Capítulo 12

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Capítulo 12

🌸 Maria Eduarda

Tomo um banho morninho,  uma xícara de capuccino bem quente para ajudar o corpo a esquentar e vou me arrumar,  visto uma segunda pele bem fininha uma calcinha e uma meia grossa,  por cima jogo meu sobretudo lindo que Vini desenhou para min da cor bege bem quentinho,  no pescoço um cachecol vermelho e nos pés botas de cano longo e salto fino,  o cabelo vai ficar solto para ajudar a esquentar a nuca.
Pego minha bolsa meu notebook e bora para mais um dia de sobrevivência.
Estaciono meu carro e vejo que Théo já se encontra na empresa,  hoje ele veio de carro,  antes de sai do meu pego meu crachá que está pendurado no retrovisor do carro , olho para a minha foto ridícula e bufo,  sem vontade coloco o crachá e entro na empresa,  visto meu melhor sorriso e começo o meu dia dando Bom Dia até pra planta que fica ao lado do elevador,  que por falar nele ele chega rápido,  entro sozinha,  quase ninguém usa o privativo e  sobe para o oitavo andar é muito difícil,  me olho no espelho e limpo o canto da boca que está com excesso de batom vermelho,  enquanto subo sozinha até o oitavo andar começo a cantarolar Ed Sheeran,  até que o elevador para no 4° andar, me silencio e fico atenta a quem vai entrar,  e o primeiro é o rapaz bonitinho que eu esbarrei ontem,  e o segundo claro é Théo,  que está trabalhado num terno Azul Marinho lindo e por cima um blazer da mesma cor.
-- Bom dia Senhorita Eduarda.  ( o jovem rapaz fala)  . Olho para o crachá  dele e vejo que ele se chama Maurício e que faz parte da Administração/RH da empresa.
-- Bom dia Maurício.  ( e dou meu melhor sorisso)  já  a praga está  a me olhar com as mãos no bolso do seu blazer,  enquanto eu busco meu celular na minha bolsa,  não quero idéia com esse traste hoje,  preciso de sossego para voltar ao meu serviço.
E assim seguimos em silêncio até o oitavo andar,  chegando ao nosso destino Théo é o primeiro a sair, já o rapaz segura o elevador e diz :
-- Primeiro a senhorita!  ( e abre um belo sorriso)  apesar dele aparentar ter uns 20 e poucos anos ele é  bem bonito e educado,  gosto de pessoas asim.
-- Obrigada.  ( e saio sorrindo)  até encarar um muro de mau humor exposto a minha frente,  sua cara está séria e fechada,  enqaunto eu congelo um sorriso no rosto..
-- Bom dia senhores,  que o dia de vocês seja bastante produtivo. ( falo já me direcionando a minha sala).
-- Maria Eduarda,  vou precisar de você em minha sala! ( Enfim o senhor sem risadinha falou alguma coisa)  .
-- Só me deixe colocar minha bolsa em minha sala e já  vou Senhor..  ( me demoro um pouco a dizer ) Senhor Presidente.  ( e contenho um deboche) 
Ele apenas sacode a cabeça  e caminha para sua sala junto com o ninfeto bonitinho.
Abro a cortina e vejo um tempo acinzentado com chuva caindo e pelo visto sem previsão de sol novamente,  ligo meu notebook e deixo na página de e-mails, jogo minha bolsa em minha cadeira e levo meu celular comigo, caminho até a sala dele com as mãos no bolso do sobretudo para poder esquentar elas,  dou duas batidas na porta e entro.
-- Sente-se por favor. (Ele fala agora incorporado no seu papel na empresa) chega a ser engraçado,  mas não sorrio.
-- Bom eu trouxe o Maurício aqui por um motivo simples,  como você deve ter lido no crachá,  ele faz parte da Administração e RH da empresa,  meu pai tinha uma secretária,  porém assim que ele aposentou ela também saiu da empresa,  e não sei você,  mas eu preciso de uma secretaria para poder ajudar em algumas coisas,  e você tendo duas funções na empresa deve precisar também . (  ele fala batendo a ponta de uma caneta na sua mesa. ) até que fim uma atitude que seja boa,  racional e benéfica para nós dois.
-- Sim , realmente dá  conta de ligações,  e-mails mais os serviços é mesmo complicado. ( falo numa boa)
-- Então Maurício trouxe alguns currículos para podermos avaliar juntos , decidirmos juntos e ele já de imediato chamar para entrevistas. ( ele fala enquanto Maurício abre a pasta)  e então tenho uma idéia.
-- Porque não dar uma chance para Nanda,  ela está desempregada,  até que arrume algo em sua área,  podemos ajudar,  e também é irmã de um amigo seu,  não custa nada né?  ( falo empolgada,  será bom ter minha Amiga por perto) . Ele me olha e me analisa com uma sombrancelha arqueada,  coça sua barba e diz.
