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Ian!

Dizer que eu estava puto com tudo que estava acontecendo era um eufemismo

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Dizer que eu estava puto com tudo que estava acontecendo era um eufemismo. Eu ainda me perguntava como consegui ver a Nina com aquele idiota do Teddy e não ter feito nada. Ela fazia aquilo de propósito, sabia que mexia comigo e por esse motivo não poupava esforços pra me fazer raiva. Eu estava tentando, juro que estava. Mas pelo amor de Deus! Quem aguentava ver a mulher que amava nos braços de outro?!

Era quarta feira e o dia na empresa tinha sido muito corrido, como eu só tinha até amanhã pra finalizar e entregar o projeto ao meu tio, já que viaja na sexta pela manhã pro Brasil com a turma, eu tinha que correr contra o tempo. Por isso, mesmo depois de acabar o expediente lá, eu havia trazido todo meu material para casa. Seria uma bela ajuda trabalhar hoje a noite, porque com certeza amanhã até o fim do dia tudo estaria pronto.

Espalhei tudo na mesa de centro da sala e me servi de uma dose de whisky. Sentei no chão e apoiei as costas no sofá. Eu amava aquela paz e o fato de poder estar trabalhando na tranquilidade da minha casa. Até pensei em chamar o Paul, mas espalhafatoso do jeito que ele é, com certeza não me deixaria fazer nada produtivo. Sorri comigo mesmo.

Me concentrei em trabalhar e aos poucos fui vendo produtividade no que estava fazendo. Aquele projeto era muito importante para empresa, pois era o passo que precisávamos para fazer parceria com uma multinacional no Japão. E eu estava bastante satisfeito em ter sido escolhido pelo meu tio para fazê-lo.

Depois de duas horas concentrado na tela do notebook, parei um pouco para tomar um pouco de fôlego. Tomei um gole da minha bebida e pensei outra vez na conversa que tive com minha tia semanas atrás, no almoço de família que tivemos na mansão dos meus avós.

- Você o que Ian? - Gritou alto o suficiente para quem estivesse ali perto ouvir.

- Tia, por favor não grita!

- Como assim não é pra eu gritar Ian? Eu devia mesmo era te bater, isso sim! - Passei as mãos nos cabelos, apreensivo. Ela não faria aquilo ali, faria? - Como você foi fazer uma coisa dessas com a Nina, como pôde?

- Tia! Eu não sabia o que estava fazendo. Juro por Deus que não era minha intenção magoar ela!

- Você não teve a intenção de magoar ela? Não teve a intenção Ian?! - Gritou outra vez.

- Tia, por favor, por favor, não grita! - Implorei. Se meu tio ouvisse aquela conversa, ele com certeza me mataria. Ele sempre fora muito protetor com a Nina. Mesmo não sendo pai biológico dela, ele fazia das tripas coração para ver a sua "princesa" como ele mesmo fazia questão de chamá-la, feliz. A ligação entre eles era algo invejável, disso ninguém podia discordar. Além de pai e filha, eles eram muito amigos e isso era lindo de ver. Não gosto nem de imaginar o que aconteceria se ele chegasse ao menos a sonhar que eu fiz algo tão horrível com ela. Ele me mataria, com certeza mataria!

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