Capítulo 18

19 5 0
                                    

Uns 20 minutos estávamos na praia.
Ele estaciona o carro e desliga o motor.

-Praia! -Falei admirada e ele sorri.

-Você gosta de praia? -Eu o olho como ele fosse idiota.

-Eu não gosto de praia...Eu AMO praia. -Ele ri e desce do carro.

-Vem! -Eu desco do carro e me sindo estranha, olho para baixo e vejo que meus saltos não foi a melhor escolha.

-Droga!

-O que foi? -Justin aparece do meu lado. -Eu aponto para meus pés e ele olha e depois olha para mim e ri que nem um idiota.

-Sei lá, acho que salto alto não foi a melhor escolha para andar na areia.

-Eu não sabia que a gente vinha pra cá, e além do mais, eu ia para um jantar antes! -Ele suspira e se abaixa, e tira meus saltos.

-Vou colocar no carro. -Ele joga os meus saltos no banco de trás do carro e tranca a porta.

-Nossa delicado como um cavalo! -Ele ri.

-Agora vamos, se não vamos chegar atrasados! -Eu estreito os olhos.

-Atrasados??

-Sim! Vem! -Ele anda na frente e eu bem atrás dele (de mãos dadas), sinto meu coração acelerar tão rápido que eu tento controlar a respiração e não dar tanto na cara.

Andamos até perto do mar e ele senta na areia, eu o olho sem entender.

-O que aconteceu? -Ele olha pra cima e olha para o lado dele e bate a mão na areia me dizendo pra senta ali.

-Vai começar! -Ele aponta para o por do sol maravilhoso na nossa frente, e então entendi, me sento do seu lado e o vestido preto justo não ajuda muito ele sobe até o meio das minhas cochas, tento inutilmente segura-lo abaixo dos joelhos.

-Você veio pra cá, porque?? -Enquanto eu lutava uma batalha épica com o meu vestido eu respondi.

-Porque você me convidou, ue! -Ele ri e coloca a mão dele na minha coxa e aperta levemente.

-Não estou dizendo hoje, mais sim quando você veio para los Angeles. -Eu engulo em seco, seu toque me fez arrepiar e sentir um pouco de dificuldade para por meus pensamentos em ordem.

-Eu...Eu vim porque meu chefe precisava de mim. -Ele olhava as ondas ao fundo se quebrarem e chegarem até a areia, e então abaixou a cabeça e deu uma leve risada e balançou a cabeça.

-Você não acha louco isso tudo? -Eu o olho sem entender, ele percebe e explica. -Nós dois éramos melhores amigos e de um dia pra outro minha mãe simplesmente me diz que vamos nos mudar para longe e nunca mais voltar, chorei tanto por pensar que jamais te veria novamente e quando eu finalmente consegui te esquecer, você simplesmente aparece em uma noite na casa da amiga da minha mãe. -Doeu quando ele disse "ÉRAMOS melhores amigos", mais quando ele disse que chorou por mim eu fiquei tão em choque.

-Realmente uma loucura, por dar as circunstâncias de nunca mais se falemos, a chance de um dia nos se vemos algum dia eram quase nulas. -Ele me olha e eu vejo o cabelo dele todo revirado desde que saímos de casa e o sol quase completamente atrás do mar deixou ele ainda mais lindo, aqueles olhos cor de mel brilhando.

-Quando eu cheguei aqui, eu estava com tanta raiva da minha mãe por me arrastar para cá sem ao menos ter dado a chance de eu me despedir de você. -Ele me olhava dentro dos meus olhos e era como todos os meus sentimentos estivessem expostos a ele. -Depois de um tempo na escola me isolando de todos, porque não conseguia simplesmente fazer novas amizades, porque metade de mim estava destruido e a outra metade estava com você. -Pronto, fiquei tão mal que meu peito deu um aperto e uma lágrima no canto do meu olho escorreu e eu a limpei rapidamente.

-Eu não preciso dizer pra você o que eu sinti todo esse tempo, acho que você já deve imaginar. -Ele apertou um pouco mais a mão que estava na minha coxa.