-- Você tem certeza?  ( e continua na mesma postura)  Ora se tenho certeza,  claro que sim,  porque não teria.
-- Tenho sim. ( digo agora mais séria)
-- E não irão confundir local de serviço como clube das luluzinhas?!( ele pergunta agora recostado em sua cadeira me encarando)..
-- Ao contrário de você  eu respeito o padrinho e meu local de trabalho .( falo já me irritando) Ele sorri e balança a cabeça.
-- Então Maurício,  vamos dar uma chance a Fernanda , mas não arquive esses currículos,  caso não dê certo iremos precisar deles .( ele fala)
-- Tá bom Théo.  ( e pela forma que ele fala com Théo,  vejo que são íntimos)  obviamente amigos da época que Théo trabalhou na administração.
-- Senhorita Eduarda,  me passe o telefone da moça?  ( agora ele fala comigo)  e então decido afrontar.
-- Vamos até minha sala,  não sei de cabeça, e meu celular está lá. ( falo mentindo e rezando para que ele não toque em meu bolso) .
-- Sem necessidade disso. ( Théo fala com a testa franzida).  Olho para ele sem entender.
-- Disso o que? ( falo curiosa)
-- Dele ir até a sua sala, o ramal dela é  013 é só ligar para cá,  e já perdemos 30 mins do serviço.  ( ele fala me encarando)  parece que vai me fuzilar toda,  e logo entendo sua jogada, hum ele está com medo de eu me socializar com outro homem,  bom saber..
-- Pode ser,  o que for bom para vocês está ótimo para min. ( Maurício fala temendo a cara do seu chefe)  eu também temeria,  mas como não tenho medo dele , cago e ando para a cara de capitão do mato que ele faz.
-- Não,  ele já está aqui,  vai ser rápido,  se quiser pode supervisionar,  5 minutos é o suficiente.  ( falo já saindo da sala dele ) -- Venha Maurício. ( falo com um sorriso irônico ) Maurício vem de mansinho e no meio do caminho escuto a porta da sala dele bater.  " Ai que bravo que ele está " penso comigo,  mas não falo mal dele para Maurício, afinal das contas ele é o chefe de todos nós ,e nossas birras um com o outro não é profissional, e sim  pessoal , então não quero envolver  nenhum funcionário nisso. Já em minha sala sento em minha cadeira e retiro meu celular do bolso sem que Maurício perceba, busco um papel e Anoto o número de Fernanda e embaixo anoto o meu , entrego para ele e falo:
-- Está aí o meu número e o número de Fernanda, caso você precise de alguma coisa e queira conversar com alguém menos estressado que seu chefe pode me procurar.
-- Ok. E obrigado. (ele sorri guarda o papel no bolso de sua calça e sai de minha sala) e assim começa o meu dia no serviço.
Alguns pedidos de avaliação de preço chegam em meu e-mail de serviços mais tranquilos que dá para eu encaminhar para outros publicitários se formos solicitados..
Deixo um pouco meu projeto e faço a  avaliação e respondo os e-mails e acabo que me perco no horário de almoço e quando vejo já está na hora de retomar ao serviço, primeiro dia saio uma hora mais tarde segundo dia  e fico sem almoço, que maravilha em Duda, pego o telefone e ligo para a lanchonete e vejo se tem como separar uma xícara de capuccino de chocolate e dois pães de queijo para tapear o estômago.
-- ok obrigada, em 10 minutos vou buscar. ( desligo o telefone) e começo a avaliar o último pedido , e a minha porta se abre, vejo Théo com um copo branco que deduzo ser meu capuccino e uma sacola que deve ser meus pães de queijo .
-- Não bate na porta para entrar mais não? ( pergunto) ele não fala nada, coloca meu café em minha mesa e dá as costas e antes de sair fala..
-- Quanta hipocrisia Maria Eduarda, me julgou por trazer uma dama aqui , mas já passou seu número para o Maurício. ( e então ele abre a porta ) ah não senhor arrogância hoje eu estou virada e você não vai jogar suas piadinhas e eu ficar queita não mesmo . Me levanto feito um furacão agarro em seu braço, puxo ele para minha sala de novo e tranco a porta . Nao me perguntem de onde tirei forças que nem eu mesma sei, aponto meu dedo para ele e começo.
