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Nina!

A realidade as vezes era dura

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A realidade as vezes era dura. E ela batia com força bem na sua cara.

Ontem, ao fim da tarde, nós chegamos, de volta em Nova York. No avião, o clima já era de nostalgia. Eu com absoluta certeza, poderia considerar essa última semana, uma das melhores viagens da minha vida, por mil razões.

O lugar era maravilhoso. Eu já não via a hora de marcar uma outra viagem para o Brasil para conhecer outros lugares. O país era lindo, as pessoas maravilhosas e extremamente acolhedoras e eu não preciso dizer nada sobre o carnaval porque era um espetáculo único. Eu até arrisquei aprender o samba, assim como aprendi mais algumas palavras em português, já que pela convivência com Ana, ela acaba me ensinando uma coisa ou outra.

Meus amigos, todos juntinhos. Nós tiramos fotos maravilhosas para guardar um momento tão especial. Nós nunca havíamos feito uma viagem assim, todos juntos. Sempre faltava alguém e sempre era para algum lugar próximo daqui, não dessa forma. E nós aproveitamos cada minutinho juntos com a promessa de programarmos outra dessa juntos.

E Ian... Eu realmente não sei o que pensar, o que dizer ou o que sentir. Ele simplesmente conseguiu jogar por terra todas as barreiras e mecanismos de defesa que eu criei contra ele durante os cinco últimos anos. Quando eu ia imaginar que nós faríamos as pazes, digo, com tudo que tem direito, nessa bendita viagem de carnaval? Tinha sido tudo tão intenso, tão maravilhoso! Ele tinha me tratado da maneira mais doce possível. Todo atencioso e cheio de cuidados. Nem parecia aquele Ian de anos atrás... Em nada lembrava aquele menino inconsequente que tanto me fez mal e se mostrou um cara completamente diferente do que eu tinha em mente. Em vários aspectos.

Lembrei da nossa última noite na praia. Fizemos amor ao ar livre! Na hora nem pensei em nada, mas aquilo foi uma aventura e tanto. Uma deliciosa aventura... Eu não conseguia pensar em nada direito quando ele tocava em mim daquela maneira única, que só ele sabia fazer. Era como se ele conhecesse cada parte do meu corpo, e todas elas obedecessem exclusivamente ao seu comando. Eu sei que não devia ser assim, mas quem manda nos sentimentos?

Ele tinha deixado claro em seus gestos o quanto gostava de mim, eu não era burra a ponto de não conseguir notar aquilo. A pouca experiência de vida que eu tinha, deixava nítido que existia algo mais. Não podia negar o quanto ele me afetava e que sim, eu ainda era completamente apaixonada por aquele homem, mas ele não precisava saber disso agora. O problema é que eu não conseguia fingir pra mim mesma que não o amava. Por enquanto eu deixaria assim como estar. Seria o certo a se fazer!

Eu ainda era cheia de insegurança e motivos não me faltavam para tê-la, porém, até isso essa viagem me fez esquecer. Ele me fez esquecer. Todas as vezes foram tão perfeitas que, de longe, eu poderia facilmente considerar o melhor sexo da minha vida. Eu não queria lembrar do passado e de nada que não dissesse respeito ao que tínhamos vivido durante esses dias. Pelo menos não por agora.

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