-É...eu sei, queria voltar pra você o tempo todo, me lembro que quando eu via aquelas pessoas ali na quadra de esportes do colégio me imaginava sempre com você, quando você ia nos jogos de basquete e me dizia sempre antes de entrar que era pra acabar com eles. -Eu sorri e ele apertou mais a minha coxa. -Depois de um ano eu comecei a fazer novas amizades, mais eram com gente da pesada, minha mãe trabalhava duro o dia todo e eu e ela mal se víamos, senti falta daquelas conversas animadas quando a gente se reunia na tua casa e falavamos de coisas que eu ria até minha barriga doer.

-O primeiro namorado da minha mãe hahahhaha aquilo foi épico. -Ele riu.

-Hhahahahahahahha meu deus, eu lembro disso, acho que você tem ainda a cicatriz de quando bateu a cabeça na mesa de vidro porque riu tanto que caiu do sofá. -Eu puxei meu cabelo pro lado e mostrei a ele a minha cicatriz do lado da cabeça.

-Apesar de terminado comigo no hospital eu nunca tinha rido tanto na minha vida. -Ele tira a mão da minha coxa e eu me sinto estranhamente abandonada por ele.

-Depois desse tempo com os caras errados e bebendo tanto de eu fui para diversas vezes no hospital, fumei até meus pulmões parecerem dois trens dentro de mim, me droguei mais que um viciado de beira de estrada, me formei não sei como, provavelmente porque os professores não aguentavam olhar para a minha cara ou talvez porque eu era um mal exemplo na escola a ser seguido e preferiram se livra de mim. -O sol já tinha se posto, e o alaranjado no céu com rosado e azulado do outro lado anunciando a chegada da noite, dessa vez foi eu que o toquei, coloquei a minha mão no ombro dele que estava tenso e relaxou com meu toque, ele estava com os braços apoiados nos joelhos e a cabeça abaixada.

-Você magou a tua mãe, justin! -Ele levanta o rosto pra mim e me olha. -No dia que você se formou, você disse pra ela que ela o envergonhava, ela contou pra mim, aos soluços.

-Eu sei...Eu sei que sou uma decepção pra ela. -Ele abaixa a cabeça e da um soluço e logo depois mais, ele começa a chorar, me sinto mal por ter dito aquilo, mais a mãe dele não tinha culpa, eles tinham que se amarem como antes, eu me ajoelho em cima das minha pernas e o abraço, ele levanta a cabeça e me abraça de volta, ele coloca a cabeça no meu peito e me aperta contra o corpo dele.

-Você jamais será uma decepção para ela justin, ela te ama. -Ele me aperta mais e eu sinto um pouco de falta de ar.

-Queria te ela tivesse orgulho de mim, queria que ela tivesse uma vida melhor, queria que nos dois fossemos mãe e filho novamente. -ele disse aos soluços, beijei o topo da cabeça dele e falei com a boca colada na cabeça dele.

-Vocês nunca deixaram de ser mãe e filho. -Ele se acalma e me solta de vagar, eu sento em cima dos calcanhares, não me importava com o vestido mais, ele estava na minha frente sentado na areia com os braços colados ao corpo e as mãos limpando os olhos cheios de lágrimas, eu limpo uma que saiu depois que ele tirou a mão do rosto, ele segura minha mão no rosto dele e a beija, sinto calafrios subirem até minha cabeça, ele me olha e em um segundo a boca dele estava colada contra a minha, levei segundos para perceber o que estava acontecendo, as mãos dele seguravam minha cabeça com os dedos enfiados no meu cabelo, as nossas bocas se tocavam como se uma dependesse da outra para sobreviver, coloco meus braços em volta do pescoço dele, ele me aperta na cintura, então desesperadamente me afasto, ele me olha assustado como se eu tivesse acordado para a vida, me levanto apressadamente abaixando o vestido e batendo a areia de mim, ele levanta sem entender.

-O que ouve? -Ele parecia confuso, mais quem estava confusa era eu.

-Você tem namorada e eu tenho namorado! -Ele me olhava como se eu tivesse falado nada de mais.

-O beijei que demos mostra que nem um de nois dois estavamos muito preocupados com isso, eu sei que te magoei falando aquilo pra você, no dia que eu invadi a sua casa, mas eu...

-Justin, eu so quero ir pra casa. -Eu o interrompi.

-Tudo bem. -Ele se virou e saiu andando, andei atrás dele, dessa vez sem mãos dadas

O Primeiro Amor!Onde histórias criam vida. Descubra agora