-- Olha aqui Matheus, não me confunda jamais com você, Eu não chego nem aos seus pés no quesito falta de respeito e consideração , Sim passei meu número mesmo para Maurício,  mas não com a intenção de ter alguma coisa a mais com ele , e mesmo se eu quisesse você não tem nada a ver com isso, eu apenas passei meu número não arrastei ele para minha sala para ficar de pouca vergonha igual você fez com aquele projeto de galinha a qual se referiu como dama,  Então você me respeita para que seja respeitado, o motivo para eu ter passado meu telefone para ele foi que se caso ele precisasse falar alguma coisa conosco e não conseguisse falar com o nosso telefone, ele poderia ter meu número pessoal, assim como eu tenho certeza que ele também tem o seu, então antes de entrar dentro da minha sala com toda essa sua arrogância e vir me comparar a você pense bem, eu jamais faria o que você faz. ( falo berrando, sorte só ter nos dois aqui ) meu dedo está doendo de tanto que apontei para ele, ele está estático me olhando sem falar nada , passo por ele pego minha chave e vou abrir a porta , mas ele me puxa e me empurra na parede fazendo com que a chave caia no chão , olho para a chave e olho para ele que está em encarando,tento empurrar seu peito para que ele se afaste,mas acho que esgotei todas minhas forças, ele pega minha mão e segura elas na altura de minha cabeça com força, com sua outra mão gruda em meu queixo, " ai caralho , não faz iaso " penso comigo , assim fica difícil, ele passa seu nariz pelo meu pescoço com os olhos fechados e meu corpo parece geléia de tão mole, sua barba raspa em minha pele fazendo com que meu corpo arrepie  , ele solta sua mão de meu queixo e desliza ela pela lateral de meu corpo e continua inalando meu cheiro..
-- Seu cheiro continua sendo o mesmo . ( ele sussura em meu ouvido ) sim, eu não mudei minha fragrância de perfume, ele esfrega seu corpo ao meu e sinto que está excitado e claro que meu corpo traíra não obedece a razão e responde a cada toque dele, sinto o bico do meu peito rígido e um frio na barriga, então ele solta minha mão e mais rápido que um raio ele ataca meus lábios e me beija, gruda suas mãos em minha nuca puxando meu cabelo fazendo com que minha cabeça pese para trás, no isntinto agarro-me ao seu pescoço e enrosco uma perna em sua cintura , logo ele desce suas mãos e me levanta , agora agarro minhas pernas na sua cintura e agarro seus cabelos com força enquanto eu o beijo, a mão dele desliza de minhas pernas para dentro de meu sobretudo, graças aos Céus estou de meia assim dificulta o acesso dele a minha calcinha e vagina que está molhada demais, me deixo levar pelo momento, mas minha ficha caí .. " Sua burra não faça isso .. Ele está te testando não caia nessa ele irá transar com você e depois te igualar com aquela piranha que ele trouxe aqui ontem"  recupero minha sanidade e força e coloco meus pés no chão e já empurro ele ..
-- Saia daqui Théo, eu sei bem sua intenção .. ( eu falo me recompondo)
-- Transar com você? É bem obvio isso . ( ele fala me olhando e olhando para sua mala evidente em sua calça.)  passo por ele bufando e abaixo para pegar a chave da minha sala no chão, maldita hora, por que ele para atrás de min enquanto estou abaixada, esfrega seu pau duro em minha bunda me levanta pelo cabelo e diz em meu ouvido me esfregando..
-- Tem certeza que quer que eu saia  ?
Eu fico quieta, deixo que ele esfregue mais um pouco, afinal eu gostei disso, sua respiração ofegante em meu pescoço, hum ... Quase perco novamente o equilíbrio e a sanidade.
-- Tenho.. Saia daqui...( me solto dele e vou abrir a porta )  ele passa por mim e antes de sair gruda em meu rosto e da um beijo em minha boca. Olho para seu rosto que está borrado de batom.
-- Vá limpar sua boca e nunca mais faça isso . ( bato a porta irritada ) e logo em seguida escuto a dele sendo batida também , a minha irritação é toda para min mesma , eu não acredito que depois de cinco anos  eu ainda contínuo sendo afetada por esse traste, minhas pernas estão bambas, e a piriquita chora de frustação, " falsa, não pode se abrir facilmente para ele" aponto para minha vagina como se ela fosse entender e fosse a  culpada .
-- Burra, fraca . ( falo dando socos em minha cabeça) fracos é claro .
Minha barriga ronca e lembro que estou com fome, começo a comer e meu telefone toca, atendo com o mesmo mau humor que me encontro .
-- Oi.! ( falo seca.)
-- Senhorita Eduarda.
-- Fala Maurício fofoqueiro .( já sei que é ele )
--  Me desculpa eu não fiz por mal, é que ele disse que precisava falar com você e eu sem querer disse que tinha seu número. ( ele fala ate gaguejando ).
-- Tudo bem, mas diga logo o que quer porque estou comendo .
-- Nada demais só pra avisar que sua amiga vem amanhã conhecer a empresa .
-- OK.. E desligo
Volto a comer e pensar no que aconteceu e a única certeza que tenho é que vou precisar da calcinha extra, porque essa está mais molhada que a rua lá fora .

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