Capítulo 11

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Acordei com uma pontada na cabeça, olhei para frente e vi aonde eu estava, no beco.
Sentei e levei a mão na cabeça e vi que tinha sangue, vi minhas coisas jogadas no chão peguei minha bolsa do meu lado e alguns papeis e coloquei dentro da bolsa, levantei com dificuldade, não só por estar tonta, com também estar de salto alto.
Ajuntei tudo do chão e caminhei com dificuldade na calçada, não sabia que horas eram, caminhei pra uma rua mais movimentada e chamei um táxi e fui para casa.
Eu entrei pela portas dos fundos que eu deixava a chave no vaso de planta da entrada pra alguma coisa acontecer eu tinha uma reserva.
Entrei e peguei o dinheiro e depois de ter pago o taxista, liguei do telefone de casa para Pat e perguntei aonde estava o Justin, Pat disse que não o vê desde o dia do jantar, mais que ele mora na casa da frente a minha, da namorada dele.
Vou para o quarto tomar banho, vejo no espelho que eu tinha um pequeno corte na cabeça, coloquei um paninho até parar de sangrar, liguei para minha mãe explicando o caso e ela estremeceu, após eu disser que estava bem ela se acalmou.

[...]

Quase meia noite, Justin não estava na casa da namorada dele, eu estava vendo do meu escritório a hora que ele ia chegar.
Vi o carro dele vir pela rua e então eu desci correndo e fui para a rua, vi ele descer do carro e eu fui pra cima dele e dei um soco na cara, ele me olhou e eu dei um chute no meio das pernas dele, bem aonde dói.

-SEU FILHO DA...SEU BOSTA! CADÊ AS MINHAS COISAS?? EM? CADÊ? -Ele me olha com raiva e se levanta do chão.

-VAI PRO INFERNO!

-NÃO QUERIDO! SE VOCÊ NÃO DEVOLVER AS MINHAS COISAS VOCÊ QUE AI PRO INFERNO.

-E se eu te matar agora?

-MINHA mãe e a SUA vão te colocar na CADEIA. -Ele me segura pelo pescoço com força.

-Eu mataria elas também! -Eu apesar de não conseguir respirar eu fiquei incrédula.

-VOCÊ É LOUCO! Mataria a PRÓPRIA MÃE! Seu RETARDADO! Seu MERDAAAAAAA!

-CALA BOCA!

-NÃO! NÃO CALO! VOCÊ É UMA DECEPÇÃO PARA A SUA MÃE! VOCÊ É UMA DECEPÇÃO PARA TODO MUNDO! -Ele me joga conta o carro e me aperta, com uma mão segurando o meu pescoço e outra minhas mãos.

-Você não sabe nada sobre mim!

-Sei que você não é mais um ser humano que eu conheci quando pequeno, você se tornou um animal, NÃO um animal é uma ofensa contra ELES, você virou um monte de BOSTA! -Ele me aperta e nessa hora escuto meu braço direito estralar.

-Vai pro INFERNO! -Ele fala bem perto do meu rosto, não tinha mais respiração, buscava por ar.

-SOLTA ELA! -Alguém gritou, vi Laura com um machado nas mãos.

-VAI CUIDAR DA SUA VIDA! -Laura correu em direção a ele e ele me soltou, Laura veio até mim e viu que eu não estava bem, eu estava no chão sentada escorada no carro.

-Calma! Vou levar você para o hospital! -Ela me puxou pra cima, minhas pernas estão moles e eu estava tonta.

-Eu...Não...

[...]

Abri os olhos e vi um teto diferente do que eu acostumava ver todas as manhãs.
Olhei para o lado e vi que eu estava em uma cama de hospital.
Tinha soro correndo pelo caninho até minha mão, e vi meu braço direito enfaixado e senti uma pontada na cabeça, vi que estava enfaixada, meu pescoço doia, levei a mão no pescoço e senti ele inchado.

-Bom dia filha! -Olhei rápido para o outro lado e vi minha mãe, senti uma dor enorme no meu pescoço por ter o virado muito rápido.

-Mãe?

-Oi! -Ela veio até mim.

-O que está fazendo aqui?

-Laura, a sua vizinha me ligou aflita, e eu peguei o primeiro vôo para cá, cheguei a dois minutos, me disseram que você desmaiou e depois te deram sedativos, ele é um demônio, maxucou você, tirou seu braço fora e te enforcou e participou daquele assalto.

-Mãe! -Uma lágrima rolou meu rosto, minha mãe a enxugou.

-Meu bebê! Não esquenta com isso! Vou na delegacia hoje mesmo denúnciar ele, ninguém mexe com meu bebê.

-Não denúncia ele! -Minha mãe me olhou incrédula.

-OQUE? VOCÊ BATEU A CABEÇA, NÃO É POSSÍVEL!

-Mãe, calma, ele tá com as chaves da minha casa e com meus cartões e meu celular, se ele devolver eu não denuncio, mais se ele não devolver aí pode denunciar, minha vida está naquele celular mãe!

-Meu deus filha, celular você compra outro e os cartões foram cancelados hoje de manhã. -A minha mãe tinha asseso a minha conta, era uma conta conjunta, assim se caso acontecesse alguma coisa, nos duas tínhamos asseso.

-Mãe eu preciso das minhas chaves dos meus documentos. -Ela me olhou negando com a cabeça como se eu fosse louca, mais era minha vida naquele celular, tinha não só coisas do trabalho como coisas pessoais.

-Você não tem esse poder de decisão! Eu vou agora mesmo denúncia-lo. -Ela pega a bolsa que estava no sofá e sai do quarto.

-MÃE! MÃE NÃO! -Inútil, ela ja tinha ido.

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