Capítulo 18

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Capítulo 18

🌸 Maria Eduarda

Meu Deus me esqueci que não tenho roupa para trabalhar aqui,  vou chegar atrasada hoje,  pulo da minha cama rapidamente e tomo um banho,  chegando em casa é só me vestir,  coloco a mesma roupa mas não uso a mesma calcinha, aff que calor que estou sentindo dentro desse moletom e calça,  o tempo está ficando maluco  assim como eu,  ontem um frio e hoje calor .
Passo pela minha mãe na cozinha que está a passar um café,  meu pai foi levar  o Senhor Leopoldo para um compromisso.
-- Bom dia filha, venha tomar café.
-- Hoje não mãe,  estou atrasada e ainda tenho que passar em casa para me vestir. ( beijo sua testa e saio correndo feito uma louca).
Graças aos céus minha casa fica próxima a casa da minha mãe,  em 20 minutos eu chego,  subo as escadas correndo recordando do acontecido, realmente eu estou ficando maluca.
Pego no guarda-roupa o primeiro vestido que vejo, coloco um blazer preto por cima,  faço um rabo de cavalo,  um batom rosa nos lábios duas borrificadas do meu perfume e vou para o serviço,  estaciono e vejo o carro de Théo , olho para o relógio e já são 08:53horas quase uma hora de atraso,  espero que isso não me causa problemas.
Subo para o oitavo andar ajeitando o batom no espelho do elevador,  ele para no 5° andar e Théo entra acompanhado de uns senhores qual eu não conheço , sua postura é séria e elegante .
-- Bom dia... ( digo para todos) 
-- Bom dia. ( respondem juntos)
Théo me examina dos pés a cabeça e depois olha para o relógio,  sua cara é de pura desaprovação,  e eu vejo o mau humor estampado em seus olhos.
Chegamos ao oitavo andar, ele vai com os senhores para a sua sala e eu vou para a minha,  me sento me ajeito na cadeira e logo meu telefone do serviço  toca.
-- Maria Eduarda falando.
-- O que está fazendo que ainda não está em minha sala? ( ele fala rígido)
-- E porque eu deveria está ae Théo?
Ele desliga o telefone em minha cara,  e como num passe de mágica ele aparece em minha sala.
-- Tive que sair da minha sala para que eles não ouvissem,  temos uma reunião importante e promissora,  pedi para sua amiga secretária te avisar na quinta-feira .
-- Mas ela não me avisou. ( digo incrédula)
-- Sim,  muito eficiente ela não é mesmo? ( ele soa sarcástico)  , são  diretores executivos , eles compraram a Cat Show,  uma empresa de alimentos para gato,  e querem fechar contrato conosco de um ano para fazer o marketing da nova direção,  vieram conhecer a empresa e saber como nós trabalhamos,  e além de chegar atrasada você  está sem seu crachá de identificação,  fica complicado assim .( ele fala em um tom de reprovação)  e eu estou me sentindo um ladrão pego no flagra.
-- É, desculpa, prometo me sair bem na reunião e fazer com que eles fechem hoje o contrato.
-- Assim espero.
Me levanto ajeitando meu vestido e quando passo a mão perto dos meus quadris sinto que por irônia do destino e na correria eu esqueci minha calcinha,  chego atrasada,  sem calcinha e sem crachá , boa Eduarda,  que maravilha de início de semana.
Caminho com ele ao meu lado,  bastante sério e eu desconfortável pela situação, e meu lado safada resolve fazer a declaração que devia ser mantida em sigilo.
-- Não me julgue,  eu sai tão agarrada que esqueci até da minha calcinha. ( falo baixinho)  ele para no meio do corredor e me olha incrédulo.
-- Você está sem calcinha Maria Eduarda?  ( ele fala me fitando)
-- É.. sim, estou..  ( falo passando a mão no vestido como se tivesse limpando algo)  .
-- Porra..  ( ele fala e sai andando na minha frente apavorado)  apreço meus passos tentando acompanhar,  entramos em sua sala e eu me apresento.
-- Oi me chamo Maria Eduarda,  e sou a diretora da empresa  e a responsável principal pela parte de publicidade ,  perdoem-me fazer vocês esperarem, é que tive um contratempo. ( digo me sentando ao lado deles)  são dois senhores um aparenta ter seus 50 anos o outro deve ter seus 40 e alguma coisa, o de quarenta é conservado,  charmoso, mas não faz meu tipo.
-- Não se preocupe,  só faça valer a pena nosso tempo. ( o senhor mais velho fala)  meu rosto queima de vergonha,  e logo iniciamos uma conversa sobre o assunto que eu domino muito bem,  Théo quase não diz nada,  apenas me olha sério,  enquanto eu dou idéias.
-- Acho que seria bacana fazer um cartaz onde mostra que vocês fabricam rações de gatinhos bebê,  pros mais velhos e pros castrados, tendo a imagem de cada gatinho ao lado da ração,  e ao invés de rações somente de frango, carne ou peixe,  mostrar que a ração de vocês também tem vegetais,  e pouco corante e ter  veterinário explicando o quão benéfica é a ração Cat Show,  o que acham?  É apenas uma idéia de incio.  ( falo empolgada)  eles me olham se olham e o mais velho diz:
-- Mas temos que investir em algo que renda para nós.
-- Creio que irá render, os verdadeiros adoradores de animais procuram sempre o melhor para seus bichanos e tendo um veterinário conhecido dizendo que é uma ração saudável será um sucesso,  e eu prometo caprichar no marketing. ( falo e dou-lhe uma piscadela)
-- Senhor Théo,  você não tem só uma diretora,  tem também uma pessoa com a alma feita para os negócios. ( o mais novo fala)
-- Sim estou convencido, caso já estejam com o contrato feito eu já quero assinar.
Théo tira uma pasta da gaveta, eles assinam o contrato eu assino Théo também e acompanhamos eles até o elevador.
-- Será um prazer trabalhar com você. ( o mais novo diz esticando sua mão para min) . Creio que esse comentário teve um duplo sentindo, mas ignoro.
-- Aposto que sim. ( sorrio e eles descem)
Olho para Théo e começo  a dar pulinhos.
-- Viu,  conseguimos..

A APOSTAOnde histórias criam vida. Descubra agora