheiro e vejo a cara das ditas cuja mais branca que um palmito..
-- Não faça isso, passar o mês sem dinheiro por causa de sexo não vale a pena) elas me olham assustada e nada falam, passo um gloss em minha boca e me retiro com elas ainda silenciosa, sorrio internamente.
Subo para o oitavo andar com o pescoço esticado para poder ver se o Senhor Presidente está em sua sala, e para ver qual compromisso seria esse, mas minha missão é falha, porque o filho da mãe fechou a porta, sendo assim é impossível de ver o que se passa lá, então caminhei para minha sala com três paçoquinhas, um vício, ter sempre doces por perto, me apeguei a isso no Canadá, ficava muito ansiosa e descontei em doces..
O resto do dia passa, e eu já estou trabalhando na nova imagem para a margarina, sinto minha boca seca, minha água na garrafinha acabou , olho para os lados e já vejo um cantinho para colocar um filtro, enquanto isso preciso sair da minha sala e ir buscar no andar da lanchonete, ao sair da minha sala esbarro com uma cena bastante ridícula , Théo está saindo de sua sala com um projeto de puta agarrada em seus ombros , enquanto ele sorri para ela , aperto minha garrafinha de raiva que quase se quebra em minhas mãos, e para melhorar o elevador agarra, aperto o botão do privativo e ele não vem, aperto o do comum e nada acontece, enqanto isso a vaca está alisando seu lindo rosto e ele olhando para mim, minha perna não para de balançar de nervoso, não é nada de ciúmes, mas é que ele me disse que teria compromisso mais tarde, e me trás esse projeto de mulher para cá, poxa existe motel para que? Começo a apertar o botão freneticamente até que a rapariga abre a boca.
-- Está com pressa lindinha? Vá pela escada!
Eu ja havia dado as costas para eles , mas me virei com a pior cara que um ser humano pode ter respiro fundo e digo:
-- Olha bonita, não estou com pressa, mas se eu tivesse que escolher uma outra opção que não fosse o elevador, eu te pediria uma carona, mas como asa de galinha não serve para voar eu prefiro aguardar o elevador, e o que me faz querer sair daqui o mais rápido possível, é ter que ficar no mesmo ambiente de um moleque que faz de seu local de serviço um lugar sexofood.. ( pronto falei) os dois me olham furiosos como se fosse me matar, mas sou salva pelo elevador comum entro e de imediato fecho a porta para que eu não precise da companhia deles.
Sozinha no elevador começo a rir e tremer feito louca, só paro quando no sexto andar entra alguns funcionários.
-- Boa Tarde Senhora Maria Eduarda. ( um belo jovem fala)..
-- Boa tarde respondo formalmente.
Chego no segundo andar encho a garrafinha e na velocidade da luz retorno para minha sala , não quero encontrar com Théo por hoje, será mais um arranca rabo dos bravos.
E por sorte de iniciante não o vejo pelo corredor, entro em minha sala e volto ao que estava fazendo antes só que dessa vez sem a mesma atenção, que ousado esse esse esse.. Essa praga de homem, como ele trás uma mulher para cá para poder transar e acha que isso é normal, respiro fundo, ligo meu celular em minha playlist para ver se relaxo e só assim consigo novamente me concentrar, e me concentro tanto que não vejo a hora passar, meu horário de sair é as 17 horas, e já sao 18 horas, guardo minhas coisas correndo, levo meu notebook comigo , saio da minha sala e está tudo apagado, Théo já foi embora, assim como quase toda a empresa, no estacionamento tem poucos carros e graças aos céus o carro do Théo não está aqui, abro a porta do carona coloco minhas coisas e fecho a porta, estou muito tensa e resolvo fazer algo que só faço em casos extremos, cinco anos praticamente sozinha me fez ter alguns hábitos, pego em minha bolsa uma caixinha de metal retiro um cigarro de menta e ascendo, quando vou abrir a minha porta, Théo aparece arranca o cigarro que eu acabara de acender de minha mão puxa um trago solta em meu rosto e fala :
-- Que coisa feia, a menininha dos olhos do papai agora fuma?
Eu vou matar esse homem e não vai demorar para isso acontecer.
-- Que coisa feia, o filhinho do papai usando da empresa que herdou para poder impressionar mulheres, você já foi melhor. ( chega de ficar quieta) respondo a medida, mas ele parece não se intimidar muito pelo contrário, coloca seu capacete na parte de cima do meu carro, ele está de moto por isso não vi seu carro, dá mais um trago em meu cigarro, joga ele no chão e pisa, se aproxima de mim, encosta seu corpo ao meu, gruda suas mãos em meu queixo e diz:
-- Sabe o que penso Duda, é que você gostaria de está no lugar da bela moça, mas apesar do seu jeito ter mudado completamente você continua uma menininha. ( ele solta meu queixo pega seu capacete e sai andando)
-- VÁ SE FODER!! ( EU GRITO).
Ele dá gargalhadas de min.
-- Olha você aprendeu a xingar.. ( ele monta em sua moto e antes que saia com ela diz) :
-- E vê se aprende a fumar um cigarro que preste , esse de menta é horrível.
E assim sai rancando com sua moto fazendo um estrondoso barulho, começo a pisotear no chão feito uma louca..
-- DESGRAÇADO!! ( eu berro sozinha)
Entro no meu carro ascendo outro cigarro , antes de chegar em casa passo na padaria e compro um outro maço que não seja de menta.
Mentalmente faço ofensas cabeludas para ele, eu devo ter feito pole dance no cajado de Moisés para merecer esse homem em minha vida..
Em casa mais uma vez a estréia do fogão fica para outro dia, opto por uma cerveja para desestressar enquanto espero minha barca de comida japonesa chegar.
Sexta-feira marquei com Vini e Nanda para tomarmos uma cerveja aqui em casa ou em qualquer outro lugar.
Após comer e fazer minha higiene pessoal deito em minha cama rezando para que o dia de amanhã seja tranquilo ou menos conturbado.
Acordo com um dia chuvoso lá fora e frio, esse tempo maluco acaba comigo, mas bora lá que uma nova batalha se inicia e eu não posso recuar.
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A APOSTA
RomanceEu não poderia ter escolhido outra vida, tudo funciona como eu quero, tenho o emprego dos meus sonhos, trabalho no escritório da grande e renomada empresa de Publicidade e Marketing do meu pai, morei por dez anos nos EUA para poder cursar administ...