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Ian!

Já havia mais ou menos quarenta minutos que eu estava na festa dos meus primos, os gêmeos Noah e Hope e, nada deles chegarem

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Já havia mais ou menos quarenta minutos que eu estava na festa dos meus primos, os gêmeos Noah e Hope e, nada deles chegarem. Tudo tinha sido preparado em grande estilo no jardim da casa dos meus avós para comemorar os 16 anos deles. Minha vó e a tia Eloise nunca deixavam a desejar. Debaixo de uma tenda, com aquecedores, haviam mesas e cadeiras distribuídas por toda extensão do lugar, além de um pequeno palco onde uma banda contratada pelo meu tio Jamie trocaria. É, minha família não poupava esforços quando o assunto era festa! Mas era estranho eles ainda não terem chegado. Hope normalmente já estaria aqui, toda alegre e saltitante dançado e andando para lá e para cá com as amigas. Muitas delas já estavam por ali, além de alguns amiguinhos do Noah também.

Eu estava sentado numa mesa mais reservada com o Paul e uns amigos, além de Jules, Melissa amiga dela e a Nikki, que usava um vestido tão indecente que parecia mais que ela ia a uma festa numa boate. Eu já estava meio casando dela, a garota não largava o meu pé e parecia mais um cachorrinho me seguindo a qualquer lugar onde eu fosse. Minha mãe não gostava nem um pouco dela e minha tia Eloise, falava que ela tinha cara de vigarista. Eu precisava dar um jeito de fazer ela entender que nosso lance não tinha futuro algum.

A festa corria tranquilamente, os garçons andavam de um lado para o outro servindo as pessoas, que riam e tomavam suas bebidas se movimentando ao som das músicas tocadas pelo DJ. Então eu vi um alvoroço vindo do lado onde ficava a entrada da festa, certamente os meus primos que haviam chegado. Primeiro eu vi o meu tio Jamie entrar acompanhado da minha tia que estava deslumbrante em um vestido preto e longo. Linda como sempre, era só olhar pra ela para entender porque o meu tio era tão apaixonado. Ela era linda e esbanjava simpatia por onde passava.

Logo atrás deles estavam os gêmeos. O Ian usava um suspensório, camisa social e gravata. Eu sabia que ele não usaria terno, porque os odiava tanto quanto eu. Aquele moleque parecia mais meu irmão que de Hope! O pensamento me fez rir e lembrar da minha adolescência. Hope estava de braços dados com ele, tão linda quanto uma princesa, em vestido todo de pedras que brilhavam de longe. Era curto, mas não a deixava vulgar, como o que a Nikki usava. Ela era tão linda, e lembrava muito a irmã. Pelo que conheço da Nina, sei o quanto ela está angustiada por não estar ali presente em uma data tão importante para os irmãos. Aqueles moleques eram a vida dela. Porque mesmo que não tivéssemos contato, eu sabia o quanto ela os amava e sabia também que o sentimento era recíproco. E eu acompanhava a de longe, pelas redes sociais. Via o sucesso que Nina fazia por onde passava. Via não, babava, porque a cada diz que passava, ela ficava ainda mais linda. Também via tudo o que Hope compartilhava sobre a irmã o amor que tinham uma pela outra, já que sempre havia fotos das duas juntas pelas chamadas de vídeos que faziam ou até mesmo das campanhas que a Nina fazia pelo mundo. Devo admitir que eu sentia muito orgulho dela, além de um ciúme que eu não sabia explicar quando eu via suas fotos de biquíni, estampadas nas capas de revistas. Todos os meus amigos babavam por ela e eu não gostava nada daquilo. Nunca compartilhei com ninguém os meus sentimentos, até porque ninguém precisava saber sobre. Eu fui um completo idiota com ela quando tirei sua virgindade e falei no outro dia, que o melhor seria ela esquecer tudo que havia acontecido. Até hoje eu me pergunto o porquê de ter feito aquilo e, a única resposta que vem a minha cabeça é: porque você é um idiota.

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